HISTÓRIAS DE VIDA-JANEIRO/14
O
primeiro passo e seus efeitos
Havia, certa
vez, uma mocinha adolescente que vivia brigando com sua vó. Ou melhor, a vó
vivia brigando com ela. A garota pertencia ao grupo de jovens, e os colegas do
grupo também se preocupavam com o problema, e já não sabiam mais o que fazer.
Um dia, a
menina chegou para a reunião vibrando de alegria. “Resolvi o problema!” disse
ela. “Eu e minha vó somos agora as melhores amigas”.
E o motivo foi
muito simples: A garota começou a arrumar a sua cama de manhã, quando se levantava.
Só isso bastou para a vó não pegar mais no pé dela.
Claro, a vó
entendeu que aquele gesto da neta era o primeiro passo de uma vida futura, dedicada
a servir o próximo.
A menina pulou
do outro lado: De recebedora de serviços, passou a doadora, a servidora. O resto,
o tempo vai se encarregar de trazer e de construir.
O simples
gesto de arrumar a própria cama ao se levantar é visto pela vó como o primeiro
passo de uma longa vida de doação e de serviço, talvez de uma futura esposa e
mãe.
As coisas são
assim: Crescem devagar em
nós. Podemos comparar o serviço ao próximo com uma grande
estrada. No começo, está o arrumar a própria cama. No final da estrada, está o
gesto de Jesus, de se transformar em alimento.
“Quem poderá
definir o encanto que há no espelho do teu olhar? Ó Mãe de Deus, eu te amo
tanto, mas cada vez mais te quero amar.”
O
caminho para morar com Jesus
Diz uma lenda
que aquela viúva de Naim, cujo filho Jesus ressuscitou (Lc 7,11-17), um dia
ficou sabendo que Jesus fora preso em Jerusalém, e estava ameaçado de ser
condenado à morte.
Ela ficou desesperada,
e queria de toda maneira encontrá-lo, para dizer-lhe mais uma vez: “Deus lhe
pague!”. Convidou o seu filho e foram para Jerusalém.
Logo que chegaram,
começaram a perguntar para todos que encontravam, onde estava Jesus. Mas ninguém
sabia, ou tinham medo de informar.
Finalmente,
alguém lhe disse: “Há três dias, um homem, chamado Jesus, foi condenado, e devia
morrer numa cruz, no topo daquele morro ali”.
A viúva e o
filho foram às pressas para o monte do Calvário. Ao se aproximarem, viram umas
manchas de sangue no chão. Pensaram que deviam ser de Jesus. Foram seguindo as
manchas, morro acima.
Ao chegarem ao
topo do morro, não viram ninguém. Então a viúva começou a chorar. Neste momento,
Jesus lhes apareceu, ressuscitado e glorioso. Ficaram muito alegres, e ela lhe
disse todas as palavras de agradecimento que queria dizer.
Jesus lhe falou:
“Se a senhora quiser morar eternamente comigo, deverá fazer o que a senhora fez
hoje: Seguir os meus rastos de sangue aqui na terra”.
Que Maria
Santíssima nos ajude a seguir os passos do seu Filho, mesmo que sejam manchados
de sangue.
Idoso
doa herança para asilo
Havia, certa
vez, um senhor viúvo e idoso, que tinha quatro filhos casados. Estes acharam melhor
colocá-lo em um asilo, dirigido por Irmãs religiosas.
Alguns meses
após a sua mudança para o asilo, o velho recebeu a notícia de que um irmão seu,
solteiro, que morava muito distante, havia falecido e uma grande herança em dinheiro
tinha ficado para ele. Esse valor já estava no banco à sua disposição.
Ao saberem do
fato, os quatro filhos o queriam de volta em suas casas. Mas o pai foi decidido
e disse: “Vocês me rejeitaram, e as Irmãs daqui me acolheram com alegria. Agora,
vou morar aqui até o fim da vida. Esta é a minha casa. E colocarei todo este
dinheiro na conta bancária do asilo”.
Maria, passa
na minha frente, para que eu possa vencer o egoísmo e obedecer o quarto mandamento
da Lei de Deus!
As
velas do nosso Batismo
Certa vez, uma
senhora bem idosa teve um sonho. Ela sonhou que havia morrido e estava na porta
do Céu, esperando para entrar. Havia várias almas lá, todas em fila. De repente, S. Pedro
chegou e abriu a porta.
Olhando para
dentro do Céu, a senhora viu uma quantidade enorme de velas. Umas acesas,
outras apagadas, algumas já estavam quase no fim, e outras no começo. Umas
estavam se apagando e outras tinham a chama grande e bonita.
A senhora perguntou
a S. Pedro que velas eram aquelas. Ele respondeu: “São as velas que cada um
recebeu no dia do seu batismo. Uns cuidam bem, outros não cuidam e até a deixam
apagar. A situação é esta que a senhora está vendo”.
A mulher então
perguntou: “S. Pedro, e a minha está aí?” “Sim”, disse S. Pedro. É aquela ali”.
Era uma vela que estava já no toquinho, mas ainda acesa. E S. Pedro continuou:
“Depois que a pessoa entra aqui, este fogo da sua vela se junta com a luz de
Deus que ilumina todo Céu”.
Resta saber
como está a nossa vela! “Vós sois a luz do mundo”. Todos somos profetas, e o
profeta deve ser como João Batista. A luz de Deus deve brilhar forte através de
nós, anunciando a justiça e denunciando as injustiças e os pecados, sem medo
das consequências.
Quando nos
virmos cercados dos perigos desta vida,
É-nos remédio
infalível a Senhora Aparecida.
O
viúvo que queria ver Jesus
Certa vez, a
esposa de um homem faleceu. Os dois viviam muito unidos, por isso ele ficou
desnorteado. Perdeu até o gosto de viver. Mas continuou morando sozinho na
casa.
Como ele
sempre dizia, em suas orações, que gostaria muito de ver Jesus, numa noite teve
um sonho, no qual Jesus lhe dizia que no dia seguinte, à tarde, ia visitá-lo. O
homem ficou vislumbrado.
A primeira
coisa que fez foi limpar e enfeitar a casa. Depois carpiu o quintal e ajuntou
um monte de lixo. Cansado, sentou-se em cima do lixo.
Nisso,
apareceu um jovem e perguntou-lhe: “O senhor deseja uma ajuda?” “Sim”, disse
ele, “porque Jesus vem me visitar hoje à tarde e este quintal está muito sujo”.
E os dois passaram a trabalhar juntos.
Durante o
trabalho, eles conversaram muito. O homem contou para o moço a sua alegria por
receber Jesus. Estava atento a qualquer barulho na frente da casa, para ir lá
receber Jesus.
Mas o sol
entrou, e nada. Começou a escurecer e Jesus não apareceu. Quando terminaram de
arrumar tudo, ele convidou o rapaz para sentar-se e falou: “Eu acreditava que
Jesus vinha me visitar hoje, mas não veio!”
O jovem
levantou-se e disse: “Olhe para mim. Eu sou Jesus!”
Essa história
lembra a cena dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). Deus é amor, e Jesus é a
imagem de Deus invisível. Onde existe amor, Deus aí está. Que nós também
sejamos, através do amor, presença de Jesus na vida das pessoas.
Maria, na Anunciação,
acolheu o Verbo eterno e, nove meses depois, o deu para o mundo. Nós temos uma
vocação parecida: No Batismo, acolhemos o Cristo em nós e, quando crescemos,
nós o damos ao mundo.
Vaca
quer ultrapassar carro
Certa vez, um
sitiante estava caminhando na beira de uma estrada, levando uma vaca.
Passou um
carro e ele pediu carona. O motorista parou, mas disse: “Como que você quer carona,
se está com esta vaca?” “Ela acompanha atrás”, disse o sitiante.
O motorista
achou aquilo um absurdo. Mas... Foi indo devagar. Vendo que a vaca vinha atrás
mesmo, aumentou um pouco a velocidade. Viu que a vaca acompanhava. Resolveu testá-la
e aumentou a velocidade até 120 km por hora. Minutos depois, olhando pelo retrovisor,
viu que a vaca estava com a língua para fora.
Disse para o
sitiante: “A vaca está com a língua para fora. Quer que eu pare?” O sitiante,
na maior calma, perguntou: “De que lado está a língua dela?” “Do lado esquerdo”,
respondeu o motorista. O sitiante falou: “Então dê caminho porque ela quer
ultrapassar!”
Os pais e professores
precisam estar atentos para os sinais que os formandos dão, de que querem
ultrapassar, e dar caminho a eles. Isso exige humildade. Precisamos deixar os
mais novos ir em frente, e até ficarmos felizes ao saber que o aluno superou o
mestre.
Educar é uma
arte. Ou melhor, é uma graça de Deus. Mas exige humildade da parte do formador,
que o leva a sempre dar passagem.
É muito bonita
a atitude de Maria Santíssima, quando encontrou o Filho no Templo, após três
dias de procura (Lc 2,22-40). A primeira coisa que ela fez foi perguntar a ele
por que havia agido assim com os pais.
O
urubu, a raposa e o queijo
Certa vez, um
urubu estava em cima de uma árvore, com um pedaço de queijo no bico. Passou uma
raposa embaixo, viu aquele queijo e quis comê-lo. Então disse ao urubu:
“Que pássaro
magnífico é você! Que cores maravilhosas você tem! Nunca vi uma ave tão linda.
Será que sua voz é também bonita? Se for, deverá ser proclamado o rei dos
pássaros”.
Ao ouvir esses
elogios, o urubu ficou todo orgulhoso. Abriu o bico e começou a dar os seus
feios grunhidos. Com isso, o queijo caiu no chão e a raposa o devorou.
Nós também
podemos ser enganados, das maneiras menos esperadas, e abandonar a Igreja que
Jesus fundou. Que não acreditemos em quaisquer palavras, porque nem tudo o que
brilha é ouro.
Vamos pedir a
Maria Santíssima, a Mãe de Cristo e da Igreja, que nos ajude a amar muito o seu
Filho, e o seu Corpo Místico, que é a Igreja, una, santa, católica e apostólica.
E que, na
Igreja, estejamos unidos aos nossos pastores, a fim de não cairmos nas armadilhas
do mundo pecador.
A
força de um sorriso
Certa vez, uma
santa mulher estava andando numa estrada e viu uma senhora que estava sentada,
muito triste. Sorriu para ela. Contagiada pelo sorriso, a outra também sorriu.
Levantou-se e começou a caminhar também.
Um pouco na
frente, esta encontrou-se com um mendigo. Como não tinha nada para lhe dar,
sorriu para ele. O pobre também sorriu. A fome continuou roendo seu estômago,
mas a coragem de lutar apoderou-se dele.
Esperançoso, o
mendigo foi pedir um pedaço de pão na casa mais próxima. O dono da casa
apareceu carrancudo. O mendigo sorriu, e o sorriso o desarmou. Foi à despensa e
trouxe uma cesta de alimentos.
Quando a
esposa foi preparar o jantar, não encontrou quase nada na despensa. Antes que ficasse
irritada, o marido contou, sorrindo, o fato. Ela engoliu o mau humor que ia
subindo pela garganta, e sorriu também.
Assim, o
sorriso foi de semblante em semblante e animou o olhar de todos que tinham boa
vontade. E o mundo encheu-se de alegria e bondade.
“Só um sorriso
vale mais que um grito, vale mais que tudo... Basta um sorriso e serás feliz.”
Quando o Anjo
Gabriel apareceu a Maria, a primeira coisa que ele falou foi: “Alegra-te...!”
Maria ficou tão feliz que foi às pressas à casa de Isabel dar a alegre notícia.
E a alegria continua se espalhando até hoje. Mãe da alegria, rogai por nós.
O
show de Woodstock
O mundo ficou
impressionado com um mega show de rock acontecido nos EE. UU., anos atrás. O
evento era para durar uma semana. Milhares de jovens ouvindo músicas e dançando.
Em determinado
momento, incendiaram tudo: Aparelhagem de som, carros dos canais de televisão,
barracas de lanches... Tudo. Uns punham fogo e os outros batiam palmas. Quando
a polícia chegou, toda a multidão vaiou os policiais.
Um repórter
perguntou para um rapaz por que fizeram aquilo. Ele respondeu: “As coisas aqui
estavam muito caras. Uma pizza custava doze dólares!”
Quer dizer, os
jovens perceberam que estavam sendo manipulados. Todo mundo só queria ganhar
dinheiro em cima deles: Canais de televisão, comércio, traficantes de drogas...
Os próprios artistas
que subiam no palco para tocar e cantar não passavam de marionetes nas mãos de
exploradores econômicos. Então, a reação foi quase espontânea: Por fogo em tudo.
E o repórter
fez a mesma pergunta para um dos líderes do incêndio. Ele respondeu: “Eu estava
entediado. Tentei várias vezes iniciar este incêndio, mas só agora deu certo”. Entediado
quer dizer: vazio, sem sentido para viver.
E os pais
desses jovens, será que não merecem a mesma repreensão de Jesus, dada a Marta?
“Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas. No entanto,
uma só é necessária” (Lc 10,41).
Aquela melhor
parte que Maria escolheu podemos chamar de fé. É ela que dá sentido para a
nossa vida. Sem a fé, caímos em um vazio existencial que, para o jovem, leva ao
uso de drogas, à violência... Para o adulto, leva ao alcoolismo, à infidelidade...
O que adianta
um adolescente ter boa saúde e bons estudos, se não tem fé? Vai acabar usando essas
conquistas para destruir a si mesmo e aos outros. Nada substitui a fé e o amor
a Deus.
Se quisermos
ser felizes, nesta e na outra vida, sejamos sempre devotos da Senhora Aparecida.
O
presente melhor que skate
Havia, certa
vez, um menino que estava revoltado com seu pai, porque não comprava para ele
um skate. Isso, apesar de o pai lhe dizer que logo que tivesse condições ia
comprar.
Em um domingo
à tarde, os dois estavam no jardim da cidade, passeando. E o garoto viu um menino
da sua idade descer de um carro. O motorista foi ao porta-malas e lhe entregou
um belo skate.
Ao ver a cena,
ele ficou com inveja. Isso que é pai! pensou. Quando o menino passou perto, ele
disse: “Bonito este skate, hein?” “Quer andar um pouquinho nele?” perguntou o
outro. E assim os dois fizeram amizade. “Feliz de você que tem um pai bacana!
Eu o vi quando vocês chegaram de carro."
O dono do
skate respondeu: "Não, aquele não é meu pai. Meu pai deixou minha mãe e
foi morar com outra mulher. Aquele é o motorista da nossa família. Eu moro com
minha mãe, que tem outro homem. Feliz de você que tem um pai bacana!"
No fim da
tarde, os dois se despediram e o menino voltou para casa com seu pai. Logo que
chegaram, o garoto deu um forte abraço nele, outro na mãe e disse emocionado:
"Muito obrigado por vocês dois estarem unidos!"
E nunca mais
reclamou por não ter skate. "Que a família comece e termine sabendo onde
vai. E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai" (Pe. Zezinho).
Não se trata
de imitar o tipo de vida que Maria levou, que dependeu do seu ambiente sócio cultural,
mas de imitar o seu acolhimento à vontade de Deus nas situações concretas em
que ela viveu.
O
sacristão barulhento
Certa vez,
numa igreja, já ia começar a Missa das crianças e a criançada era um barulho
só. Então o sacristão pegou o microfone e ficou um minuto gritando com as crianças
para ficarem em silêncio.
Com isso, o
barulho que ele fez foi dez vezes maior que o das crianças. Provou que ele também
não acredita na força do silêncio.
O meio é a
mensagem. Aquele sacristão disse uma coisa, mas mostrou, pela sua atitude, que
não acredita no que disse, e sim no contrário: O que vale, o que funciona
mesmo, é a gritaria e não o silêncio.
Quantas vezes
nós fazemos a mesma coisa!
- Falamos de
paz, mas mostramos que não acreditamos nela, e sim na violência.
- Falamos de
perdão, mas, na hora em que somos atacados, mostramos que não acreditamos nele.
- Falamos de
Deus, mas mostramos que para nós o que funciona mesmo é o dinheiro, o poder...
Maria
Santíssima é modelo de fé. Ela era uma mulher interessada em compreender a
vontade de Deus, a partir dos acontecimentos, a fim de praticá-la.
O
especialista em caldeira
Certa vez, a
caldeira de um navio movido a vapor parou de funcionar. A tripulação não descobriu
a causa. Contrataram então um especialista em caldeira, que teve de vir de barco,
pois o navio estava a vários km da praia.
Ele chegou,
pediu que ligassem a caldeira e começou a observá-la. Retirou de sua valise um
pequeno martelo e deu uma martelada em uma válvula.
Pronto. Apagou-se
o sinal de alarme e o sistema inteiro começou a funcionar com perfeição.
Quando foram
pagar-lhe, ele cobrou dois mil dólares pelo serviço.
O comandante
lhe disse: “Como que o senhor cobra um preço tão alto por um minuto de trabalho
e apenas uma pequena martelada?” Ele respondeu: “Pela martelada: US1,00. Por
saber exatamente onde bater o martelo: US1.999,00.
Deus nos dá
marteladas no ponto certo em que precisamos ser consertados. Às vezes, sentimos
dor, não entendemos e reclamamos. Mas o certo é que tudo volta a funcionar
perfeitamente.
O que temos
feito quando as coisas não vão bem para nós? Tentamos ajeitar a situação, ou
procuramos o Grande Técnico. Ele nos conhece bem, pois foi ele quem nos
fabricou. O preço é alto, mas seu Filho já pagou.
Assim como em
Caná, a intercessão de Maria obteve do Cristo o seu primeiro milagre (Jo
2,1-11), também por nós ela pode interceder o obter as melhores graças de Deus.
Como
aprender a sabedoria
Certa vez, um
sábio, que morava numa montanha, foi convidado pelos alunos de uma escola de
Ensino Médio para falar sobre sabedoria. No dia marcado, o auditório estava
repleto.
Para surpresa
de todos, o palestrante começou com a seguinte pergunta: “Vocês conhecem o assunto
sobre o qual eu vim falar?” Os alunos responderam: “Não conhecemos”. Ele disse:
“Eu também não”. E saiu, voltando para a montanha.
Os alunos o
convidaram novamente. O sábio veio e fez a mesma pergunta. Os alunos responderam
em coro: "Sim, conhecemos”. O sábio disse: “Então eu não preciso falar”. E
voltou para a montanha.
Os alunos não
se deram por vencidos. Agora vamos pegá-lo, disseram entre si. Convidaram-no de
novo. Quando ele fez a mesma pergunta, a metade do auditório respondeu que conhecia
o assunto, e a outra metade, que não conhecia. O sábio disse: “Aqueles que
conhecem ensinem aos que não conhecem”. E voltou para a montanha.
A sabedoria,
nós a aprendemos na escola da vida. O nosso mestre é o Espírito Santo e a sala de
aula é o mundo. Todos temos muito de sabedoria para ensinar, e as pessoas com
as quais convivemos têm muito a nos ensinar.
Maria é a
“Sede da Sabedoria”, porque durante nove meses abrigou em seu ventro a própria
Sabedoria Divina, que é Jesus.
O
menino que queria ser uma televisão
Certa vez, uma
professora de Ensino Fundamental deu para seus aluninhos uma tarefa. Ela disse:
“Cada um vai desenhar aquilo que deseja ser no futuro”
Um menino
desenhou uma televisão e escreveu embaixo: “Eu quero ser uma televisão. Lá em
casa, todos se sentam em volta da televisão, dão atenção a ela, conversam com
ela, dão risada... Eu quero ser uma televisão para as pessoas me escutarem e
levarem também a sério o que eu falo”.
Quando, em
casa, à noite, a professora foi corrigir as redações, ao ler esta, começou a chorar.
O esposo viu e perguntou por quê. Ela pediu que ele lesse a redação.
Após lê-la, em
vez de chorar ele ficou irritado e disse: “Coitado desse menino! Quem precisa
mudar não é ele, mas seus pais!” A professora, ainda chorando, falou: “Essa
redação é do nosso filho!”
Certamente,
nesta hora da noite o garoto já estava dormindo. Mas, no outro dia, os pais deviam
pegá-lo e dizer: “Não é você que precisa mudar não, filho. Somos nós, seus
pais, que precisamos acolher melhor a você”.
Todos somos
chamados a continuar a presença de Jesus no mundo, tendo principalmente um bom
coração. Porque nós também fomos criados para ser imagens de Deus, de Deus que
é amor, amor que está presente na vida dos filhos e filhas e sabe ouvi-los.
Maria
Santíssima era uma mãe que dialogava com o seu Filho. Quando o encontrou no Templo,
antes de repreendê-lo, perguntou-lhe com humildade: “Filho, por que agiste
assim conosco? Teu pai e eu estávamos angustiados à sua procura!” (Lc 2,48).
Padre
sente medo de penitente
Havia, certa
vez, um rapaz que tinha um físico bem forte e era analfabeto.
Para não
esquecer os pecados na hora da Confissão, ele arrumou um pau, tipo cabo de vassoura,
e ia fazendo uma marca nele, cada vez que cometia um pecado.
Numa tarde em
que o padre estava de plantão para atender Confissões, ele foi para a igreja se
confessar. Colocou o pau atrás da porta e ajoelhou-se no banco, a fim de se
preparar. Depois foi para a fila das Confissões. Mas se esqueceu de levar o pau.
Quando chegou
a sua hora, ele entrou no confessionário e o padre lhe disse: “Fale os seus
pecados”. Ele falou: “Espere aí, sr. padre, eu vou buscar o pau ali atrás da
porta”. O padre respondeu na hora: “Não, não precisa não, moço! Já está tudo
perdoado. Pode ir tranquilo”
Nós não
precisamos ter medo do padre, nem o padre ter medo de nós, pois o que prevalece
na Confissão é a misericórdia.
Não precisamos
também anotar os pecados. Na hora, nós falamos aquilo de que nos lembramos, e o
resto fica tudo perdoado. O principal na Confissão não é falar pecados, pois na
Confissão comunitária nem falamos os pecados. Da nossa parte, o mais importante
é o arrependimento, que é condição para recebermos o principal, que é o perdão
de Deus.
Que Maria, a
Imaculada, nos ajude a libertar-nos dos pecados.
O
porteiro analfabeto
Havia, certa
vez, um porteiro de um clube que era analfabeto. Homem honesto, dedicado, gostava
do serviço, mas não sabia ler nem escrever.
Uma nova
diretoria assumiu o clube e esta resolveu despedir o porteiro. Um dia, o
presidente chegou para ele e disse: “Infelizmente, nós temos de despedir você.
Precisamos de um porteiro que saiba ler e escrever, e você é analfabeto”.
Que fazer? O
homem foi triste para casa. Sem emprego, como tinha algumas bananeiras no
quintal, começou a vender bananas. Depois, começou a fazer doce de banana e vender.
E o homem se
deu bem. Sua casa era pequena, fez uma maior e mais bonita. Comprou um carro.
Colocou os filhos na faculdade...
Um dia, um
amigo lhe disse: “Você conseguiu tudo isso tão rápido, sendo analfabeto. Imagine
o que você seria hoje, se tivesse estudo!” O homem respondeu na hora: “Eu seria
porteiro do clube”.
Claro que o
estudo é importante, mas o Espírito Santo é mais importante que o estudo. Com
ele, temos condições de dar volta por cima, até do analfabetismo. Mas o
Espírito Santo só ajuda quem segue a Palavra de Deus anunciada por Jesus.
Por isso que
diz o Sl 84,11: “Para mim, um dia em vossos átrios, ó Senhor, vale mais que mil
em outro lugar”.
Maria
Santíssima, transformada pelo Espírito Santo, sabia muito bem o que estava
procurando na vida. “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te
cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado Santo,
Filho de Deus” (Lc 1,35). Que ela nos ajude a nos abrirmos também à ação do
Espírito Santo, que nos vem com sua luz e sua força.
As
duas portas da vida
Havia, na
antiguidade, um rei que era cruel. Um dia, ele venceu uma guerra e trouxe
muitos presos do exército inimigo.
Construiu,
anexa à prisão, uma sala com duas portas. Uma era de ferro e nela estavam desenhadas
coisas horríveis: Caveiras, sangue, cenas de tortura... A outra tinha na frente
os arqueiros do reino, muito bem vestidos.
Os presos
fizeram uma fila e, a cada um que entrava na sala, o rei perguntava: “O que você
prefere: Estar nas mãos dos arqueiros ou passar por aquela porta?”
Todos, ao
olhar para as pinturas terríveis da porta, preferiam os arqueiros, os quais os
levavam para outro local e os matavam.
Mas um dos
presos ficou muito curioso e resolveu arriscar. Ele disse ao rei: “Eu prefiro
passar por aquela porta”.
A porta se
abriu e o homem entrou. No começo, era tudo escuro. Mas logo as suas pupilas se
dilataram e ele viu um túnel. Foi seguindo pelo túnel e, lá na frente, avistou
uma luzinha bem distante. Foi caminhando na direção dela e a luzinha foi crescendo...
até que ele percebeu que era a saída do túnel. Saiu e ficou livre.
As aparências
muitas vezes enganam. E o tentador, desejando levar-nos para o inferno, pinta
com as piores cores o caminho da virtude e da liberdade. Já o caminho do pecado,
ele apresenta de forma atraente e bonito.
Por isso, cada
vez que aparecerem na nossa frente duas portas, vamos escolher a da obediência
a Deus, mesmo que as aparências sejam as piores. Seguindo o caminho do amor, do
perdão e da fé verdadeira, mesmo que no início seja tudo escuro, logo aparecerá
uma luzinha brilhando. É a luz da felicidade.
Na Igreja,
Maria ocupa, depois de Cristo, o lugar mais alto e o mais perto de nós.
Os
rastos pintados na rua
Certa vez, estavam
programadas as santas Missões em um bairro, no qual não havia capela. Fizeram
um barracão, com planos de, logo após a Missão, construir a capela.
Entretanto,
apesar dos esforços dos líderes, o povo não se motivou a participar. Um dia
antes da abertura, os líderes tiveram uma ideia original.
Pintaram nas
ruas, dos quatro lados, rastos de pés descalços caminhando na direção do barracão.
A tinta era facilmente removível. No barracão, colocaram uma faixa dando as
boas vindas, e o horário da abertura da Missão.
Aqueles rastos
chamaram a atenção do povo. Assim, na celebração de abertura o barracão estava
lotado.
O líder católico
sempre encontra uma nova forma de atrair as pessoas para Cristo.
Louvemos sempre
a Maria, Mãe de Deus autor da vida. Louvemos com alegria a Senhora Aparecida.
O
rei que não sabia assar porco
Certa vez, na
antiguidade, pegou fogo em um pedaço de mato. Muitos homens se reuniram e conseguiram
apagar.
Quando o fogo
cessou, eles descobriram um porco morto, todinho assado. Comeram da carne e a
acharam muito gostosa. Levaram para o rei. Este comeu e também achou muito saborosa
a carne.
Então o rei
mandou que os especialistas estudassem todas as condições em que o porco tinha
sido queimado, inclusive as ervas aromáticas que havia em volta, que deram
aquele sabor tão gostoso à carne.
E, a partir
daí, cada vez que havia uma festa no palácio, o rei mandava por fogo em um pedaço
de mato, naquelas mesmas condições, para comerem o porco assado.
Até que um dia
um sábio procurou o rei e disse: “Majestade, podemos assar o porco aqui dentro
do palácio mesmo, sem queimar as nossas florestas”. E explicou-lhe o sistema da
churrasqueira.
Quem não lê a
Bíblia, faz como aquele rei. Segue caminhos difíceis para conseguir as coisas, caminhos
complicados e que, às vezes, prejudicam a vida no planeta.
Por outro lado,
quem lê diariamente a Palavra de Deus, encontra caminhos curtos, seguros, fáceis
e ecológicos para conseguir seus objetivos.
Maria Santíssima
é chamada de Rosa Mística. Que ela nos ajude a proteger as flores e a preservar
a linda natureza do nosso querido Brasil.
A
Missa para uma pessoa só
Certa vez, um
padre jovem e recém ordenado foi celebrar a Missa em uma Comunidade rural bem
distante da igreja matriz. Ele preparou a Missa o melhor que pôde.
Entretanto, chegando
à Comunidade, ficou decepcionado! O povo não foi. Só havia um senhor. O padre
aguardou a chegada do povo, mas não apareceu mais ninguém. Uma hora depois do
horário marcado, só havia aquele homem. Então o padre disse ao homem: “Eu
vou-me embora. O povo daqui não quer mesmo saber de Missa!”
O homem disse:
“Sr. padre, eu não entendo de Missa. Só entendo de vaca. Mas, se um dia eu preparo
ração para todas as minhas vacas e só vem uma, eu não vou deixá-la com fome!”
O padre
entendeu bem a lição, vestiu a carapuça e disse: “Está bom. Vamos então começar
a Missa”.
E rezou a Misso
só para aquele homem. Fez sermão, cantou e tudo. Fez até procissão do ofertório,
apesar de ser procissão de uma pessoa só.
A Missa
demorou mais de uma hora. Depois de tudo acabado, o padre perguntou ao homem: “O
senhor gostou?” Ele disse: “Sr. padre, eu não entendo de Missa. Só entendo de
vaca. Mas, se eu preparo ração para todas as minhas vacas e só aparece uma, eu
não vou dar para ela a ração que preparei para todas!”
Vale para nós
a lição daquele sitiante. É importante ter equilíbrio. Nem tanto ao mar nem tanto
à terra. Devemos adaptar-nos às situações novas que aparecem. Vale o bom senso.
A pessoa humana
deve ser valorizada ao máximo. Mesmo que haja uma pessoa só, vamos atendê-la
com dedicação. Mas, é claro, o tratamento dado a uma pessoa é diferente daquele
que damos a uma multidão.
Maria
Santíssima era humilde. Ela se declarou “a humilde serva do Senhor”. Na
multiplicação dos pães, ela não estava em evidência, como a "mãe do futuro
rei". Mas na cruz, na extrema humilhação do Filho, ela estava ali, junto
dele, em pé. Santa
Maria , rogai por nós.
Pedro
Malasartes e o feijão jogado fora
O Pedro Malasartes
morava, com sua esposa, numa região afastada e no meio do mato, em uma casinha
de pau-a-pique.
Um dia, ele
armou, perto de sua casa, uma armadilha de caçar veado, chamada mundéu.
No dia
seguinte, o Pedro foi conferir e viu um veado preso, com a corda no pescoço. De
lá mesmo gritou: “Mulher, pode jogar o feijão fora, porque hoje teremos carne!
Pegamos uma caça gorda”.
Buscou sua
foice e deu um golpe. Mas o bicho pulou e, em vez de ele atingi-lo, acertou foi
a corda, cortando-a! Assim, o animal saiu correndo e sumiu no mato.
Aquele dia foi
triste para o Pedro e sua mulher: Nem feijão nem carne.
Não deixar o
certo pelo duvidoso. Cuidar bem das coisas que temos, antes de procurar outras.
Havia um
coordenador de Comunidade que todos os domingos criticava as pessoas presentes,
dizendo que eram velhas e que não apareciam jovens. Um dia, uma senhora levantou
a mão e reclamou, dizendo que ele estava humilhando a todos que estavam ali.
O mesmo
acontece quando um grupo de cristãos católicos começa a diminuir em número, e o
assunto principal das reuniões passa a ser este. Onde está fulano? E fulana?...
Assim, o tempo da reunião passa e não cumprem a missão dela, que é o
enriquecimento espiritual dos seus membros. Vamos cuidar do feijão que temos, e
não jogá-lo fora antes de ter a gostosa, mas incerta, carne.
Sadako
Sasaki
Em 1945,
durante a segunda guerra mundial, estouraram duas bombas atômicas no Japão, uma
em Hiroshima e outra em Nagasaki. Em Hiroshima , havia uma garotinha de
dois anos, chamada Sadako Sasaki, que não morreu, mas foi contaminada pela
irradiação atômica.
Existe, no
Japão, uma crença popular segundo a qual quem fizer mil pássaros de papel, numa
determinada intenção, terá seu desejo atendido por Deus.
Quando Sadako
tinha dez anos, resolveu fazer os pássaros, pela sua saúde. Mas a doença decorrente
da bomba agravava-se cada vez mais. Ela conseguiu fazer 644 pássaros e não deu
conta de continuar.
Então a
garota, já bem fraquinha e na cama, disse: “No Céu, eu vou continuar a fazer os
pássaros. Só que eu vou mudar o pedido. Não é mais pela minha saúde, mas pela
paz no mundo”.
Quando Sadako
morreu, as crianças vizinhas fizeram os pássaros que faltavam e os colocaram no
túmulo dela.
E mais: Foi
construído um monumento a ela, numa praça central de Hiroshima. No monumento, Sadako
está em pé, com os bracinhos levantados e segurando dois pássaros com as asas abertas,
nas quais está escrito: “Paz”. E a praça passou a chamar-se “Praça da Paz”.
Que tal nós
também fazermos uma pomba de papel e escrever nas asas: “Paz”? É uma maneira de
nos unirmos, não só a Sadako, mas a todas as pessoas que diariamente morrem vítimas
das guerras e da violência.
Que a Santa
Mãe de Deus, Rainha da Paz, nos ajude a promover a paz por todos os meios ao
nosso alcance.
A
tática para subir montanha
Certa vez, um
pai, junto c seu filhinho de oito anos, estavam subindo uma alta montanha. O
menino olhou para cima, achou a montanha muito alta e começou a chorar, dizendo
que não dava conta de subir.
O pai lhe disse:
“Filho, não olhe para o topo da montanha. Olhe só aqui, alguns metros na sua
frente, e pense: Vou chegar só até ali. Depois, marque outra distância e suba.
Assim, quando você menos perceber, já estaremos lá em cima”.
Esta tática
vale para tudo na nossa vida. “Divide et impera”, diziam os romanos. Divide e
impera. Se você dividir o problema, você o vencerá.
Por exemplo, a
nossa família. Cada dia que amanhece, o esposo ou a esposa devia pensar: Só por
hoje eu vou vencer, e manter-me unido a minha esposa ou ao meu marido. De
repente, o ano termina e você perseverou.
“Todos eles
perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre elas Maria,
mãe de Jesus” (At 1,14).
Taxista
dá lição de civilidade
Existe uma cidade
no Brasil em que o povo faz questão de mantê-la limpa. As crianças são educadas
para isso... Até os taxistas têm, dentro do carro, uma lixeirinha para os
passageiros colocarem o lixo.
Um dia, uma
família de fora chegou à rodoviária. Eram o pai, a mãe e dois filhos. Tomaram
um taxi. No centro da cidade, uma das crianças jogou pela janela um papel de bombom.
O motorista parou
o carro, deu ré, saiu, pegou o papel que estava na rua e pôs na lixeirinha. E
continuou a viagem, sem dizer nada. Os pais, naturalmente, ficaram morrendo de
vergonha.
O zelo pela
limpeza de locais públicos é uma das principais manifestações de cidadania.
Em Caná, a
intercessão de Maria obteve de Jesus o seu primeiro milagre (Cf Jo 2,1-12). Também
hoje, se recorrermos a Maria, ela pedirá ao Filho e este a atenderá.
Ganância
e gratuidade
Certa vez, um
garoto surpreendeu sua mãe com uma listinha. Nela estava escrito:
“A mamãe me
deve:
- Por levar o
recado para a tia Anita: R$2,00
- Por comprar
o pão: R$0,50
- Por tirar o
lixo: R$0,50
- Por varrer o
chão: R$3,00
Total: R$6,00”
A mãe não
deixou por menos. Pegou na hora um papel e escreveu:
“Por carregar
você dentro de mim durante nove meses: R$0,00
- Por dar
banho e cuidar de você quando criança: R$0,00
- Por fazer a
comida e lavar a roupa: R$0,00
Total que você
me deve: R$0,00”
A sociedade
moderna nos ensina a cobrar por tudo o que fazemos para o nosso próximo. Mas
Jesus nos ensina bem o contrário: A gratuidade. “De graça recebestes, de graça
deveis dar” (Mt 10,8).
“O Espírito
Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” (Lc
1,35). Esposa do Espírito Santo, ensine-nos a solidariedade!
Lobo
com pele de ovelha
Havia, certa
vez, uma região rural muito distante da sede do Município, cujos sitiantes nasceram
ali, e seus pais e avós também. Era herança que vinha passando de geração em
geração.
Um dia, um senhor
de fora chegou, dizendo que aquelas terras eram dele. Mostrou a escritura de propriedade.
Mas todo mundo via que ela era falsa, pois os papéis eram novos. Fora comprada
recentemente em um cartório.
Como os
moradores se recusavam a sair, ele contratou um homem de ar piedoso. Este colocou
uma cruz no peito e, fingindo ser pobre, foi morar na região.
Como ali não
havia o Culto Dominical, ele convidava o povo para rezar aos domingos. Durante
a celebração, ele dizia, por exemplo:
“Olhem, gente,
ninguém pode fazer justiça com as próprias mãos! Quanto mais sofremos aqui na
terra, maior é a nossa glória no Céu. Por isso, é melhor sofrer calado. Quem
perde aqui, ganha lá...” Com isso, conseguiu enganar muita gente.
“Cuidado com
os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelhas, mas por dentro são
lobos ferozes” (Mt 7,15).
“Ao trono
acorrendo da Virgem Maria, exulta o Brasil de amor e alegria.
Três séculos
faz, à terra ela vinha, dos nossos afetos ser doce Rainha.”
O
dever de sentar-se
Certa vez, um
casal com pouco tempo de casados começou a se desentender por um motivo muito
simples: Ele não gostava de ver novela e adorava assistir futebol na TV. Ela
era o contrário.
Aquele casal
havia aprendido, no curso de noivos, uma estratégia de perseverança chamada “Dever
de sentar-se”. Uma vez por mês, eles iam à noite para um restaurante ou
lanchonete, procuravam uma mesa isolada, e ali ficavam batendo papo. O assunto devia
ser sempre sobre a vida dos dois, ou sobre os familiares.
Em um desses
encontros, eles entraram em um acordo: Ele assumiu o compromisso de esforçar-se
por gostar de novela, e ela por gostar de futebol. Foi ótimo. Sucesso total.
Dentro de um mês, eles não havia mais briga em casa.
A graça de Deus
é capaz até de criar gostos, transformando obstáculos em trampolim. “Tudo
concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28). Mas não podemos nos esquecer
do que disse Jesus: “Quem pede, recebe”.
“És, Maria, a
Virgem que sabe ouvir, e acolher com fé a santa Palavra de Deus.”
A
lição da formiguinha
Certa vez, um
rapaz estava andando em um caminho de roça e viu, no chão, uma formiguinha carregando
uma folha dez vezes maior que ela. O jovem parou e ficou observando. Cada vez
que dava um pequeno vento, ela caía com a folha, mas se levantava e continuava a
caminhada. Cansada, ela não aguentou mais carregar a folha, e a arrastava.
Até que chegou
a um pequeno buraco no chão, que era a entrada do formigueiro. Ela tentou
entrar com a folha nas costas, mas não conseguiu, porque a folha era maior que
o buraco.
Depois de
algumas tentativas, a formiguinha deixou a folha e entrou no buraco. O rapaz pensou:
Coitada! Tanto sacrifício inútil!
Mas de repente
saem do buraco várias formiguinhas e começam a cortar a folha em pedaços. Foi um
verdadeiro mutirão. Em pouco tempo, a grande folha desapareceu, dando lugar a pequenos
pedaços. Cada formiga pegou um pedacinho e entrou, certamente para alegria dos
filhotes.
Até os animais
vivem unidos e trabalham em equipe. “A união faz a força.” “Povo unido jamais
será vencido.”
E foi assim
que Jesus quis a Igreja. “Foi do agrado de Deus salvar e santificar os homens,
não individualmente, mas unidos em Comunidade” (Concílio Vat. II, LC 9).
A Igreja tem
vários níveis. Começando de cima para baixo: Igreja universal; conferências nacionais;
conferências regionais (Sul 1, Leste 2 etc); províncias eclesiásticas (mais ou
menos cinco dioceses, em torno de uma arquidiocese); dioceses; paróquias;
comunidades católicas; famílias. A família é chamada Igreja doméstica.
Vamos
reafirmar a nossa fé na Igreja, una, santa, católica e apostólica, e amá-la
mais. Ela é pecadora, mas tem muita gente santa. Em primeiro lugar, o seu fundador,
Jesus Cristo. Em segundo vem sua Mãe, Maria Santíssima.
Quem
inventou a pinga
Dizem que foi
o diabo que inventou a cachaça. Foi assim: Um dia, ele pensou: “Vou fazer uma
bebida para o homem beber!”
Pegou uma
cana, torceu em um copo e tomou um pouquinho para experimentar. “Ainda não está
boa”, pensou ele.
Pegou um
pavão, torceu, misturou e provou. “Melhorou. Mas ainda não está boa”.
Então pegou um
macaco. Torceu-o, misturou, experimentou. “Está boa, mas vou melhorar ainda
mais”.
Pegou um leão,
torceu e misturou. “Ôpa! Melhorou. Mas pode ficar ainda melhor”.
Então ele
pegou um porco, torceu e misturou. “Agora sim, ficou ótima!” Deu para o homem,
e disse: “Bebe!” O homem bebeu.
Por isso que,
primeiro, o homem vira um pavão: Some o acanhamento e quer aparecer.
- Depois se
transforma em macaco: Fica alegre e faz gracinhas.
- Em seguida torna-se
leão: Quebra tudo. Fica tão valente que, quando chega em casa, os filhos se
escondem debaixo da cama.
- Finalmente, vira
um porco: Cai na cama e fica lá, babando e dormindo.
“Irmãos, em se
tratando de irmãos na Comunidade, não tenhais convivência com libertino, ambicioso,
idólatra, provocador, beberrão, ladrão... Com tais pessoas nem se deve tomar refeição”
(1Cor 5,11). S. Paulo estava falando da vida em Comunidade. Portanto, não se
trata da convivência pública, no trabalho etc.
“Teu rosto é
sol que brilhando aquece, nas horas tristes de solidão. Com teu sorriso de Mãe,
parece abrir-se em flor nosso coração” (Cântico à Virgem Maria).
Helicóptero
tenta salvar náufrago
Certa vez, um barco
afundou-se no mar, e um dos que estavam nele ficou boiando e lutando contra as
ondas, para chegar à praia.
Veio um
helicóptero e desceu uma corda. Mas ele não quis segurar na corda. Desceram uma
cadeirinha. Mas ele não quis sentar-se na cadeirinha. Fizeram de tudo, mas o
homem não quis. Ele achava que dava conta de chegar à praia nadando. Mas, antes
de chegar, morreu afogado!
Nós também
estamos nos debatendo neste mar revolto da vida, e Deus nos quer salvar. Para
isso, ele nos oferece meios eficazes e fáceis de serem usados: A participação
na Comunidade, a Confissão, a Missa, a Comunhão, a leitura da Palavra de Deus,
a devoção a Maria Santíssima...
Leite
pago com cirurgia
Anderson era
um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta, para pagar seus estudos.
Certo dia,
sofrendo sob o forte sol da tarde, e com muita fome, apertou a campainha de uma
casa para pedir comida. Apareceu uma jovem muito linda. Ele ficou tão encantado
que lhe pediu apenas um copo d’água.
Ela notou que o
moço estava com fome. Foi à cozinha, voltou com um grande copo de leite e disse:
“Desculpe. Não encontrei água. Mas trouxe este copo de leite. Você aceita?” O
rapaz tomou o leite, agradeceu e foi embora. Quando saiu, percebeu que sua fé
em Deus ficou mais forte.
Vários anos
depois, aquela jovem, agora mulher adulta, ficou gravemente doente. Os médicos
locais a enviaram para a cidade grande, onde havia um médico especialista que
podia tratar de sua rara enfermidade.
Ao vê-la, o
médico reconheceu que era aquela jovem de anos passados, que lhe dera um copo
de leite.
Dedicou-lhe
especial atenção e, depois de uma demorada luta em favor da vida, ganhou a batalha
e a mulher sarou.
Quando ela
teve alta, ficou preocupada com a conta a pagar, que devia ser altíssima. Logo
recebeu da administração do hospital um envelope. Apreensiva, abrir o envelope.
E teve uma grata surpresa. Havia apenas um bilhete com as seguintes palavras:
“Pago, há vinte anos, com um copo de leite. Dr. Anderson”.
Como é bonito
o amor! Como é belo servir ao próximo, de forma criativa, e sem humilhá-lo! Quanta
gente vive maquinando para descobrir jeitos de ficar rico e assim ser feliz.
Mas a felicidade está em outro caminho: Em servir.
Se uma jovem
que dá um copo de leite merece tanto agradecimento, quanto mais aquela outra
Jovem que nos deu o Salvador, Jesus Cristo!
“Ó Mãe do
Redentor, do Céu ó porta, ao povo que caiu, socorre e exorta, pois busca levantar-se,
Virgem pura, nascendo o Criador da criatura: tem piedade de nós e ouve, suave,
o anjo te saudando com seu Ave!”
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