HISTÓRIAS DE VIDA-OUTUBRO
Meninos
brincando de guerra
Certa vez, um
grupo de meninos estava numa praça, brincando de guerra. Passou um homem, viu
aquilo e disse: "Guerra não presta. Só traz morte, destruição e choro. Por
que vocês não brincam de paz?” Os meninos olharam um para o outro e disseram:
“Nós não sabemos brincar de paz!”
A sociedade
ensina às crianças como fazer guerra. Mas não ensina como construir paz. Os
meios de comunicação divulgam mais a violência do que a paz, mais as pessoas
violentas do que as pessoas pacíficas.
Se, numa rua, cem
famílias dão o bom exemplo, não são divulgadas. Mas se uma pratica crimes, esta
é divulgada para todo o país.
“Felizes os
que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
Maria Santíssima
é a Rainha da Paz. Que ela nos ajude a darmos um passo à frente em direção à
paz.
A
história de uma cadeira
Havia, certa
vez, uma cadeira muito bonita. Era o enfeite da casa. Mas, com o tempo, ela se
desgastou e começou a ficar feia. Em alguns lugares, a tinta sumiu e aparecia a
madeira. As pernas ficaram bambas...
Até que veio
alguém, pegou a cadeira e a jogou no porão, junto com outros móveis estragados.
Aí sim, a cadeira ficou tão feia que nem parecia mais cadeira.
Mas, um dia,
um belo dia, a porta do porão se abriu, duas mãos grossas pegaram a cadeira e
ela foi para uma marcenaria.
Lá, ela
recebeu, primeiro, uma lixa grossa. Foi muito doído. Perdeu toda a roupa.
Depois, veio uma lixa fina, e outra mais fina... A cadeira aguentou tudo.
E foi
compensador. A beleza de sua madeira chamou a atenção de todos. Nem quiseram
mais pintá-la. Apenas lhe passaram uma camada de verniz transparente.
Pronto, a
cadeira foi recuperada e ganhou novamente o seu lugar de honra: A sala de
visitas.
Que tal
enfrentarmos uma boa lixa no sacramento da Penitência, e depois nos revestirmos
do belo verniz das virtudes cristãs? Pode ser difícil, doído, mas compensa.
“No princípio,
Deus criou o céu e a terra. A terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam
o abismo... Deus disse: Que exista a luz!... Então Deus disse: Façamos o homem
à nossa imagem e semelhança... E Deus viu que tudo o que havia criado era muito
bom” (Gn 1).
Pelo trabalho,
continuamos a obra de Deus na criação do mundo e do homem. Não só na criação,
mas também na recuperação. Isso a começar conosco mesmos.
Mas
que tanto ir à Missa
Certa vez, um menino
disse para o seu pai, no domingo de manhã: “Mas que tanto ir à Missa! Hoje eu não
vou”.
O pai ficou
calado. A família foi toda à Missa e ele ficou em casa, vendo televisão.
Naquela
família, era costume, na refeição, a mãe fazer o prato de cada filho.
Na hora do
almoço, o pai pediu à esposa para não servir àquele filho. Então ela foi
fazendo os pratos de cada um, e pulou o garoto.
Na hora, ele
reclamou: “E para mim, a senhora não vai servir?” O pai, que estava ao lado, disse:
“Mas que tanto almoçar!”
O menino
entendeu a lição e não falhou mais à Santa Missa.
A Missa é o nosso
alimento espiritual. Ela sustenta a nossa vida cristã, assim como o alimento
material sustenta o nosso corpo. Por isso precisamos receber sempre, todos os
domingos.
O encontro
semanal da Família de Deus conta também com a presença a Mãe da Igreja, que é a
discípula fiel do Senhor.
Amor
gera amor
Certa vez, uma
senhora estava dirigindo o seu carro em uma estrada, e o pneu furou. Apesar da
chuva fina e do frio, ela saiu do carro e começou a pedir ajuda.
Apareceu um
caminhão. O motorista parou. Ela explicou o caso, e ele disse: “Entre no carro,
porque esta chuva lhe pode fazer mal. Eu estou acostumado com isso”.
Em poucos
minutos ele trocou o pneu. Ela quis dar-lhe uma gorjeta, mas ele não aceitou, e
disse: “Aí para frente, ajude outra pessoa que esteja precisando”. Os dois se
despediram e continuaram suas viagens.
Um pouco na
frente, ela parou para tomar um café. Percebeu que a garçonete estava grávida,
e tinha aparência de pobre.
Ela lembrou-se
do pedido do caminhoneiro. Escreveu um bilhete dizendo: “Isto é um presente
para ajudar você no parto”. Colocou dentro do bilhete uma nota de cinquenta
Reais, deixou sobre o pratinho usado no café, e foi embora.
A garçonete,
ao pegar aquele dinheiro, até se arrepiou de alegria. À tarde, em sua casa,
disse ao marido: “Bem, hoje eu ganhei uma boa ajuda para o parto”.
Amor gera amor,
e vai tornando o mundo mais feliz. O mesmo acontece com o egoísmo, que gera
egoísmo e vai tornando o mundo mais triste, infeliz e violento.
Maria
Santíssima mostrou seu amor de diversas formas. Que ela nos ajude a dar ao
mundo o Amor encarnado, que é Cristo.
O
mosquito na sopa
Certa vez, uma
família estava à mesa, na hora do jantar, tomando sopa. O casal conversava um com
o outro. O filho, de nove anos, disse: “Pai...” O pai reagiu na hora: “Fique
quieto menino!”
Logo depois, o
molequinho chamou de novo: “Ô pai...” “Fique quieto! Você não vê que estamos
conversando?”
Terminado o
assunto com a esposa, o pai virou-se para o garoto e disse: “Agora pode falar”.
O menino respondeu: “Não adianta mais. O senhor já engoliu o mosquito que
estava na sopa”.
A criança
queria avisar o sobre o mosquito, porque o pai não enxergava bem.
Parte
importante da educação dos filhos é saber ouvi-los. Como Maria Santíssima,
quando encontrou o Filho no Templo. Apesar de estar angustiada, a primeira que
ela fez foi deixar o filho falar: “Filho, por que agiste assim conosco?” (Lc
2,48).
Ser
autêntico com Cristo
Há cinquenta
anos, havia, numa cidade grande brasileira, um radialista que era querido por
todos, especialmente pela juventude. Ele era católico, mas não praticante.
Seus amigos
conseguiram levá-lo para o Cursilho de Cristandade. A notícia se espalhou, e
todo mundo ficou na expectativa para ver a reação dele, após o encontro de
renovação cristã.
O encerramento
do Cursilho foi em um ginásio de esportes, que ficou lotado. 90% eram fãs do
radialista.
Entretanto,
quando chegou a vez dele falar, e de dar o seu testemunho sobre o que significou
para ele o Cursilho, o radialista simplesmente se levantou e disse: “Eu não
posso dizer nada agora”. E sentou-se. A frustração foi geral.
Mas, quinze
dias depois, numa reunião de grupo de cursilhistas, ele deu um testemunho
belíssimo. E contou: "No encerramento do Cursilho, eu não podia falar
nada, porque eu pertencia a uma entidade que a Igreja Católica não aprova. Eu
era secretário da entidade. Logo que saí do Cursilho, na primeira reunião que
tivemos, entreguei o meu cargo e me desliguei da entidade. Agora sim, estou
livre para assumir a minha missão de cristão católico no mundo".
Daí para frente,
ele foi um cristão exemplar, na família, na Igreja e na profissão.
Infelizmente,
um ano depois faleceu, vítima de acidente de carro.
Este senhor
era como S. Paulo Apóstolo: coerente com as próprias convicções. Vivia com
radicalidade aquilo em que acreditava.
Na parábola
dos dois filhos (Cf. Mt 21,28-32), Jesus mostra a sua preferência pelas pessoas
que cumprem as suas obrigações cristãs, mesmo que nada prometam.
Maria
Santíssima sempre disse sim a Deus, e o manteve até o fim da vida.
As
promessas batismais
Certa vez,
dois senhores estavam viajando de ônibus, um ao lado do outro. Como a viagem
ela longa, começaram a conversar. Um deles era líder de Comunidade.
Ao passarem ao
lado do Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida, o assunto entrou em religião.
O colega disse para o líder: “Eu não ensino religião para os meus filhos. Mais
tarde, quando eles crescerem, vão escolher o que querem seguir”.
O líder estranhou
a atitude e perguntou: “Você batizou seus filhos na Igreja Católica?”
- “Claro!
Batizei os meus quatro filhos”.
- “Você se
lembra que, nos quatro batizados, você assumiu o compromisso de educa-los na
Igreja Católica?”
A pergunta pegou
o colega de surpresa. Nós, infelizmente, não costumamos levar a sério o que
prometemos para Deus. Mas ele leva. Se os compromissos assumidos entre nós
devem ser cumpridos, muito mais os assumidos com Deus.
Maria
Santíssima manteve todos os seus compromissos assumidos com Deus. Ela disse
“sim” ao anjo Gabriel, e o sustentou até o fim de sua vida terrena. Maria do
“sim”, rogai por nós.
Eu
durmo enquanto o vento sopra
Havia, certa
vez, um fazendeiro, cuja fazenda ficava no litoral, em um lugar onde havia
muitos ventos fortes e tempestades. Ele estava precisando de um zelador para
cuidar da sua fazenda, e não encontrava.
Um dia,
apareceu um baixinho, de meia idade, e se ofereceu para trabalhar. O fazendeiro
explicou a situação, e perguntou: “Você acha que dá conta?” O candidato respondeu:
“Bem, eu durmo enquanto o vento sopra”.
O fazendeiro
não entendeu a afirmação, mas, já que não encontrava outro, contratou-o.
Numa noite,
veio um vento fortíssimo, que uivava de todos os lados. O fazendeiro
levantou-se, foi depressa à cama do zelador, sacudiu-o e disse: “Você não está
ouvindo?”
O funcionário
respondeu: “Sim. Mas eu não disse para o senhor que durmo enquanto o vento
sopra?” Virou-se para o canto e continuou dormindo.
Irritado, o
fazendeiro foi conferir:
- Todos os
montes de feno estavam cobertos com lonas, presas ao solo com pesadas pedras.
- As vacas
estavam bem protegidas nos currais.
- Os frangos
estavam todos nos galinheiros cercados de telas.
- Todas as
portas e janelas estavam fechadas e bem travadas....
O fazendeiro
então entendeu o que significa: “Eu durmo enquanto o vento sopra”. E foi também
dormir.
“Vigia!
Reaviva o que te resta, e que estava para morrer!...Lembra-te daquilo que tens
aprendido!” (Ap 3,2-3).
Relâmpagos:
Fotos de Deus
Havia uma
menina de oito aninhos que todos os dias ia e voltava da escola sozinha. Ela
estudava no período da tarde.
Numa tarde, na
hora de voltar para casa, formou-se uma tempestade muito forte. O céu se
escureceu e apareceram nuvens carregadas. Apesar disso, a garotinha iniciou sua
caminhada para casa. Minutos depois, começou um vento muito forte, com
relâmpagos, trovões e raios.
A mãe,
preocupada, foi atrás da filhinha. Logo a avistou, vindo na calçada, calma e
muito alegre. A cada relâmpago, ela parava, olhava para cima e sorria.
Quando viu a
mãe, ela correu para abraçá-la e disse: “Mãe, Deus não parava de tirar fotos de
mim!”
Quem ama a
Deus, confia nele e não tem medo de nada. Pelo contrário, vê em tudo sinais do
seu amor. “Tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Maria
Santíssima, a filha predileta do Pai, esposa do Espírito Santo e mão de Deus
Filho, é chamada Nossa Senhora da Esperança, porque sempre confiou em Deus e
teve coragem, mesmo em meio às maiores dificuldades. Que ela nos ajude.
A
corrida dos sapinhos
Certa vez, um
grupo de sapinhos resolveu apostar uma corrida morro acima, para ver quem chegava
primeiro no topo do morro. Todos os sapos daquele brejo foram convidados para
assistir à corrida, ficando na beira do caminho por onde os atletas iam passar.
Aconteceu que
os que estavam na beira do caminho começaram a gritar para cada sapinho que passava:
“Pare! Pare! Você vai perder mesmo! Não vai dar conta!..." Faziam isso só
para atrapalhar, levando os sapinhos a desistirem da corrida.
De fato,
influenciados por aquela gritaria, os sapinhos foram, um a um, abandonando a
competição.
Mas um deles
continuou subindo e ganhou a corrida. No meio dos aplausos, descobriram o
motivo: Ele era surdo! Foi por isso que ganhou, pois não ouvia os gritos e a
pressão para desistir.
Nós precisamos
ser surdos para certas vozes que nos mandam parar. Muitos, com ou sem maldade,
tentam afastar-nos da caminhada cristã.
Maria
Santíssima teve, em toda a sua vida terrena, uma firmeza admirável. Era todinha,
de corpo, de alma e de espírito, voltada para os valores do Evangelho do seu Filho.
Santa Maria, rogai por nós.
A
cama de Procrustius
Existe, na
mitologia grega, um personagem chamado Procrustius. Ele tinha uma pensão, na
qual havia uma cama só. Quando chegava um hóspede para dormir, Procrustius o
media. Se era maior que a cama, ele lhe cortava um pedaço. Se era menor, ele
esticava o hóspede, até ficar do tamanho da cama.
Quantas vezes
nós hospedamos pessoas em nossa vida, ou em nosso coração, mas nos comportamos
como Procrustius! Queremos que a pessoa seja igual a nós, tenha os nossos
gostos, o nosso temperamento e o nosso jeito de viver. Aceitar cada pessoa do
jeito que ela é, mesmo que bem diferente de nós, é uma virtude necessária na
vida comunitária.
Educar é
conduzir o formando para além de si própria, mas na direção dele, não na direção
que traçamos para ele. Quando Jesus tinha doze anos, sua Mãe sentiu na pele
isso. O Filho tinha um caminho que eles, os pais, naquela época não entendiam.
Só mais tarde entenderam. Felizmente, Maria foi humilde e, em vez de chegar
dando bronca, perguntou: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e
eu estávamos, angustiados, à tua procura!” (Lc 2,48).
O
motorista perdido na cidade grande
Certa vez, um
homem estava dirigindo o seu carro numa cidade grande e desconhecida, e se
perdeu. Viu um senhor que vinha na calçada, encostou o carro e lhe perguntou:
“Por favor, como que eu chego a tal lugar?”
O senhor
começou a explicar: “Siga aqui em frente, na terceira esquina vire à esquerda e
no segundo farol à direita. Você vai chegar a uma pracinha. Lá...”
Olhou para o
rosto do motorista e percebeu que ele estava tão tenso que já havia se
esquecido da primeira explicação. Olhou no relógio, e lhe disse: “Pode deixar.
Eu vou com você até lá”.
O motorista
deu um sorriso aliviado. O senhor entrou no carro e os dois foram conversando
sobre os assuntos do dia. Quando ia chegando onde deviam virar, ele avisava. O
motorista nem precisava olhar as placas, nada. Sua preocupação era apenas com o
trânsito.
Em nossa vida
de peregrinos neste mundo, Deus é o nosso companheiro, que sabe o caminho. Ele
não nos explica antecipadamente as coisas, porque podemos nos esquecer. Por
isso ele vai conosco. O importante é o nosso momento presente. O amanhã está
nas mãos de Deus. O ontem também.
“Não vos
preocupeis com o dia de amanhã... Olhai as aves do céu...” (Mt 6,25,34).
Peçamos a
Maria Santíssima que nos ensine a amar a Deus sobre todas as coisas e jogar nas
mãos dele as nossas preocupações.
O
caroneiro e a sua mala
Certa vez, um
homem estava andando numa estrada, carregando uma mala pesada. Passou um
caminhão vazio e ele pediu carona. O motorista parou e, como a cabine estava
cheia, disse: “Só se for na carroceria”. “Tudo bem”, disse ele. E subiu com a
mala.
Lá na frente,
o motorista, olhando pelo retrovisor, viu que o homem não deixava a mala no
assoalho da carroceria, mas a carregava em sua mão, apesar dos solavancos.
O motorista
ficou intrigado com aquilo. Parou e perguntou por que ele fazia aquilo. O homem
respondeu: “O senhor já faz o grande favor de me levar, seria demais eu lhe pedir
que levasse também a mala!”
Que diferença
faz, a mala na mão ou na carroceria, não?
“Vinde a mim,
todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei
descanso... O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11,28-29). Vamos
deixar Cristo carregar as nossas malas, e assim, livres, podemos servi-lo
melhor.
Se fizermos a
vontade de Deus, ele nos levará com os nossos fardos e tudo.
O que nos
falta, muitas vezes, é aquela fé que nos dá coragem, primeiro, de subir no
caminhão de Deus. Depois, de entregar as nossas malas nas mãos dele. A
preocupação exagerada com os bens materiais é falta de fé, pois Deus cuida até
dos passarinhos, quanto mais de nós, seus queridos filhos e filhas.
Todos os
santos e santas eram alegres e despreocupados, apesar das grandes
responsabilidades que tinham. Isto porque colocavam suas malas na carroceria do
caminhão de Deus. E nenhum deles perdeu nada, pelo contrário, ganharam cem
vezes mais.
Vamos pedir a
Maria Santíssima que nos ajude a crescer no amor e na confiança em Deus.
Mandar
os filhos para a igreja”
Certa vez, o
pároco foi convidado para celebrar uma Missa em um colégio, na festa de
aniversário da instituição. Estavam presentes, além do corpo docente, todos os
alunos e seus pais.
Na hora da
homilia, o padre disse para os pais, em tom categórico: “Não mandem seus filhos
para a igreja!”
Todos pensaram
que o padre tinha se enganado e queria dizer o contrário. Mas logo depois ele
repetiu a mesma frase: “Não mandem seus filhos para a igreja!” Na terceira vez
que ele falou, uma mãe protestou: “Eu não estou entendendo. A gente se esforça
tanto para que nossos filhos participem da igreja, e o senhor vem falar isso?”
O padre então
explicou: “Não mandem apenas; vão com os seus filhos para a igreja!”
De fato, quando
mandamos uma criança fazer alguma coisa que nós não fazemos, a criança obedece
enquanto é pequena; mas, quando crescer, ela não fará aquilo porque pensa que
não é importante para a vida, já que os pais não fazem.
Os filhos
aprendem mais com os olhos do que com os ouvidos. Por isso, a educação que dura
é aquela dada através do exemplo, não apenas de palavras bonitas. “A palavra
convence, o exemplo arrasta”.
Maria
Santíssima é a Rainha dos educadores, pois educou o nosso grande educador,
Jesus Cristo. Que ela nos ajude a ser bons educadores.
Existem
coisas piores
Certa vez, um
senhor queria se separar da esposa, porque ela não limpava a casa. Era uma
sujeira que ele não suportava.
Mas antes ele
foi consultar um sábio. Este ouviu tudo calado e, no fim, disse: “Vocês criam
algum animal?” “Sim”, respondeu o homem. “Nós temos uma cabra”.
O sábio falou:
“Pegue essa cabra e ponha dentro da sua casa. Dia e noite. Não a tire de lá.
Daqui a uma semana você volte aqui”.
O homem achou
aquilo um absurdo. Mas obedeceu. Voltou para o seu lar, explicou para a família,
e colocou a cabra dentro de casa.
Como foi duro
passar aquela semana! Era um mau cheiro horrível. Finalmente chegou o dia, e
ele voltou ao sábio.
Este disse: “Vocês
criam galinhas?” “Sim”, respondeu ele.
- “Quantas?”
- “Umas
vinte”.
- “Então pegue
todas e ponha também dentro da sua casa. E daqui a uma semana volte aqui”.
Pronto, o
homem foi para casa confuso e sem entender aquele sábio. Mas obedeceu. Na
semana seguinte, voltou, e o sábio falou: “Agora, tire a cabra e as galinhas, e
volte ao que era antes. Daqui a uma semana você venha aqui”.
Quando, na
semana seguinte, ele voltou, o sábio perguntou: “E agora, como está a sua casa?”
- “Uma beleza.
Foi um alívio!”
- “E a casa,
está suja?”
- “Até que não.
Conseguimos limpar tudo, e tiramos até o mau cheiro dos estrumes”.
E o homem
nunca mais reclamou que a sua casa era suja.
Existem situações
piores do que a nossa. “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,10).
O
professor ateu e a batata
Certa vez, um
professor de ciências, do Ciclo Básico, disse, na aula, que Deus não existe. A
afirmação chocou os alunos.
Em casa, uma
menina contou para a mãe.
- “O que diz o
seu coração?” perguntou ela.
- “Que existe”.
- “Então
existe, filha. Não ligue pelo que as pessoas falam”.
Mas, no outro
dia, a menina teve uma ideia. Pegou uma batata, colocou-a em sua bolsa e foi para
a escola. Logo no início da aula, ela disse ao professor: Ontem o senhor disse
que Deus não existe. Então quem fez a natureza? Por exemplo, esta batata aqui?”
O professor não
soube responder. Mas, para não ficar desmoralizado diante da classe, pediu que
ela, mais dois alunos, fossem lá fora e chamassem a Deus. “Se ele responder, é
sinal que existe”, disse o professor.
Os três, lá fora,
combinaram: Quando voltaram, o professor perguntou: “Então, chamaram? Ele
respondeu?” As crianças disseram: “Não respondeu. Mas chamamos também o cérebro
do professor, e ele não respondeu. Sinal que o professor não tem cérebro”.
De fato, a
ciência não consegue fabricar um ser vivo, como é a batata. Pelo menos naquela
classe, nunca mais aquele professor falou que Deus não existe.
“São
insensatos todos os que, contemplando a natureza, não reconhecem o seu criador”
(Sb 13,1).
O
casal que se comunicava por bilhetes
Certa vez, um
casal brigou. Brigou feio e ficaram de mal. Quando era necessário dizer alguma
coisa ao outro, faziam-no através de bilhetes.
Aconteceu que
um dia o esposo chegou do serviço preocupado. Seu chefe havia marcado uma
reunião na firma no dia seguinte, uma hora antes de começar o trabalho. Por
isso, ele devia levantar-se, não às 05:30 como de costume, mas às 04:30 horas.
O que ele fez:
Escreveu em um papel: "Por favor, amanhã me acorde às 04:30 da madrugada".
Colocou o bilhete em cima do travesseiro da esposa e dormiu.
Quando a
esposa foi dormir, viu o bilhete. No dia seguinte, levantou-se às 04:15 horas.
Às 04:30 colocou ao lado da cabeça do marido o seguinte bilhete: “São 04:30
horas. Está na hora de você se levantar”.
Naquele dia,
ele teve de ir para o trabalho sem café, e ainda toma taxi, gastando um pouco mais.
Claro que essa
mulher errou. Foi radical e sem coração. Mas o fato mostra que a palavra
escrita nem sempre é suficiente. Precisamos acrescentar a ela a nossa palavra viva
e o nosso testemunho pessoal.
O casal nunca
deve interromper o diálogo. O perdão e o recomeço são infinitos.
Ozanan
manda pacote para amigo
O Bv.
Frederico Ozanan é o fundador da Sociedade S. Vicente de Paulo, os vicentinos.
Em 1833, ele cursava direito na universidade de Sorbonne, em Paris.
Um dia, ele
saiu da faculdade, junto com alguns colegas, e levava consigo um pacote de
alimentos para dar a uma família pobre da periferia.
De repente,
viu na rua o próprio senhor para o qual estava levando os alimentos. Ozanan
cumprimentou-o com alegria e disse: “O senhor podia levar este pacote para
fulano de tal?” Na hora, o necessitado entendeu o disfarce, pegou o pacote e disse:
“Sim, eu levo com prazer”.
Assim, aquele
senhor não ficou humilhado diante do colega de Ozanan, e também Ozanan evitou
dar uma de fariseu, fazendo uma boa obra na frente das pessoas, para que elas o
elogiassem.
A Palavra de
Deus vai, aos poucos, nos tornando humildes.
Maria
Santíssima disse, no Magnificat: “O Senhor olhou para a humildade da sua
serva”. Que ela nos ajude a não nos deixarmos levar pelo mau fermento dos
fariseus.
Engraxate
analfabeto lê a Bíblia
Certa vez, um
menino, com uma caixa de engraxate nas costas, apertou a campainha da casa
paroquial. O padre veio e ele disse:
- “O senhor
tem sapatos para engraxar?”
- “Não, filho,
sou eu mesmo que engraxo os meus sapatos”.
E o padre
começou a conversar com o garoto:
- “Onde você
mora?” Era no bairro mais pobre da cidade.
- “Em que
série você está, na escola?”
- “Eu não estou
na escola, pois preciso ajudar em casa. O meu trabalho de engraxate é para isso”.
- “Você já foi
à escola?
- “Nunca”.
- “Sabe ler e
escrever?”
- “Não”.
Então o padre
trouxe um par de sapatos para ele engraxar. Enquanto isso, a conversa
continuava. No fim, o menino disse:
- “O senhor me
dá uma Bíblia?”
- “Você quer Bíblia
para quê, se não sabe ler?”
- “Mas padre,
a Palavra de Deus não está na Bíblia? Eu não sei ler, mas abro a Bíblia, olho para
ela com fé, e a Palavra de Deus entra pelos meus olhos e toma conta de mim”.
O padre trouxe
uma Bíblia, deu ao garoto e disse, emocionado: “Muito obrigado, filho!”
“A Palavra de
Deus é viva e eficaz. É mais cortante que uma espada de dois gumes” (Hb 4,12).
“As
Pals q eu vos disse s Espír e vida” (Jo 5,63).
O
homem precipitado
Certa vez, um senhor
estava em um bar. Apareceu alguém e lhe disse, apavorado: “Ô João! Um caminhão
desgovernado entrou na sua casa, em (falou o nome da cidade vizinha). Sua
esposa morreu e seus filhos estão muito feridos!”
O homem deixou
na mesa a cerveja e saiu correndo imediatamente. Parou o primeiro taxi que viu,
entrou e disse apavorado ao taxista: “Por favor, me leve urgente a tal cidade!”
O taxista saiu com toda a velocidade.
Quando já estavam
na estrada, a 120 km por hora, de repente ‘caiu a ficha’ e o homem pensou: “Mas...
eu não me chamo João, não moro nesta cidade para onde estamos indo, não sou
casado, não tenho esposa nem filhos...” Pediu então ao taxista que parasse e
voltasse para trás.
Não podemos
ficar correndo na vida, atrás de ilusões, ou apenas porque outros disseram. É
importante lembrar que temos uma origem certa: Viemos de Deus. Temos um destino
certo: O Céu. E temos um caminho para chegar lá: Jesus Cristo..
Um dia
estaremos diante do tribunal de Deus, e ali seremos julgados pelos atos que
fizemos, bons ou maus. E Cristo nos julgará exatamente como julgamos os outros.
A mãe não
costuma guardar rancor nem se vingar, porque ela é símbolo do amor de Deus. Que
Maria Santíssima, a Mãe das mães, nos ajude a caminhar, não ao acaso, mas na
direção da Vida.
Os
penetras e o vexame
Certa vez,
dois rapazes amigos estavam andando numa rua de uma pequena cidade do interior,
onde ninguém os conhecia. Era domingo pelo meio dia.
De repente,
eles viram uma festa em um quintal aberto. Havia muito churrasco e schopp à
vontade, com músicas lindas.
Como em festas
de casamento há amigos do noivo que a família da noiva ainda não conhece, e
vice-versa, eles resolveram entrar de penetras. E não foram só eles os
penetras. Apareceram muitos.
Quando eles
estavam à vontade, comendo e bebendo, o dono da casa mandou parar a música,
subiu numa cadeira e disse: “Por favor, os convidados da noiva fiquem deste
lado aqui”. E apontou para a sua direita. Uma turma foi para lá.
E ele
continuou: “Agora, os convidados do noivo fiquem deste lado aqui”. Outra turma
foi para o seu lado esquerdo.
Nesta hora, o
dono da casa falou: “Esses dois grupos podem cair fora, porque esta festa é de
quinze anos da minha filha”.
Que vexame,
não?
Na Igreja,
todas e todos somos convidados. Ninguém é penetra. Mas, se somos da família de
Jesus, precisamos nos comportar do jeito dele, ouvindo a sua Palavra e
colocando em prática. Senão seremos expulsos do banquete, “por não estarmos em
traje de festa... E lá fora haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22,12-13).
Este vexame seria pior que aquele da festa da debutante.
“Minha mãe e
meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc
8,21).
Dois
valiosos presentes
Havia, certa
vez, um rapaz que tinha o grande desejo de possuir um carro. Quando chegou o
seu aniversário, o pai resolveu fazer-lhe uma surpresa. Comprou uma Bíblia, colocou
dentro dela um cheque no valor do carro que ele queria, e lhe deu de presente.
Mas aconteceu
que o rapaz não se interessou pela Bíblia e nem a abriu. O pai esperou uns dias
para ver se ele se tocava. Entretanto, o pai faleceu em um acidente.
Como o pai não
havia contado para ninguém a surpresa, o cheque continuou dentro da Bíblia, e
esta foi para o última gaveta do guarda-roupa do filho, e lá ficou esquecida,
até que o cheque perdeu o seu valor.
Na verdade,
dentro de todas as Bíblias existe um tesouro muito mais valioso que um carro. Entretanto,
é, como disse Jesus, um tesouro escondido, que só quem tem fé descobre.
Que não
sejamos como aquele moço. O cristão verdadeiro lê a Bíblia todos os dias.
“Quem é de
Deus escuta a Palavra de Deus” (Jo 8,47). Isabel disse a Maria: “Feliz aquela
que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc
1,45).
Quem
sabe catecismo ganha bombom
Havia, certa
vez, um senhor já idoso que tinha muitos netos e netas. Eles o adoravam, especialmente
porque, quando os visitava, trazia balas e bombons.
Mas o vô não
dava logo os doces às crianças. Primeiro, ele fazia perguntas do catecismo.
Quem acertava ganhava primeiro. No fim, todos ganhavam.
Era um recurso
pedagógico muito eficaz para despertar nas crianças a interesse e o gosto pelas
coisas de Deus, pois associava o catecismo ao bombom.
Muitos não
sabem viver a velhice. São impacientes, irritados, egoístas e murmuradores. O
pior é quando dão escândalo. Outros são o contrário: Pacíficos, tolerantes,
puros de coração e desapegados, tanto das coisas como dos costumes antigos. Têm
espírito de sacrifício e são alegres.
O idoso tem
quatro metas: União com Deus, boa palavra, serviço ao próximo e bom exemplo.
Que S. Joaquim
e Sant’Ana, pais de Nossa Senhora, intercedam pelos avós.
A
escuridão processa a luz
Certa vez, a
escuridão se deu conta de que a luz estava conquistando um espaço cada vez
maior, e decidiu mover uma ação judicial contra ela.
No dia marcado
para a audiência, a luz apresentou-se na sala do júri, antes da a escuridão.
Entraram os dois advogados e o juiz.
O tempo passava
e a escuridão não aparecia. Todos esperaram um bom tempo. Por fim, o juiz,
cansado e verificando que a parte demandante não aparecia, deu ganho de causa à
luz.
Mas todos
continuavam curiosos: Como que a escuridão promove uma ação e depois não
comparece no júri? Por fim, descobriram. A escuridão estava fora da sala, mas não
se atreveu a entrar porque sabia que seria dissipada pela luz.
Se formos
discípulos fiéis do Senhor, seremos luz do mundo. Não precisaremos ter medo das
trevas, porque elas serão dissipadas pela luz. A verdade, por si mesma, vence a
mentira.
“A luz brilha
nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus,
seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para
que todos pudessem crer, por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar
testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, a todos
ilumina. Ela estava no mundo, o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não
a reconheceu. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes o poder de se tornarem filhos
de Deus. São os que creem no seu nome. Estes foram gerados, não do sangue, nem
da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E a Palavra se fez
carne, e veio morar entre nós” (Jo 1,5-14).
Convidado
leva sua mãe à festa
Certa vez, um
célebre senhor foi convidado a participar de um jantar festivo. Era uma festa
de gala. Foi preparado um lugar próprio para ele, como convidado especial.
Um pouco antes
do jantar, ele chegou, trazendo também a sua mãe. O porteiro não quis deixá-la
entrar, dizendo-lhe que o convite era só para o seu filho.
O filho
sentiu-se ofendido e disse ao porteiro: “Se minha mãe não pode entrar, eu
também não entro”. Virou as costas e foi-se embora, junto com sua mãe.
Nós queremos levar
Maria conosco, em todas as festas, refeições, encontros e passeios. E se alguém
não aceitá-la, nós também não entramos.
Já pensou se
os noivos das Bodas de Caná tivesse convidado apenas Jesus e não a sua Mãe? Não
teria acontecido o milagre da transformação da água em vinho.
Por isso, cuidado!
Ao convidar Jesus para entrar na nossa casa, estenda o convite também à sua
Mãe, senão é perigoso ele não entrar.
A
pérola e o dragão
Certa vez, um
rapaz estava andando numa montanha deserta e viu uma grande caverna. Curioso,
entrou nela.
Lá dentro, ele
viu uma pérola de altíssimo valor. Aproximou-se para pegá-la, mas viu que ao
lado dela havia um dragão muito feroz, com os dentre arreganhados para devorar
quem se aproximasse.
O moço foi-se
embora. Mas marcou bem o lugar. Anos depois, ele voltou à caverna e, para
surpresa sua, a pérola ainda estava lá. E, para seu espanto ainda maior, o dragão
tinha se reduzido ao tamanho de uma inofensiva lagartixa.
Com facilidade,
ele pegou a pérola e levou-a consigo.
As batalhas
ferozes que enfrentamos na vida são como aquele dragão. À medida em que vamos
superando as dificuldades da vida diária, crescemos em estatura e força
interior. Como na história, não é o dragão que diminui de tamanho, e sim nós que
ficamos maiores.
É preciso ter
paciência histórica. Para problemas grandes, muitas vezes o tempo é o meio mais
eficaz de solução.
A
Missa da Família
Certa vez,
estava havendo, numa cidade, as Santas Missões, e o missionário deu o seguinte
aviso: “Amanhã teremos a Missa da Família. Todos os casais devem vir aqui para
a igreja de braços dados, junto com seus filhos”.
Foi aquele
alvoroço. Homens que não costumavam nem pegar na mão da esposa em público,
agora fazer isso, não só na frente dos filhos, mas na rua!
Mas, como o
padre mandou, o jeito foi obedecer. E, quando entraram na igreja, sentiram uma
alegria tão grande que nunca haviam sentido.
O sacramento
do matrimônio une, não desune o casal. Se como namorados já se amavam, agora o
amor é maior. E isso precisa ser testemunhado publicamente, especialmente
diante dos filhos.
O
melhor método de educar
Havia uma família
que morava a dez quilômetros da cidade. Um dia de manhã, o pai pediu que seu filho
o levasse de carro à cidade, a fim de ele participar de um evento que iria até
a tarde.
Pediu que o filho
aproveitasse para levar o carro à oficina, a fim de fazer alguns pequenos reparos.
A mãe pediu também ao filho que fizesse algumas compras.
Chegando à cidade,
o pai lhe disse: “Nós nos encontraremos aqui, às 17 horas”.
O moço fez as
compras, deixou o carro na oficina e, andando pela cidade, resolveu entrar em um
cinema. Lá, assistindo um filme, distraiu-se e, quando se deu conta, eram 17:30
horas.
Correu até a
oficina, pegou o carro e, quando chegou ao local combinado, eram quase 18
horas. O pai lhe perguntou ansioso: “Por que você veio tão tarde?” O moço não
teve coragem de dizer que estava vendo um filme, e disse que o carro não ficou
pronto em tempo, e ele teve de esperar.
O que ele não
sabia era que o pai havia telefonado na oficina! Ao perceber a mentira, o pai
ficou triste e disse: “Algo não está certo na maneira como o tenho educado,
porque você não teve a coragem de me dizer a verdade. Vou refletir sobre o que
fiz de errado a você. Caminharei a pé os dez km até a nossa casa, para pensar
sobre isso”.
Assim, vestido
em suas melhores roupas e calçando sapatos elegantes, começou a caminhar para
casa pela estrada poeirenta.
O filho não
quis deixá-lo sozinho e foi seguindo atrás, dirigindo o carro, até chegarem à
sua casa. A viagem durou duas horas.
Vendo o pai
sofrer tanto por causa de uma mentira, o moço decidiu nunca mais mentir.
Está aí um
exemplo de educação baseada na “não violência ativa”. Se o pai tivesse simplesmente
castigado seu filho, este teria sofrido o castigo e continuado mentindo.
Jesus é o pai
da não violência ativa. Sofreu em si o castigo que seria nosso. E Maria seguiu
pelo mesmo caminho.
A
coisa mais bela do mundo
Certa vez, um
célebre pintor queria pintar, em uma tela, a coisa mais bela do mundo. E saiu
procurando.
Horas depois,
ele estava andando em uma estrada e viu um sacerdote. Perguntou a ele: “Qual é
a coisa mais bela do mundo?” O padre respondeu: “É a fé”. O pintor agradecer e
continuou o seu caminho.
Mais na
frente, viu um rapaz tocando violão. Perguntou a ele: “Qual é a coisa mais bela
do mundo?” O jovem disse: “É a alegria”. Novamente o pintor agradeceu e
continuou a sua viagem.
Um pouco
distante dali, ele viu um policial. Fez-lhe a mesma pergunta e o policial
respondeu: “É a paz”. O artista agradeceu, mas quis continuar sua pesquisa.
Em outro
lugar, encontrou-se com uma bela moça e perguntou a ela: “Qual é a coisa mais
bela do mundo?” A jovem disse, sem duvidar: “É o amor”. “Obrigado!"
respondeu o pintor.
Mas ele se
perguntava: Qual dessas coisas é realmente a mais bela?
Como a tarde
estava caindo, ele voltou para casa. Ao chegar, viu a esposa terminando o
jantar e os filhos ali perto, todos muito alegres. Minutos depois, em volta da
mesa, rezaram e começaram a comer.
Está aqui,
pensou o pintor, a coisa mais bela do mundo. É a família, pois nela estão todas
as coisas belas que ouvi. Eu vejo aqui a fé, a paz, a alegria e o amor.
A família é o
lugar abençoado por Deus, onde somos felizes. Ela é a principal formadora das
pessoas. Vamos valorizar a nossa família. E não nos esqueçamos de que temos
outra família importante, que é a Comunidade cristã.
Que Maria
Santíssima, a Mãe das famílias, nos ajude a tornar a nossa família muito bonita.
O
jovem casal e a tempestade
Certa vez, um
jovem casal, recém casados, estava viajando a pé no meio de uma floresta.
Conforme o costume local, ele trazia um facão, preso à cintura pela bainha.
Ao cair da
tarde, veio uma tempestade fortíssima. Eram nuvens espessas, fortes trovões,
raios e muito vento. A moça estava com medo, apavorada.
Então o
marido, que conhecia o amor dela por ele, tirou o facão da bainha e o ergueu
sobre a cabeça dela, como se fosse parti-la ao meio. A esposa ergueu os olhos
e, na maior calma, deu-lhe um belo sorriso.
Ele disse:
“Por que você não fica com medo?” Ela respondeu: “Claro, eu sei que você me ama
e não vai fazer isso comigo”. O rapaz então explicou: “Querida, Deus ama você
muito mais do que eu. Por que então está com medo da tempestade?”
Aí está a
explicação por que os cristãos católicos são corajosos e são felizes, mesmo
diante dos maiores perigos: Confiam no amor de Deus. Está aí também a explicação
por que nós abraçamos uma vocação, mesmo sem conhecer os detalhes do que iremos
fazer ou enfrentar.
Como os
Apóstolos, nós deixamos na praia a nossa barca e partimos, felizes com Jesus,
sem saber direito nem para onde vamos. E no fim dá tudo certo. Quem ama,
arrisca, sem nem perceber que está arriscando, porque tem certeza da proteção
do amigo.
Jesus
ridicularizou o homem rico, que colocava a sua segurança nos bens materiais: “Tolo!Ainda
nesta noite, tua vida te será retirada. Para quem ficará o que acumulaste?” (Lc
12,20).
O melhor
exemplo de resposta vocacional, depois de Jesus, temos em Maria Santíssima.
Ela foi muito além do que Deus lhe pedia: Eis aqui a escrava
do Senhor, faça de mim o que o Senhor quiser. Quer dizer: Não só isso aí, mas
tudo o mais que o Senhor quiser, eu faço. Que ela nos ajude a descobrir, abraçar
e perseverar na nossa vocação.
O
leilão especial
Certa vez, um
jovem foi apartar uma briga, levou um tiro e morreu. Um amigo seu pintou um
quadro, mostrando-o de corpo inteiro, e o deu de presente ao seu pai, que era
apaixonado pelo filho.
O pai gostou
muito do presente. Como ele tinha, em casa, uma coleção de quadros, alguns
valiosos, colocou aquele quadro junto com os demais, no seu atelier.
Quando este
senhor faleceu, a família, cumprindo o desejo dele, fez um leilão dos quadros.
O primeiro a ser leiloado foi o do moço.
Mas ninguém
dava o primeiro lance, pois as pessoas estavam interessadas nos outros quadros
famosos. Após muita insistência do leiloeiro, um rapaz levantou a mão e gritou:
Trinta Reais. Como ninguém mais deu outro lance, o leiloeiro bateu o martelo e
entregou o quadro ao jovem.
Em seguida, os
organizadores declararam encerrado o leilão. Foi aquela surpresa. Eles
explicaram: O falecido, dono da coleção, havia determinado que aquele que
adquirisse o quadro do seu filho ficaria com toda a coleção.
Jesus morreu para
nos defender. Deus Pai o ama muito, e dá todos os presentes para quem seguir o
seu Filho. Quem o adquirir, levará todos os bens do céu.
Após
o terremoto, o que fazer?
Em 1755, a capital
de Portugal, Lisboa, sofreu um grande terremoto, que devastou a cidade. O rei,
Dom José I, ficou perdido, sem saber que atitude tomar. Pediu para chamar seu
conselheiro, o Marquês de Alorna, a fim de que lhe apresentasse soluções para o
grande problema.
O Marquês foi
simples, objetivo e categórico. Ele disse: “Enterre os mortos e cuide dos vivos”.
Em outras palavras: Em vez de maldizer a escuridão, acenda um fósforo.
Em nossa vida,
terremotos acontecem. São crises, problemas de saúde, na família etc. A nossa
pergunta é: O que Deus pede de mim agora, nesta nova situação? E olhar para
frente, porque Deus não nos permite barreira sem brecha, nem problema sem
solução.
O nosso foco
não deve estar no problema, mas na solução. Não devemos focalizar o que passou,
mas o presente, direcionando para o futuro. O importante é, a partir do que
sobrou, reconstruir.
Após o pecado
original, Deus foi objetivo e prático: “Porei inimizade entre ti e a mulher,
entre a tua descendência e a dela. Esta te esmagará a cabeça” (Gn 3,15). Maria
é inimiga do tentador, do qual seu Filho esmagou a cabeça.
O
exemplo do tição
Certa vez,
numa região rural, um homem afastou-se da Comunidade. Todos sentiram a sua ausência.
Como ele era
amigo do coordenador da Comunidade, numa noite, foi passear na casa dele. O
líder aproveitou para lhe dar uma bela e amiga lição.
Como fazia
frio, os dois estavam sentados à beira do fogão de lenha, enquanto a mulher
preparava o café.
No meio da
conversa, o dono da casa puxou um tição do fogo, deixando-o fora. Logo, o tição
se apagou. A mulher o colocou de novo. Entretanto, minutos depois, o marido
repetiu o gesto, e novamente o tição se apagou.
E a cena
foi-se repetindo, até que o visitante se inquietou e disse: “Por que você faz
isso, compadre?” O coordenador explicou: “Nós somos como este tição. A
Comunidade é o fogo e nós o tição. Fora dela, nós nos apagamos na fé!”
O outro abaixou
a cabeça e disse: “Muito obrigado pela lição, compadre!” Daí para frente, ele
voltou a participar assiduamente da Comunidade.
Ovelha
separada do rebanho, o lobo pega. Esse coordenador agiu exatamente como Jesus,
ao ir atrás dos dois discípulos de Emaús.
“A Comunidade
é força de Deus. Lugar abençoado onde moram os filhos seus”.
Maria Santíssimo
nunca se afastou da Comunidade. Pelo contrário, ela sempre apoiava a Igreja
nascente, como vemos em At 1,14. Mãe Educadora da fé, rogai por nós.
Presente
original
Certa vez, uma
senhora estava fazendo aniversário. Depois de cantar os parabéns, a sua
filhinha de três aninhos, toda emocionada, entregou-lhe uma caixa bonita,
enfeitada com papel de presente e lacinhos de fita.
A mãe abriu na
hora a caixa, mas ficou surpresa, porque não havia nada dentro. Então abraçou a
menina e disse: “Filhinha, quando a gente dá um presente a alguém, não é só a
caixa; precisamos colocar alguma coisa dentro!”
A garotinha
ficou vermelha e disse: “Mas eu coloquei, mãe!” A mãe falou: “Filhinha, olhe a
caixa, está vazia!” A menininha disse: “Mamãe, era uma surpresa; eu enchi a
caixa de beijos para a senhora!”
“O essencial é
invisível aos olhos” (Pequeno Príncipe).
Nós também
ganhamos de Deus um grande presente, a Redenção. Dentro desta caixa, o
principal nós não vemos, que é o amor de Deus por nós. Foi esse amor que deu
origem a toda a História da Salvação, a qual continua até hoje, perfumando a
nossa vida.
Vamos abrir
essa caixa, sentir o seu perfume, e sair distribuindo pelo mundo, como fez
aquela garotinha. Fortalecidos por esses beijos de Deus, podemos vencer tudo, e
encher o mundo de amor.
O
padre que cumpria as penitências
No final do
Séc. XIX, vivia no interior do Brasil um padre que tinha fama de santo. Seu
nome era Pe. Gregório.
Quando ele
começou a ficar mais idoso, a cozinheira da casa paroquial ficava preocupada,
porque o Pe. Gregório nunca chegava para jantar, após o seu plantão de
confissões na igreja.
Ele fechava todas
as portas da igreja e ficava lá dentro. Os líderes da paróquia ficaram curiosos
para saber por que o padre fazia aquilo.
Um dia, alguém
descobriu: Ele cumpria parte das penitências que queria dar aos penitentes. Por
exemplo: Quando uma pessoa se confessava e ele achava que devia pedir vinte Pai
Nossos, pedia só dez e ele mesmo rezava os outros dez. E fazia isso depois que
atendia o último penitente.
Pe. Gregório agia
assim porque ficava com dó das pessoas terem de cumprir penitências longas.
Acontecia, às vezes, de ele ficar até altas horas da noite na igreja, de
joelhos, rezando.
O Pe. Gregório
era um pastor que amava muito as suas ovelhas, e não queria que nenhuma se
perdesse.
Maria
Santíssima é a Mãe de todos nós. Como boa Mãe, ela também sente dó dos seus filhos
e filhas e não quer que nenhum se perca. Mãe da Igreja, rogai por nós.
O
enterro do rei
Certa vez, um
rei morreu, e a família real pediu aos monges que ele fosse enterrado no
cemitério particular deles, que fica dentro do terreno do mosteiro, o qual é
cercado de muros.
O abade
permitiu, mas colocou uma condição: No momento em que ele atravessar o portão
do mosteiro, não será mais a sua majestade o rei, mas um simples defunto. E
explicou: Aqui todos os defuntos são iguais. A família concordou.
O portão era
de placas de ferro, totalmente fechadas, sem visão do outro lado.
Na hora do enterro,
um monge ficou esperando do lado de dentro. Quando o cortejo fúnebre chegou
junto ao portão, o general chefe do exército bateu. O monge perguntou, lá de
dentro: “Quem é?” O general respondeu: “É o corpo do nosso rei, fulano de tal”.
“Não o conheço”, respondeu o monge.
Veio o
primeiro ministro e disse: “Sr. monge, eu sou o primeiro ministro do reino.
Trouxemos o corpo do nosso digníssimo rei, fulano de tal, que ajudou tanto este
mosteiro!” O monge respondeu: “Não conheço”.
Diante do
impasse, foram falar com a rainha, que estava lá atrás, junto ao caixão. Foi
ela que havia combinado o enterro com o abade. A rainha disse: “Deixem, que eu
sei por quê”.
Aproximou-se
do portão, bateu e o monge perguntou, lá de dentro: “Quem é?” Ela disse: “É um
defunto para ser enterrado”. Na hora, o monge abriu o portão e iniciou a reza do
terço pela alma do falecido.
E o rei foi
enterrado da mesma forma em que sepultavam os monges falecidos, sem nenhuma
distinção.
“Lembra-te que
és pó, e ao pó hás de voltar” (Cf Gn 3,19).
O
mendigo e a pedra
Havia, certa
vez, um mendigo que passava o dia sentado numa pedra na beira de uma estrada,
pedindo esmola. Por isso, aquela pedra era chamada “A pedra do mendigo”.
Um dia, o dono
daquelas terras precisou da pedra para uma construção, e mandou que ela fosse
transportada. Os empregados vieram com um trator, porque a pedra era grande e
pesada.
Ao rolarem a
pedra, tiveram uma surpresa: Embaixo dela havia um tesouro. Uma caixa de bronze,
cheia de ouro, prata e pedras preciosas. Certamente alguém, a centenas de anos
atrás, havia escondido naquele lugar a sua fortuna, e depois morreu sem ter
contado isso para ninguém.
Que contraste!
Um mendigo, pedindo esmola, sentado em cima de um grande tesouro, capaz de
fazê-lo um dos homens mais ricos da região!
Em muitas
casas, acontece algo bem parecido, com a Bíblia. A família a tem, ela é a
Palavra de Deus e o caminho para a nossa felicidade. No entanto, ela fica
escondida em um canto, e às vezes as pessoas se esquecem até de que ela existe.
A felicidade
existe, é possível e está bem pertinho de nós. Falta abrir o tesouro. Muitos morrer
de sedo ao lado da fonte de águas cristalinas.
“O meu
mandamento não está no céu, para que digas: Quem poderá subir ao céu por nós
para apanhá-lo?... Não está do outro lado do mar... A minha palavra está bem ao
teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que possas cumprir” (Dt
30,11-14).
Maria
Santíssima amava muito a Palavra de Deus. Foi sua prima Isabel que disse isto:
“Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será
cumprido!” (Lc 1,45).
O
boneco de sal
Havia, certa
vez, um boneco que era de sal. O seu sonho era conhecer o mar.
Um dia, depois
de muito viajar, ele aproximou-se do mar. Ficou encantado. Amou o mar. Como
quem ama quer aproximar-se, o boneco aproximou-se do mar.
Então o mar o
convidou: “Venha mais perto!” O boneco respondeu: “Mas, é perigoso! Eu sou de
sal!” “Não há problema”, disse o mar. “Pode vir”.
O boneco
aproximou-se. Então o mar fez uma onda e esta atingiu os pés do boneco, que
derreteram na hora.
“Veja o que
aconteceu”, disse o boneco. “Já perdi os meus pés!” “Não há problema, venha
mais”, disse o mar. O boneco se aproximou e perdeu as pernas.
Mas aí ele
criou coragem e foi em frente... Até que veio uma onda e o encobriu. Nessa
hora, o boneco disse: “Agora, mar, eu posso dizer que amo você!”
Essa história
expressa bem o amor de Jesus por nós, manifestado na Eucaristia. Expressa
também o nosso amor a ele, manifestado quando temos uma vida cristã eucarística.
Deus é poderoso, é o Senhor da vida, da morte, de tudo.
O Corpo de
Cristo que comungamos foi gerado no corpo de Maria Santíssima. Obrigado, Mãe,
pelo presente!
O
pai que gostava de torradas queimadas
Havia, certa
vez, uma família composta de três pessoas: O pai, a mãe e um filho de dez anos.
Como a esposa
trabalhava fora, à tarde, no jantar, ela, em vez de cozinhar, preparava um
lanche.
Em um desses
lanches, ela colocou na mesa torradas bastante queimadas. O esposo as pegava, colocava
margarina e comia, sorrindo para ela e o filho. Durante a refeição, perguntou
ao menino como tinha sido o seu dia na escola.
A esposa pediu
desculpas por haver queimado as torradas. Ele disse: “Querida, adoro torradas
queimadas”.
Mais tarde,
antes de dormir, o garoto perguntou ao pai, longe da mãe, se ele gostava
realmente de torradas queimadas. Ele abraçou o menino e disse:
“Companheiro,
sua mãe teve hoje um dia de trabalho muito pesado e estava cansada. Além disso,
uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de falhas, porque não
somos perfeitos. Precisamos aceitar as fraquezas alheias, relevando as
diferenças entre um e outro. As pessoas se esquecem do que lhes dizemos, mas
nunca se esquecem do modo como as valorizamos e acolhemos”.
Precisamos saber
conviver com as falhas alheias, acolhendo, relevando. Está aí a chave da boa
convivência.
Maria
Santíssima é nossa mãe. A mãe não costuma guardar rancor dos filhos, nem se
vingar deles, porque ela é símbolo do amor de Deus. Mãe das mães, ajudai-nos a
conviver.
A
romeira que foi curada
Certa vez, uma
senhora, casada e mãe de três filhos, descobriu que estava com câncer. Ficou
tão chocada com a notícia que perdeu o rumo da vida. Era uma professora, boa
mãe e boa esposa, mas confundiu-se completamente. Não via mais que um palmo na
frente do nariz.
Resolveu fazer
uma romaria ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Acertou todas as coisas,
em casa e no serviço, e foi sozinha.
Hospedou-se em
um hotel e foi para o Santuário. Subiu a rampa e ficou bem em frente à Imagem
original da Santa. Ela não sabia o que dizer, mas ali era o único lugar onde se
sentia bem. Passou quatro dias ali em frente da Imagem, só saindo para as suas
necessidades físicas.
Aquela mulher
chamou a atenção dos funcionários da Basílica. Antes de voltar para casa, ela contou
a sua história para uma funcionária.
No fim, disse:
“Sou outra. Eu estou bem. Sinto-me ótima e feliz. Não sei se fui curada ou não;
vou saber isso quando voltar ao meu médico. Mas estou disposta a continuar a
minha vida com muita alegria”.
Aí está um
exemplo dos milagres mais comuns que acontecem nos santuários católicos, todos
os dias.
Não há
doenças, mas doentes. Todos um dia vamos morrer. Mas o pior da doença é quando
ela toma conta da nossa pessoa inteira, e nos torna doentes.
Mãe dos
enfermos, rogai por nós.
O
caminho do Céu e o caminho da Igreja
Certa vez, um
missionário chegou a uma cidade para iniciar as Santas Missões. Ele ainda não
conhecia a cidade.
Por isso, logo
que saiu da rodoviária, viu um grupo de meninos brincando na rua e perguntou a
eles: “Como que eu faço para chegar até a igreja?” Explicaram direitinho.
Então o missionário
aproveitou e disse: “Amanhã vai haver uma missãozinha para as crianças, às nove
horas. Vocês estão convidados. Lá eu vou ensinar para vocês o caminho do Céu!”
Um garoto
disse: “O senhor não sabe nem o caminho da igreja, como vai saber o caminho do
Céu?”
De fato, para
chegarmos ao céu precisamos participar a Igreja, pois só S. Pedro tem as chaves
do Céu, e o Papa, chefe da Igreja, é o sucessor de S. Pedro.
Precisamos, no
domingo, participar da reunião semanal dos cristãos, que é a Santa Missa.
“Como são
amáveis tuas moradas, ó Senhor! Meu coração e minha carne exultam no Deus vivo.
Até o pássaro encontra a casa, e a andorinha o ninho onde por os seus filhotes.
Feliz quem mora em tua casa e sempre segue os teus caminhos. Para mim, vale mais
um dia na casa de Deus do que mil em outro lugar; Estar na porta da casa do meu
Deus é melhor que habitar nas mansões dos ímpios. Porque sol e escudo é o
Senhor Deus; ele concede graça e glória, e não recusa bem algum a quem caminha
com retidão” (Sl 84).
Maria Santíssima
é chamada de Casa de Ouro, e de Porta do Céu. Que ela nos ensine o caminho da
Igreja, da qual é Mãe.
Cão
ferido morde quem o socorre
Certa vez, um
adolescente estava caminhando em uma rua e viu um cachorro estirado no meio do
asfalto, sem poder mover-se. Estava ferido. Um carro o havia atropelado, e o
animal tinha as patas traseiras quebradas.
Os veículos
passavam muito perto dele, e o medo do garoto era que o matassem, porque era
impossível que o animal pudesse levantar-se sozinho.
Com gestos, o
menino deteve o tráfego, pegou o cão ferido e o levou para a calçada. Imobilizou
suas patas quebradas, com faixas. O adolescente fazia isso com muito amor,
pensando em levar o bicho para a sua casa.
Mas, o cão lhe
cravou os dentes na mão. Mesmo após a mordida, o menino continuava cuidando do
cão.
Algumas
pessoas viram e o levaram imediatamente para o hospital, onde tomou injeção
anti-rábica.
Alguém lhe
perguntou por que ele continuava cuidando do cachorro, mesmo após levar a
mordida. Ele disse: “Quem me mordeu não foi o cão, mas a sua ferida”. Aí está o
motivo da mordida em alguém que só queria salvá-lo.
Quando uma
pessoa está mal, ou não tem paz, está ferida na alma e, se recebe amor ou bons
tratos, “morde”. Mas, na verdade, quem está fincando os dentes é a sua ferida.
Jesus entendeu
isso com os discípulos de Emaús. Por isso foi atrás deles e teve paciência,
pois eram os problemas internos deles que os tornavam cegos e até agressivos.
Os nossos
problemas internos nos tornam cegos e nos levam a “morder” as pessoas em volta,
mesmo que estejam nos fazendo o bem. Quando alguém grita com você, ofende você,
critica-o, não o faz porque quer mal a você, mas porque está mal, está ferido
na alma.
É nessas horas
que a mãe se torna ombro amigo para chorarmos. E Maria é essa Mãe.
Socorrei-nos, ó Maria, neste nosso caminhar.
O
homem que serrou a sua cruz
Certa vez, um
homem estava carregando a sua cruz, mas a achava um pouco pesada e desajeitada
de carregar.
Ao passar por
uma casa de sítio, viu o sitiante com um serrote, serrando uma madeira. Ele
pediu o serrote emprestado e serrou um pedaço da sua cruz. Ao recolocá-la no
ombro, gostou. Agora sim, pensou ele, dá para carregar mais fácil. Agradeceu o
sitiante e continuou o seu caminho.
Mais na
frente, havia um córrego que ele devia atravessar. Os barrancos eram altos e,
lá no embaixo, o rio era fundo e a correnteza forte. Não havia por ali nenhuma
ponte, ou pinguela, ou madeira para ele usar.
Ele tentou
usar a sua cruz como pinguela, mas, coitado! Faltava exatamente aquele pedaço
que ele cortou. E assim, o homem ficou ali, sem prosseguir o seu caminho.
É isso que dá
a gente querer cortar a própria cruz. O surgimento de seitas tem como motivo
principal querer cortar um pedaço da cruz que o Evangelho nos impõe.
Maria Santíssima
carregou a sua cruz com coragem, e sem cortá-la. Que ela nos ajude a seguir o
Evangelho do seu Filho, sem pular nenhuma página, ou tentar “adocica-lo” mais.
“Se alguém
quer me seguir, renuncie-se a si mesmo, toma a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).
São
Martinho de Lima e o mendigo
São Martinho
nasceu em 1579, em Lima, capital do Peru. Era negro, filho de uma escrava. Um
dia, ele queria ajudar um mendigo que pedia esmola, mas não tinha nada para lhe
dar.
O que Martinho
fez? Sentou-se na calçada, ao lado do mendigo, e pedia esmola junto com ele,
para ajudá-lo.
A caridade,
somada à humildade, leva os cristão a tomar atitudes inusitadas.
Ninguém é tão
pobre que não tenha nada a dar.
Maria
Santíssima foi a mulher solidária. Solidarizou-se com a prima Isabel, com os
noivos em Caná, com o Filho na Cruz... e continua se solidarizando conosco
pelos séculos afora. Mãe solícita, rogai por nós.
O
sábio e o passarinho
Certa vez, um
rapaz quis desmoralizar um senhor, que era líder da Comunidade e tido por todos
como um sábio.
O jovem pegou
um pequeno passarinho, pôs as mãos para trás, aproximou-se do líder e disse: “Todos
aqui no bairro consideram o senhor um sábio, que sempre dá respostas acertadas
a quem pergunta. Eu estou segurando um passarinho aqui nas minhas mãos. Ele
está vivo ou morto?”
A armadilha
era bem feita porque, se o homem falasse que estava vivo, o moço apertava-o em
suas mãos e o matava. Se dissesse que estava morto, ele simplesmente o mostrava
vivo.
Mas aquele
líder, mais uma vez mostrou-se sábio. Respondeu ao moleque: “A decisão está nas
suas mãos, assim como o seu futuro e a felicidade das pessoas ao seu redor”.
É a pura verdade.
O mundo não caminha ao acaso. A História é o fruto das decisões que tomamos,
somadas com as decisões dos outros. “Eis que coloco diante de ti a vida e a
felicidade, a morte e a desgraça...” (Dt 30,15).
Mãe do Bom
Conselho, rogai por nós.
As
diversas maneiras de se regar uma horta
Uma horta pode
ser irrigada de vários modos:
- Usando o
regador, aquele balde com o bico próprio para regar.
- Usando a
mangueira. É mais fácil, exige menos esforço e gasta menos tempo.
- Usando a
peça chamada aspersor, afixada na ponta da mangueira. É uma peça giratória que
rega a horta sozinha, sem o trabalho de ninguém.
- E a quarta
maneira, a melhor de todas, é a chuva.
A Eucaristia é
uma chuva de graças sobre nós. Quem comunga caminha a passos largos na vida
cristã e na santidade. Nela recebemos o próprio autor da graça, aquele que nos
dá a Água Viva (Jo 4,10).
Nós precisam
ser regados por esta fonte de Agua Viva. É uma fonte que, derramando sobre nós,
transborda para a nossa família e o nosso bairro.
E se tivermos
dificuldade, recorramos a Maria, nossa Rainha, pois nas Bodas de Caná ficou
provado que Jesus a atende, mesmo que ainda não tenha chegado a sua hora (Cf Jo
2,1-10).
O
médico na procissão
Certa vez, as
famílias de uma Comunidade estavam fazendo, de casa em casa, a novena do Natal.
Os vizinhos se
reuniam numa casa, rezavam, conforme orienta o livrinho próprio, e saíam
juntos, levando a imagem do Menino Jesus para a outra casa, marcada para o dia
seguinte.
Um homem não
quis participar da novena, alegando cansaço. Todas as noites a família ia e ele
ficava sozinho em casa, vendo televisão.
Numa noite,
ele ouviu um barulho na rua. Abriu um pouquinho a cartinha e olhou
disfarçadamente pela janela, e viu a procissçãozinha passando, cantando e
rezando.
E ele viu um
médico, que admirava muito, um dos homens mais conceituados da cidade, indo
junto, rezando e cantando, com o terço na mão.
Aquele homem sentiu-se
do tamanho de um grãozinho de areia. Envergonhado, desligou a televisão e foi rezar
no quarto, pedindo perdão a Deus.
Quando a família
chegou, ele não falou nada. Mas, na noite seguinte, lá estava ele, participando
da novena. E o fez até o fim.
A força do
testemunho daquele médico foi enorme. E ele nunca ficou sabendo disso!
“Se alguém se
envergonhar de mim e de minhas palavras diante desta geração adúltera e
pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória
do seu Pai, com seus santos e anjos” (Mc 8,18).
Maria
Santíssima, quando estava ao pé da cruz junto com o Filho crucificado, deu
também um belíssimo testemunho de fé, de amor e de coragem. Rainha dos
profetas, rogai por nós.
Meu
pai é o piloto
Certa vez, um
senhor estava no aeroporto, aguardando o seu avião, e observava um menino que
estava sozinho, na sala de espera do aeroporto.
Quando o
embarque começou, o menino foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar
seu assento. Aquele senhor entrou no avião e viu que o menino estava sentado ao
lado de sua poltrona.
O garoto foi
cortês, quando ele puxou conversa e, em seguida, começou a passar o tempo
colorindo um livrinho, sem demonstrar ansiedade ou preocupação com o avião,
enquanto os preparativos para a decolagem estavam sendo feitos.
Durante o voo,
o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que a aeronave
balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas bruscas
assustaram alguns dos passageiros. Mas o menino parecia encarar tudo com a
maior naturalidade.
Uma das
passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com aquilo
tudo e perguntou ao garotinho: “Você não está com medo?” Ele respondeu, com um
sorriso lindo no rosto: “Não senhora, não tenho medo. O meu pai é o piloto”.
Existem
situações na nossa vida que lembram um avião passando por forte tempestade.
Nessas horas, às vezes nos sentimos sem apoio. Lembremo-nos de nosso querido
Pai do Céu, que dirige a natureza e a História, com sabedoria e poder infinitos.
Ele está pensando em nós!
Deus
é nosso Pai
Certa vez,
numa homilia, um padre disse: “Deus é nosso Pai!”
Os que estavam
presentes logo pensaram: Já vem ele com a arenga de sempre. Estamos cansados de
saber isso. Como sempre, ele não trás nenhuma novidade.
E o padre
continuou: “Se Deus é nosso Pai, nós somos irmãos!”
Também já estamos
cansados de saber, pensaram os presentes. Desde criança ouvimos essa frase: de
que somos irmãos.
Mas o padre
não parou por aí, e disse: “Se Deus é nosso Pai e nós somos irmãos, nossos bens
são comuns!”
A assembleia
reagiu na hora: “Esse padre é comunista! Vamos denunciá-lo!”
A doutrina
cristã, muitas vezes, entra por um ouvido e sai pelo outro, e não tiramos as
consequências práticas. Em outras palavras, a nossa fé às vezes não passa de um
verniz, isto é, por dentro continuamos pagãos.
O perigo é
ouvirmos, no Juízo Final, aquelas palavras duras de Jesus: “Jamais vos conheci.
Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade!” (Mt 7,23).
A
borboleta forçada a sair do casulo
Certa vez, um
rapaz estava curioso para ver como que nasce uma borboleta. Ele ficou
observando um casulo.
De repente,
abriu-se um buraquinho e um bichinho feio, todo amarrotado, começou a sair. O
jovem ficou observando. Mas demorava demais, e parecia que a borboletinha já
estava cansada de tanto se esforçar para sair.
Então ele
resolveu dar uma ajudazinha. Pegou uma tesoura e, com todo cuidado, abriu mais
o buraquinho. O bichinho saiu logo, mas... nunca voou!
É justamente
aquela demora, e aquele esforço para sair, que faz a borboleta abrir suas belas
asas e voar. É através daquele esforço que um fluido passa de seu corpo para as
asas, dando-lhes forças para se abrirem e lhes dando aquele colorido bonito. Quando
o moço abriu o casulo, impossibilitou essa passagem do fluido, e a borboleta
não pôde abrir as asas!
É uma lição
para nós, principalmente para os apressadinhos e imediatistas. A vida caminha
devagar. Daí a comparação que Jesus fez, do Reino de Deus, com o fermento e com
a semente, pois ambos agem devagar.
Maria
Santíssima é a flor mais bela e bendita no Reino de Deus. Que ela nos ajude a
ser bons cidadãos desse Reino, e a termos paciência, não queimando etapas.
muito sabio
ResponderExcluirBoa tarde, Padre!
ResponderExcluirSua Bênção.
Obrigada pelas historias! com certeza vou utilizar nos meus encontros de catequese.
Aproveito para agradecer pelos 120 de presença no Brasil e, pedir q. Deus derrame sua bênção divina sobre todos os Missionários Redentoristas.