29Hists50Abr15
Homem perde-se na floresta 1450
Permanecer do lado da luz 1449
De que precisamos para ser felizes 1448
Zilda Arns, a médica missionária 1447
Garota chocada com corrupção 1446
Como o nosso caráter é moldado 1445
Olhamos o mundo com nosso prisma 1444
Subir ao ponto mais alto 1443
Como vencer grandes problemas 1442
Para situações novas, soluções novas
1441
O cristão cai e se levanta 1440
O coquinho de indaiá 1439
Mais forte que o exército 1438
Onde existe amor Deus aí está 1437
A união faz a força 1436
A estrada que precisava de luz 1435
Ouvir o inaudível e ver o invisível 1434
O menino que queria ver Deus 1433
A soberba tem pernas curtas 1432
Rei despreocupado com bens materiais
1431
O presépio com dois bebês 1430
A fé faz do mundo um templo 1429
Os animais nos ensinam 1428
A escola dos bichos 1427
Pardal quer voar como águia 1426
O Senhor é o meu Pastor 1425
O passeio superficial 1424
A alegria nasce dentro de nós 1423
O mundo tem a cor que você pinta 1422
Tática para não xingar 1421
Nossas sensações são em parte subjetivas
1420
A falta de comunicação 1419
Líder: Severo ou benevolente 1418
O líder toma a frente 1417
A força do amor a Deus 1416
A lição do joão de barro 1415
O segredo da boa liderança 1414
A carta muito especial 1413
Rei testa candidatos ao trono 1412
A estranha tarefa escolar 1411
O Apóstolo do Brasil 1410
Amor que se sacrifica 1409
A vida tem a cor que você pinta 1408
Continuadores de Jesus 1407
A busca do mais forte 1406
O sentido do trabalho 1405
Deu a vida pelos irmãos 1404
O que adianta ganhar o mundo 1403
Bodas na cadeira de rodas 1402
O abraço à macaúba 1401
Homem perde-se na floresta
Certa
vez, um homem santo estava indo em peregrinação para um santuário. A viagem era
longa e, ao atravessar uma grande floresta, ele se perdeu. Durante vários dias
lutou para encontrar a saída. Tentou diversos caminhos, mas percebeu que
estava, cada vez mais, embrenhando-se no interior da floresta virgem.
Encontrou
um grupo de viajantes, que também estavam perdidos. O grupo rezou dizendo:
-
Obrigado, Senhor! Este homem vai nos salvar, indicando-nos o caminho para sair
desta floresta.
Aproximaram-se
do homem e pediram:
-
Por favor, mostre-nos o caminho. Estamos perdidos!
O
homem santo respondeu:
-
Eu também estou perdido, por isso não posso indicar-lhes o caminho. Posso
apenas mostrar as trilhas que já segui e que me levavam cada vez mais para o
interior da floresta.
Somos
todos peregrinos neste mundo, em busca da felicidade e da salvação. Precisamos
descobrir qual é o caminho certo. O mundo ao nosso redor nos apresenta muitas
trilhas enganosas, que só fazem nos perder ainda mais.
As
pessoas santas também estão procurando o caminho certo. Se estivermos unidas
aos nossos irmãos e irmãs, certamente o encontraremos, pois “Onde dois ou mais
estiverem unidos em meu nome, eu estou, no meio deles” (Mt 18,20).
Permanecer do lado da luz
Havia,
certa vez, uma professora que era muito sábia. Ela já podia se aposentar, mas
preferiu continuar trabalhando, porque via no magistério um espaço para formar
as novas gerações.
Um
dia, ela ensinou uma regra excelente de matemática para três alunas: A Vanessa,
a Márcia e a Sônia. E sugeriu que elas passassem para frente, ensinando aos
colegas da classe.
Semanas
depois, ela deu a toda a classe um trabalho, para o qual era necessário saber
aquela regra. Todos acertaram. A professora perguntou quem lhes havia ensinado
a regra. A classe respondeu em coro: “Foi a Márcia!”
A
Márcia tomou a palavra e explicou:
-
Fiz isso porque a senhora sempre ensinou que o mal a gente não propaga, mas o
que é bom devemos passar para frente.
A
classe bateu palmas.
A
professora sorriu e disse:
-
Muito bem. Era exatamente essa a minha intenção. Eu queria dar a oportunidade
de vocês refletirem sobre o que fazer com as informações ruins e as informações
boas que recebemos diariamente.
Os
meios de comunicação gostam de divulgar notícias negativas: Corrupção, roubos,
assassinato, crimes dos mais variados tipos. Se em uma rua existem 100
famílias, 99 andam direito e uma comete um crime hediondo, é esta que fica
conhecida no mundo inteiro. O porco gosta de lama; o beija-flor gosta de
flores. Vamos ser beija-flores, não porcos.
Existe,
nos Estados Unidos, o seguinte provérbio: Dont stay on the black side:
Não permaneça no lado escuro. Todas as instituições e acontecimentos têm dois
lados: O escuro e o lado da luz. Vamos permanecer no lado da luz.
De que precisamos para ser felizes
Sócrates
foi um grande filósofo grego, natural de Atenas. Viveu no Séc. 5º A/C. Por ser
muito sábio, estava sempre cercado de discípulos. Além de suas ideias e
conhecimentos, os alunos apreciavam o seu modo de viver, que era extremamente
simples e desapegado.
Sócrates
tinha um hábito que deixava todos os discípulos perplexos: Ele costumava gastar
boa parte do seu tempo livre andando pelo mercado da cidade.
Um
dia, um dos discípulos, curioso para saber o que ele fazia no marcado, seguiu-o
à distância. Lá, aproximou-se do filósofo e perguntou:
-
O que chama tanto a atenção do senhor nesse mercado, a ponto de visitá-lo com
frequência?
Sócrates
respondeu, com um sorriso:
-
Eu venho aqui para ver de quantas coisas o homem não precisa para ser feliz.
“Vaidade
das vaidades, e tudo é vaidade”, exceto amar a Deus e só a ele servir (Ecl
1,2).
Zilda Arns, a médica missionária
Zilda
Arns foi a fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa. Ela
é catarinense, irmã do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de S.
Paulo, capital. Zilda morreu com 75 anos de idade, vítima do terremoto no
Haiti, no dia 12/01/2010.
Formada
em medicina, com especialização em educação física e pediatria, Zilda dedicou
sua vida ao cuidado das crianças pobres, da mortalidade infantil e da
desnutrição. Ela coordenava 155 mil voluntários, presentes em 32 mil
Comunidades, situadas em bolsões de pobreza, em 3.500 cidades brasileiras.
A
Pastoral da Pessoa Idosa conta com 100 mil idosos, que são acompanhados
mensalmente por 12 mil voluntários, em 579 Municípios brasileiros.
Zilda
encontrava-se em Porto Príncipe, com a finalidade de introduzir no Haiti a
Pastoral da Criança. Ela tinha terminado uma palestra e respondia perguntas, em
uma igreja, quando o terremoto começou. Suas últimas palavras foram: “Cuidar de
uma criança pobre é um bem sagrado”.
Dia
10/01/2015, foi aberto o processo de beatificação de Zilda Arns. O fato
aconteceu na Arena da Baixada, em Curitiba. Desde a Copa do mundo, o estádio
não esteve tão lotado.
Zilda
Arns foi uma cristã que brilhou como luz para todos nós.
Garota chocada com corrupção
Certa
vez, uma menina de 10 anos assistia a TV ao lado dos pais, num começo de noite.
O noticiário tratava de corrupção, assassinatos e pecados em diversos níveis da
sociedade. A menina sentia muita tristeza.
Os
pais, olhando um para o outro, pensavam em pedir a ela que fosse fazer outra
coisa, enquanto assistiam ao telejornal. Eles sabiam que, apesar de aquela ser
a realidade do mundo, era tudo muito negativo.
Antes
que os pais a mandassem sair da sala, a menina fez uma pergunta preocupante, e
que foi respondida com calma, depois que desligaram a TV.
A
garota perguntou:
-
Deus vê tudo isso acontecendo e não faz nada? O pai chamou a filha para perto
de si, deu-lhe um abraço e respondeu:
-
Faz sim, filha. Deus fez você, fez o papai e a mamãe, fez todas as pessoas para
mudarmos este mundo triste.
Somos
agentes de um mundo novo. Quem se eleva, eleva o mundo.
(Fonte:
Natal em Família)
Como o nosso caráter é moldado
Havia,
certa vez, uma senhora de 90 anos, que vivia sempre ocupada em fazer o bem para
os vizinhos. Todos consideravam suas palavras muito sábias.
Um
dia, ela resolveu reunir a juventude do bairro em sua casa. A turma chegou e
ficou bem a vontade.
A
idosa senhora pediu que todos falassem de suas maiores preocupações. Ela ouvia
com calma e atenção os relatos. Depois que todos falaram, ela disse:
Tomem
cuidado e tenham muito amor e paciência diante de tudo isso que está
acontecendo com vocês. Tomem cuidem:
-
Com os pensamentos, porque eles se transformam em palavras.
-
Com as palavras, porque elas se transformam em ações.
-
Com as ações, porque elas se transformam em hábitos.
E
tomem cuidado com os hábitos, porque eles moldam o caráter de vocês. Os hábitos
vão, aos poucos, transformando a nossa consciência, para que pensamentos,
palavras, ações e hábitos caminhem na mesma direção. Sem a sintonia entre essas
energias internas, o homem não consegue viver.
Quando
a senhora terminou, os jovens aplaudiram-na longamente. Ela encerrou a reunião,
servindo a todos um delicioso chocolate quente.
Olhamos o mundo com nosso prisma
Certa
vez, uma professora deu aos alunos da classe um trabalho sobre as leis de
trânsito. Ela distribuiu papel e lápis para todos e cada criança deveria pintar
seu próprio semáforo.
Diego
olhou para o desenho do colega Gustavo e disse:
-
Ei! Você pintou errado. O farol de cima é o vermelho, não o verde. Gustavo
respondeu:
-
Foi o que eu fiz. Pintei o farol de cima de vermelho, não está vendo?
Diego
disse:
-
Não. Você é um mentiroso. Pintou de verde. Está errado.
E
a discussão foi tomando tal proporção que a professora teve de intervir. Ao se
inteirar do problema, ela chamou Diego e disse-lhe:
-
O seu colega está dizendo a verdade, quando fala que pintou o farol de
vermelho, porque o que ele vê é isto. Ele é daltônico, quer dizer, troca as
cores. O que para você é verde, para ele é vermelho.
Cada
pessoa olha o mundo através de sua história de vida. Portanto, cada um vê uma
mesma realidade de forma diferente.
(Fonte:
Maria Salette e Wilma)
Subir ao ponto mais alto
Havia
uma tribo de índios que vivia em uma vasta região localizada em uma alta
montanha. Um dia, o chefe da tribo adoeceu e, ao perceber que lhe restava pouco
tempo de vida, chamou seus três filhos e disse:
-
Já não vou durar muito, e um de vocês será o meu sucessor. Percorram a região,
subam as montanhas, atravessem os rios... Será o meu sucessor aquele que me
presentear do modo mais original.
Partiram
os três. Cada um esperava encontrar algo especial que pudesse surpreender o
pai.
Tempos
depois, regressou o primeiro. Em suas mãos trazia uma flor rara e preciosa,
nunca vista naquela região.
Dias
depois, veio o segundo. Este presenteou o pai com uma linda pedra, parecia
especial, com sua superfície lisa e redonda, como que polida através do tempo.
Finalmente
apareceu o terceiro. Suas mãos estavam vazias, mas seus olhos brilhavam. Contou
ao pai que subira ao ponto mais alto das montanhas e descobrira, do outro lado,
uma região maravilhosa, com rios, vales, campinas verdes e lagos cristalinos.
E, cheio de entusiasmo, exclamou:
-
Se nós nos mudarmos para lá com toda a tribo, nossa vida com certeza será muito
melhor.
-
Você será o meu sucessor, respondeu o pai, revelando, na voz fraca, um
sentimento de alegria e esperança. Você me trouxe, como presente, a visão de um
futuro melhor.
Mesmo
que a subida da nossa montanha seja difícil, lembremo-nos de que do outro lado
existe um presente para nós e nossos pais, que é a esperança de um futuro
melhor.
Como vencer grandes problemas
Havia,
certa vez, uma família que vivia tranquila em sua casa. Eram o pai, a mãe e
dois filhos. Eles participavam da igreja e trabalhavam na pastoral familiar.
Um
dia, a mãe descobriu-se com uma doença muito grave. O sofrimento invadiu a
casa. Todos sentiam um aperto no peito, um nó na garganta. Diante de tanta dor,
entregaram nas mãos de Deus.
A
família percebeu que, antes de tudo, era preciso confiar em Deus, pois ele tem
poder infinito e nos ama com o amor de um Pai zeloso. A fé fortalece, anima e
dá coragem para continuar a luta.
Depois
de muitas idas e vindas, consultas, tratamentos, exames e remédios, a situação
foi clareando e conseguiram ver no horizonte a possibilidade de cura. Este
sabor de vitória foi-se tornando cada vez mais próximo. Finalmente, a doença
foi vencida.
Assim,
a alegria voltou a tomar conta daquela casa, agora uma alegria mais profunda,
pois baseada na certeza de que Deus caminhava ao lado da família, com o seu
amor e poder infinitos. E fortaleceram mais um aspecto de sua oração: A ação de
graças.
Quando
rezamos, a resposta de Deus sempre vem. Neste caso, veio através da cura. Mas
pode vir de outra forma. Seja qual for o tipo de resposta, ela nos trás paz
interior.
Para situações novas, soluções novas
Certa
vez um padre, ao almoçar na casa de uma família da paróquia, ficou intrigado
com um prato. Era um frange assado, mas cujas coxas foram assadas
separadamente. Curioso, o sacerdote perguntou o motivo por que ela assou o
frango daquela maneira.
A
mulher respondeu que não sabia, mas é daquele jeito que sua mãe assa frangos, e
que ela aprendeu. O importante era que ficava muito gostoso. O importante é que
fica muito gostoso, concluiu ela.
O
padre conhecia a mãe dessa senhora e resolveu investigar. Foi até a casa dela e
perguntou por que assa frangos separando as coxas. Ela deu a mesma resposta da
filha. Disse que havia aprendido com sua mãe essa forma de assar frangos e,
como ficava muito gostoso, era assim que fazia.
Como
o padre era muito curioso, e sabendo que a mãe desta senhora ainda estava viva,
continuou investigando. Viajou até o local onde residia a velhinha, que era bem
distante, em outro município. Lá descobriu que ela usava ainda fogão a lenha.
Perguntou
por que ela assava frangos com as coxas separadas. Ela respondeu:
-
Padre, é muito simples. Se eu for assar o frango inteiro, com as coxas, ele não
cabe na minha assadeira. Por isso tenho de cortar as coxas.
O
padre então descobriu que aquela senhora tinha um motivo real para assar
frangos separando as coxas. Mas a filha e a neta, com suas assadeiras modernas,
não tinham. Não havia, portanto, nenhum motivo que justificasse aquele
procedimento.
Nem
sempre a solução que foi boa para uma pessoa será também para outra. Para
situações novas, vamos ser criativos e descobrir soluções também novas.
(Fonte:
Maria Salette e Wilma)
O cristão cai e se levanta
Certa
vez, um rapaz foi visitar um mosteiro. Lá, perguntou ao monge que o recebia:
-
O que é que vocês fazem aqui?
Ele
respondeu:
-
Aqui a gente cai e se levanta.
-
E depois?
-
Cai e se levanta.
-
E depois?...
E
a resposta era sempre a mesma.
Aquele
monge apresentou um aspecto central da vida cristã: Nós passamos a vida caindo
e nos levantando. O importante é que Deus, quando vier nos buscar, que nos
encontre em pé.
A
caminhada do povo hebreu pelo deserto, rumo à Terra Prometida, é um símbolo da
vida cristã. Cada dia de manhã, eles desarmavam as suas tendas, colocavam-nas
em suas costas e continuavam o caminho. A chegada à Terra Prometida representa
a nossa morte, o nosso encontro com Deus. Um dia antes, ainda estamos
desarmando a nossa tenda, isto é, caindo e nos levantando.
O coquinho de indaiá
Indaiá
é uma palmeira que existe no litoral sudeste do Brasil. Ela produz um cacho de
cocos que são comestíveis e gostosos. Mas o coquinho não tem como ser aberta
sem destruí-lo. Pode-se amassá-lo, serrá-lo, furá-lo, mas não se consegue
abri-lo.
Entretanto,
se tomarmos um vaso, nele plantarmos o coquinho e o regarmos, depois de algum
tempo o coquinho não só se abre, mas nasce dele uma bela palmeira.
O
coquinho de indaiá é como o coração humano: Só se abre de dentro para fora. Com
violência, não conseguimos abrir o coração humano. Só o homem possui a chave do
seu coração e pode abri-lo, pois ele só se abre de dentro para fora.
Querer
amar alguém já é amar. Querer perdoar alguém já é perdoar. O resto vem com o
tempo. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por quem ama” (Jo
15,13).
Mais forte que o exército
Certa
vez, um pequeno país fora invadido por outro, e este odiava os católicos. Um
dia de manhã, uma criança estava indo ao catecismo, e um soldado invasor veio
ao seu encontro e disse:
-
Aonde você está indo, menino?
-
Vou ao catecismo.
-
Já não há mais catecismo, pode voltar para casa.
-
Então eu vou ver o sacerdote.
-
Não há mais sacerdote. Nós o prendemos.
-
Então eu vou à igreja.
-
Não há mais igreja. Nós a derrubamos.
O
garoto olhou para o soldado e disse: “Vocês podem ter acabado com o catecismo,
prendido o padre e derrubado o templo, mas a Igreja está viva, porque eu sou
Igreja”.
“Vós
todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo.
Assim, na Igreja, Deus estabeleceu, primeiro, os apóstolos, segundo, os
profetas... depois os diversos dons” (1Cor 12,27-28).
A
Igreja somos nós. Cada um é um membro desse corpo vivo, presente no nosso
bairro. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as força
da morte não poderão vencê-la” (Mt 16,18).
Onde existe amor, Deus aí está
Havia,
certa vez, uma senhora, chamada Maria José, que era muito solidária com as
pessoas do seu bairro. Nas diversas necessidades que as pessoas tinham, procuravam
a ela e sempre recebiam apoio.
Um
dia, uma vizinha lhe perguntou: “Por que você ajuda tanto as pessoas?” Maria
José explicou: “Um dia, na Missa dominical, cujo Evangelho era aquele que narra
o Juízo Final (Mt 25,31ss), o padre explicou que Jesus usa como critério para
entrar no Céu a ajuda aos necessitados”.
Aquelas
palavras, disse ela, entraram dentro de mim e não saíram mais. Senti uma grande
alegria por ter descoberto um caminho seguro para o Céu. Entendi que Deus é
amor, e onde existe amor, ele aí está.
A
partir daquela Missa, Maria José passou a ser mais alegre. Aprendeu que Deus
sempre está do lado daqueles e daquelas que são fiéis aos seus mandamentos.
A união faz a força
Havia,
certa vez, em uma fazenda, uma manada de touros de raça. Eram animais muito
fortes e saudáveis, que pastavam calmamente em um bem cuidado sítio,
preparando-se para serem apresentados em uma exposição, na qual seria escolhido
o mais bonito e o mais forte. Eram animais muito caros e por isso tratados com
todo cuidado.
Um
dia, apareceu pelas redondezas um leão faminto. Ao ver tão saborosa carne, não
teve dúvidas. Na primeira distração, atacou e matou um dos touros. Assim passou
a acontecer seguidamente. Já eram vários os animais que haviam sido
sacrificados. Foi então que os touros marcaram uma assembleia para discutir o
problema.
Palpites
daqui, sugestões dali, e veio a decisão: Vamos estar sempre em posição de
semicírculo. Assim, se o animal atacar um de nós por trás, sempre haverá quem
esteja vendo para defender. Fizeram desse jeito e o leão não conseguiu mais
vencê-los, pois todos se defendiam mutuamente.
A
união faz a força. Um fio de cabelo é frágil, mas uma trança é muito forte. Uma
varinha é fraca, mas um feixe de varas ninguém consegue quebrar. Povo unido
jamais será vencido.
A estrada que precisava de luz
Havia,
certa vez, uma estrada que precisava de luz. Construíram ao lado dela uma mesa
bem alta e contrataram uma moça para ficar em cima, com uma vela acesa, a fim
de iluminar a estrada.
A
jovem passava a noite ali, iluminando para todos os que passavam. Ela zelava
para que a vela não se apagasse com o vento. Mas, às vezes, o vento era muito
forte e a apagava. Mas alguém que passava na estrada jogava uma caixa de
fósforos e ela a acendia novamente.
Às
vezes chovia, fazia frio, era difícil para ela. Por isso a garota procurou o
patrão e pediu as contas. O patrão lhe disse:
-
Filha, não temos outra pessoa para fazer esse serviço, e sem ele os passantes
trombam uns com os outros, caem em buracos, além dos assaltantes que gostam do
escuro. Por isso pense bem. Ela pensou e decidiu continuar no emprego.
Essa
jovem somos nós, e a vela é o nosso testemunho. Somos luz no nosso ambiente.
Sem os cristãos católicos, o mundo ficaria escuro, triste e perigoso. Mas não é
fácil manter nossa vela acesa. É preciso muita garra e determinação.
Ouvir o inaudível e ver o invisível
Certa
vez, um rei mandou seu filho morar durante um tempo com um grande mestre, a fim
de aprender a sabedoria. Quando o príncipe chegou, o mestre o recebeu
afetuosamente, e o mandou sozinho para uma floresta, com a tarefa de descrever
o som da floresta.
Após
dez dias, o jovem retornou e o mestre pediu que descrevesse todos os sons que
conseguiu ouvir. O moço disse:
-
Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoreço dos
beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho das
cachoeiras e do vento cortando os céus.
Ao
terminar o relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para
ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu
à ordem do mestre, mas pensando: Não entendo; eu já distingui todos os sons da
floresta!
Por
dias e dias ficou ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de
novo, além daquilo que havia relatado ao mestre.
Certa
manhã, porém, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira.
E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação
de encantamento tomou conta do rapaz.
Pensou:
Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse. E, sem pressa,
ficou ali ouvindo, ouvindo pacientemente, durante quinze dias. Queria ter
certeza de que estava no caminho certo.
Quando
retornou, disse:
-
Mestre, quando prestei atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se
abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra, e da grama bebendo o
orvalho da noite.
O
mestre sorriu e disse:
-
Parabéns! Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma pessoa
sábia. Apenas quando aprendemos a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos
mudos e medos não confessados, podemos atender às reais necessidades de cada
um.
E
o príncipe voltou para o palácio.
A
morte de um relacionamento começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras
pronunciadas pela boca, sem atender ao que vai no interior, nem ouvir o
coração. É preciso, portanto, ver o invisível e ouvir o lado inaudível, o lado
não mensurável no ser humano, mas que tem o seu peso.
Não
é só pela palavra, falada ou escrita, que expressamos nossos sentimentos. Eles
se mostram no nosso semblante, na fisionomia, no nosso andar... Até a nossa
pele comunica o que vai no nosso coração.
O
Rosário salva os cristãos.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
O menino que queria ver Deus
Um
dia, um menino perguntou a Benjamin Franklin, que gostava de crianças:
-
O senhor é tão sábio. Poderia dizer-me onde posso ver Deus?
Era
meio dia e o sol estava bem quente. O velhinho sorriu e, mostrando à criança o
céu azul, disse:
-
Você não consegue olhar para o sol, nem deve, porque poderia queimar sua vista.
Se você não consegue nem olhar para o sol, como poderá ver Deus com esses seus
olhinhos, se Deus brilha muito mais que o sol?
Deus
é uma luz infinita, luz de bondade, de amor, de inteligência e de poder. Com os
olhos da carne, nós não conseguimos vê-lo, mas ele se nos dá a conhecer através
das suas obras.
As
coisas criadas nos levam a conhecer a Deus, com tanta clareza que todos os que
não têm fé, ou têm uma fé desviada, são insensatos (Sb 13,1-9). Quando
contemplamos uma obra de arte, o nosso pensamento se volta logo para o artista.
Por que não fazemos o mesmo quando contemplamos as belezas da natureza?
O
Rosário é o meio mais conveniente e eficaz para obter a ajuda maternal da
Virgem Maria.
(Fonte:
Pe. Valdo Bartolomeu)
A soberba tem pernas curtas
Certa
vez, um homem foi até um lago, olhou-se no espelho da água, admirou-se e disse:
Eu sou perfeito.
-
Saiu ao encalço de uma caça e, com um golpe, a abateu. Depois disse: Eu sou
forte.
-
Subiu até o alto de uma montanha e, ao se ver nas alturas, exclamou: Eu sou
grande.
-
Com o atrito de duas pedras produziu fogo, e afirmou: Sou poderoso.
-
Durante um dia de chuva, fez mil e um projetos e declarou: Sou inteligente.
-
Ao escavar a terra, achou ouro e concluiu: Sou rico, não preciso de ninguém.
Passaram-se
os anos. O homem voltou ao lago e, ao espelhar-se, verificou que a beleza
desaparecera. Portanto, não era propriedade sua, tanto assim que não pudera
conservá-la.
-
Tentou abater uma caça e não conseguiu.
-
Quis subir até o alto de uma montanha, deteve-se, porém, no caminho, sem
forças.
-
Com duas pedras obteve fogo, mas incendiou a floresta e ele correu o risco de
morrer.
Acabou
descobrindo que não conseguia mais realizar a maior parte dos seus sonhos.
Então saiu pelas praças, pretendendo comprar com seu ouro o tempo passado.
Contudo só lhe ofereciam coisas em troca e nada mais.
“Vaidade
das vaidades, tudo é vaidade”, exceto amar a Deus e só a ele servir (Ecl 1,2).
Na
Sagrada Escritura encontramos poucas palavras sobre a Virgem Maria, mas são
como grãos de ouro puro. Se os fundirmos no fogo da contemplação, são
suficientes para irradiar sobre toda a nossa vida o esplendor luminoso das
virtudes.
(Fonte:
Pe. Valdo Bartolomeu)
Rei despreocupado com bens materiais
Conta-se
que na antiguidade havia um rei que não se preocupava em ajuntar para si bens
materiais. Um dia, um súdito perguntou-lhe por que isso. Ele disse:
-
Eu lhe revelarei se você percorrer meu palácio para conhecer a magnitude da
minha riqueza. Mas terá de levar uma vela acesa. Se ela se apagar, você terá
trinta anos de prisão.
Ao
final do percurso pelo palácio, o rei perguntou-lhe:
-
O que você achou da minha riqueza? O súdito respondeu:
-
Eu não vi nada, porque estava preocupado com a vela, para que não se apagasse.
O rei então explicou:
-
Pois este é o motivo. Eu vivo tão preocupado com os meus cidadãos, que não me
sobra tempo para ajuntar riquezas para mim.
Muitos
cristãos amam tanto a Deus que esse amor os absorve totalmente, a ponto de não
lhes sobrar tempo para se preocupar com qualquer outra coisa. É um amor
plenificante.
Na
vida cotidiana, a devoção a Maria nos forma para a prática das virtudes.
O presépio com dois bebês
Certa
vez, uma jovem estava ensinando catecismo em um orfanato do governo, cujas
crianças tinham sido abandonadas pelas mães logo ao nascer.
Naquela
aula, a catequista explicava a história do Natal, como Maria e José chegaram a
Belém e, devido às hospedarias estarem lotadas, foram obrigados a se refugiar
em uma gruta, onde Maria, após dar à luz, teve de colocar o bebê em um cocho de
animais.
As
crianças estavam atentas ao relato, algumas assombradas. Terminada a narração,
a catequista deu a cada criança uma folha de papel e pediu que desenhassem a
gruta com o menino Jesus e os pais. Elas nunca tinham visto um presépio.
Caminhando
pelo meio delas, a catequista descobriu um desenho que tinha dois bebês, em vez
de um. Ela aproximou-se do pequeno, que parecia tem uns seis anos, e pediu que
explicasse por que fez dois bebês e não um só.
Ele
cruzou os bracinhos, olhou para o desenho e contou a sua história. Disse:
-
Quando Jesus nasceu e Maria o colocou na manjedoura, Jesus viu que eu também
não tinha um lugar para morar e pediu que eu ficasse ali com ele. Fiquei
agradecido, deitei-me ao seu lado e lhe dei o que senti que ele mais precisava:
O calor. Jesus me pediu que ficasse com ele para sempre.
Aquele
pequeno órfão viu em Jesus alguém que nunca o abandonou e nunca se aproveitaria
dele. Por isso era feliz.
O
importante não é tanto olhar para Maria, mas na direção em que ela olha, isto
é, para seu Filho.
A fé faz do mundo um templo
Certa
vez, um mestre estava caminhando e viu uma pedra bonita à beira da estrada.
Parou e ficou contemplando os contornos da pedra. As flores que a rodeavam e o
sol que batia pareciam deixá-la mais bonita ainda. Ele pensava: Esta é a pedra
em que Jesus sentou-se para nos dar o presente das bem-aventuranças.
Ali
perto, havia um rapaz trabalhando na roça, e viu a cena. Após uma hora, o jovem
perdeu a paciência, foi até o mestre e disse-lhe:
-
Estou, há algum tempo, observando o senhor parado diante desta pedra, e às
vezes sorrindo. Sinceramente, não encontro um motivo que me leva a pensar que o
senhor não está perdendo tempo.
O
mestre voltou-se para ele e disse:
-
Eu olho para esta pedra e vejo Jesus Cristo sentado nela. Você olha para a
mesma pedra e nada vê, e ainda fica julgando quem a contempla. Para se tornar
um sábio, meu filho, é preciso que você veja e sinta com o coração. Só assim
você pode ver, até numa pedra, a presença de Deus o abençoando.
O
essencial é invisível aos olhos e só se pode ver com o coração.
No
Rosário, aprendemos de Maria a contemplar as belezas do rosto de Cristo.
Os animais nos ensinam
Certa
vez, um rapaz estava decepcionado com a sociedade, devido à frieza diante dos
sofrimentos do próximo.
Um
dia, andando numa floresta, viu que uma pequena lebre levava comida a um enorme
tigre ferido que não podia cuidar de si mesmo. Ficou tão impressionado com a
cena que voltou no dia seguinte para ver se o comportamento da lebre era casual
ou habitual.
Com
grande surpresa, pôde comprovar que a cena se repetia. A lebre deixava um bom
pedaço de carne perto do tigre. Passaram-se os dias e a lebre continuou agindo
da mesma maneira, até que o tigre recuperou suas forças e pôde procurar sua
própria comida.
Admirado
com a solidariedade entre os animais, disse a si mesmo: “Nem tudo está perdido.
Se até os animais são capazes de se ajudar, muito mais poderemos fazer nós,
seres humanos”.
E
decidiu fazer uma experiência: Deitou-se no chão, fingindo que estava ferido e
ficou esperando que alguém parasse para ajudá-lo. As horas se passaram, chegou
a noite e ninguém se aproximou para socorrê-lo.
Já
ia levantar-se, mais decepcionado que antes com a insensibilidade da sociedade,
quando sentiu dentro de si todo o desespero do faminto, a solidão do doente, a
tristeza do abandonado. Seu coração estava desolado, quase não conseguia mais
levantar-se.
Naquele
instante, ouviu uma voz dentro de si, dizendo: “Se você quer sentir que a vida
vale a pena, se quer continuar acreditando na humanidade, deixe de se fazer de
tigre e seja como a lebre”.
O
sim de Maria foi a porta pela qual o Filho de Deus veio e nos salvou.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
A escola dos bichos
Certa
vez, vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso, reuniram-se e
começaram a escolher as disciplinas.
O
pássaro insistiu para que houvesse aulas de voo. O esquilo achou que a subida
perpendicular em árvores era fundamental. E o coelho queria, de qualquer jeito,
que a corrida fosse incluída.
E
assim foi feito. Incluíram tudo. Mas cometeram um grande erro. Insistiram para
que todos os bichos aprendessem todas as disciplinas oferecidas.
O
coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo
a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voe, coelho!” Ele saltou lá de
cima e “pluft”... Coitadinho! Quebrou as pernas. Além de não aprender a voar,
acabou sem poder correr.
O
pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como o tatu.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, nem mais cavar
buracos.
Todos
nós somos diferentes uns dos outros, e cada um tem uma ou mais qualidades
próprias, dadas por Deus. Não podemos exigir ou forçar que as outras pessoas
sejam parecidas conosco ou tenham nossas habilidades.
Se
assim fizermos, acabaremos fazendo com que as pessoas sofram e, no final,
percam até os dons que tinham. Respeitar as diferenças é amar as pessoas como
são.
Entre
todas as homenagens que se presta a Maria, não existe outra mais agradável a
ela que o Rosário.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
Pardal quer voar como águia
Havia,
certa vez, um pardal que admirava muito uma águia, sua vizinha. O voo dela era
preciso, perfeito e enchia os olhos do pequeno pássaro. Ele sentia vontade de
voar como a águia, mas não sabia como fazê-lo. Todavia, não se cansava de
segui-la, por entre as árvores, só para contemplar tamanha beleza.
Um
dia, ele estava entre as árvores, admirando o voo da águia, esta veio e
assentou-se à sua frente. De tanto emoção, o pardal ficou desnorteado e caiu no
chão. Quando abriu os olhos, viu aquela grande e bela ave bem à sua frente,
observando-o. A águia disse-lhe:
-
Por que você está me vigiando?
-
Quero ser um pássaro como você, mas meu voo é baixo, porque minhas asas são
curtas.
-
E como você se sente, já que não consegue realizar seu sonho?
O
pardal suspirou, olhou para o chão e continuou:
-
Todos os dias acordo muito cedo para ver você voar e caçar. Você é única, é
bela. Passo o dia observando você.
-
E não voa? Indagou a águia.
-
Sim. Mas a grande verdade é que gostaria de voar como você. Acredito,
entretanto, que não tenho forças para suportar o vento das alturas.
-
Caro pardal! A natureza de cada um de nós é diferente. Aceite-se como é,
desenvolva seus dons e será feliz como eu sou feliz.
Maria
dá carnalidade à Igreja, e a plenifica como Família de Deus.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
O Senhor é o meu Pastor
Certa
vez, na Europa, um sacerdote estava passando uns dias de férias numa região
rural. Caminhando pelos campos, encontrou um menino, pastor de ovelhas,
apascentando um rebanho. Descobriu que o garoto não sabia nada de Deus, da
Bíblia, da Igreja, nem de Cristo, o Bom Pastor.
Então
o padre resolveu ensinar-lhe o Salmo 22, que fala do Bom Pastor. O menino
gostou muito e quis decorá-lo.
Para
facilitar a memorização, o padre sugeriu associar cada versículo com um dos
dedos da mão direita. Assim, ao dizer cada versículo, ele seguraria com a mão
esquerda aquele dedo correspondente. Terminadas as férias, o padre foi embora.
No
verão seguinte, voltou à mesma região. Caminhando pela redondeza, resolveu
entrar em uma casa para pedir um copo d’água.
Enquanto
a senhora estava buscando a água, ele ficou observando um retrato afixado na
parede. Quando ela voltou, o padre comentou que aquele adolescente da foto
parecia-se com o menino que ele havia encontrado no ano anterior.
A
mulher explicou que aquele era seu filho e morrera no último inverno, em meio a
uma tempestade de neve. Morreu procurando uma ovelha extraviada.
O
padre lembrou-se do interesse dele pelo catecismo e que lhe ensinara o Salmo
22. Contou também a técnica que usou para ajudá-lo a memorizar os versículos do
Salma. A mãe comentou:
“Então,
há uma coisa que talvez o sr. possa explicar-me. Ao ser encontrado, vimos que o
corpo dele havia caído num precipício e estava congelado. Mas, com a mão
esquerda, ele segurava fortemente o quarto dedo da mão direita.”
O
padre recitou para ela o quarto versículo: “Se eu tiver de andar por vale
escuro, não temerei mal nenhum, pois comigo estás. O teu cajado me dá
segurança”.
Deus
nunca nos deixa, mesmo que as situações de nossa vida sejam desfavoráveis. Ele
está sempre conosco.
Precisamos
imitar Maria na sua total e alegre disponibilidade a Deus.
(Fonte:
Gesiel Júnior)
O passeio superficial
Certa
vez, uma família fez um passeio de três dias a um lugar muito bonito, a fim de
conhecer as paisagens e obras de arte. Eram o pai, a mãe e um garoto
adolescente. Prepararam-se, inclusive financeiramente, durante dois meses.
Lá,
o menino não saia do celular, ouvindo música ou navegando na internet. E os
pais tiravam fotos o tempo todo. Assim, viram as belezas apenas superficialmente
e não as contemplaram.
Faltava,
nesta família, algo essencial na vida: Viver o agora, o tempo presente. Quem se
apega ao passado, ou ao futuro, apenas vegeta, passa pela vida e não vive.
O
passado já está nas mãos de Deus. Para nós, ele é algo irreal. Também o futuro,
pois ainda não chegou às nossas mãos. Viver no passado ou no futuro é como
estar morto.
Claro
que houve coisas maravilhosas no nosso passado, que nos deixaram lições para a
vida. Mas não é real, já foi. Também devemos planejar o futuro, mas este ainda
não chegou, portanto é apenas uma noção na nossa cabeça. E enquanto vivermos no
futuro ou no passado, não estaremos agora, não estaremos aqui.
Estamos
neste mundo como em um mar revolto. Maria, nossa Mãe, é ao mesmo tempo o estrela
do mar e o carinhoso apoio na luta.
A alegria nasce dentro de nós
Havia,
na segunda guerra mundial, um prisioneiro que era torturado diariamente pelos
soldados nazistas. Um dia, mudaram-no de cela. No novo cubículo havia uma
claraboia por onde ele podia ver um pedaço do céu azul durante o dia, e algumas
estrelas à noite. O homem sentiu-se extremamente feliz com a sorte que teve.
Outro
prisioneiro, do mesmo campo de concentração, era acordado às quatro da manhã e
davam-lhe um pedaço de pão. Ele pensou: É melhor eu guardar um pouco deste pão,
porque posso precisar à noite. Não estou conseguindo dormir de tanta fome. Ele
assim fez e conseguiu dormir, depois de trabalhar o dia todo em trabalho
forçado.
Hoje
tive uma boa noite, rezou ele de manhã, cheio de alegria. Comendo o pão,
consegui dormir. Sou feliz.
E
você, pode ver apenas algumas estrelas, ou todo o céu estrelado? Precisa dividir
seu pão para não passar fome? Além disso, somos livres, podemos ir aonde
quisermos. Vamos, então, ser alegres e felizes.
A
alegria e a felicidade não dependem apenas de fatores externos. Elas são
predominantemente subjetivas.
“Alegrai-vos
sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos! Seja a vossa amabilidade conhecida de
todos. O Senhor está próximo. Não vos preocupeis com coisa alguma” (Fl 4,4-6).
Maria
é a figura e o modelo da Igreja.
O mundo tem a cor que você pinta
Certa
vez, um grande missionário entrou em uma cidade para evangelizar. Um dos
habitantes aproximou-se dele e disse:
-
Sr. padre, não há nada, exceto estupidez nesta cidade. Ninguém quer aprender
nada. O sr. não vai conseguir convencer nenhum desses corações de pedra.
O
missionário respondeu:
-
Você tem razão.
Logo
depois, outra pessoa que morava ali aproximou-se do missionário e disse, cheia
de alegria:
-
Sr. padre, o sr. está em uma cidade abençoada. O povo anseia receber a Palavra
de Deus.
O
missionário, com alegria, respondeu:
-
Você tem razão.
Um
companheiro do missionário disse-lhe em particular:
-
Como pode isso? O sr. disse aos dois cidadãos que eles têm razão, sendo que as
opiniões foram contrária!
O
missionário respondeu:
-
Cada um vê o mundo do jeito que espera que seja. Por que deveria eu refutar? O
primeiro é pessimista e vê o mal. O segundo é otimista e vê o bem. Nenhum deles
disse a verdade completa, mas apenas um aspecto dela. Isso sem perceberem.
Alegrai-vos!
Cristo ressuscitou. O bem venceu o mal; a verdade venceu a mentira; O otimismo
venceu o pessimismo; a vida venceu a morte!
“Maria
me acompanha cada dia no cumprimento da minha missão de sucessor de Pedro” (S.
João Paulo II)
Tática para não xingar
Havia
um senhor que tinha o costume de xingar, falando até palavrões. Sabia que Deus
não gostava, mas... como parar?
Um
dia, um amigo deu-lhe uma sugestão: Depois de cada xingo, ponha uma pedrinha no
bolso. Assim você saberá, ao menos, quantas vezes xingou nesse dia. Também
saberá se está melhorando ou piorando, ao confrontar com os dias anteriores.
Ótima
ideia, respondeu ele. No dia seguinte, ao voltar do trabalho na roça, o bolso
estava cheio de pedrinhas. Ao lavar sua roupa, a esposa reclamou, porque o
bolso estava muito sujo. O marido não quis explicar o motivo, apenas ouviu com
paciência.
Dias
depois, a mulher percebeu que a sujeira estava diminuindo. Percebeu também, com
alegria, que o esposo já não falava muitos palavrões, nem xingos. Então ele lhe
explicou a tática.
“De
vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente palavras boas,
capazes de edificar e de fazer bem aos ouvintes. Não entristeçais o Espírito
Santo, com o qual fostes marcados!” (Ef 4,29-30).
Todo
católico experimenta diariamente a presença amorosa da Mãe do Céu.
Nossas sensações são em parte subjetivas
Certa
vez, um mestre fez com seus discípulos a seguinte experiência: Colocou sobre a
mesa três vasilhas e esquentou água até quase ferver. Encheu a vasilha da
esquerda com água gelada, colocou a água bem quente na vasilha da direita, e na
do meio pôs metade quente metade fria.
Em
seguida, pediu para um discípulo introduzir uma das mãos na vasilha da esquerda
e a outra na da direita. Após alguns segundos, pediu que colocasse as duas mãos
na vasilha do meio. O jovem disse que, na mão que veio da água quente, esta
água parecia fria. Já na outra mão que vinha da água gelada, esta do meio
parecia quente.
Apesar
de a água que estava no meio ser a mesma, produziu sensações diferentes devido
aos lugares de onde vieram as duas mãos. Tudo depende das nossas experiências
anteriores, ou, como dizemos, do nosso estado de alma.
A
mesma realidade é sentida diferentemente por cada um, dependendo da situação
anterior da pessoa. O que um indivíduo vê como negativo e ruim, pode ser
positivo e bom para outro. Isso nos ensina a aceitar as diferenças entre as
pessoas, pois são, em grande parte, subjetivas, dependendo do passado.
Humilhemo-nos
diante de Deus como Maria: Eis aqui a escrava do Senhor; faça de mim o que o
Senhor quiser.
A falta de comunicação
Havia,
certa vez, dois colegas de faculdade que não se viam há três anos. Depois de
formados, Vinicius mudou-se para a capital e João Paulo continuou na pequena
cidade do interior.
Certa
manhã, João Paulo ouve a campainha e, que bela surpresa! Vinicius estava ali. João
Paulo estranhou apenas o fato de, ao lado do amigo, estar um grande cachorro
pastor alemão, aparentemente muito bravo. De qualquer maneira, não disse nada.
Enquanto
trocavam um forte abraço, o cão entrou na casa. João Paulo ficou apreensivo,
mas não quis se indispor com o amigo. Entraram na sala e começaram a contar as
novidades.
Logo
ouviram um barulho vindo da cozinha, alguma coisa foi derrubada e se quebrou. A
única reação foi um sorriso amarelo do dono da casa. Mas João Paulo permaneceu
indiferente e continuaram contando as novidades.
Rapidamente,
o cão salta por cima do sofá, deixando a marca de suas patas sujas. Bate numa
mesinha e derruba um belo vaso de porcelana. Os amigos se entreolham, tensos,
mas fingindo não ser nada importante.
E
o cachorro andando de um lado para o outro, fazendo arte na casa. O tempo
passou e já começava a escurecer. Vinicius se despediu e ia caminhando em
direção à porta. Nesse momento, João Paulo perguntou-lhe:
-
Você não vai levar o seu cão?
-
Não é meu! respondeu Vinicius admirado. Quando cheguei, ele se aproximou, me
cheirou e ficou do meu lado até você abrir a porta. Como você não falou nada e
o deixou entrar, achei que fosse seu.
Constantemente
acontecem situações semelhantes, ou cometemos erros, por confiar nas aparências
e assim pressupor coisas que não são a realidade. Isso, por falta de
comunicação. Quanto mais nos comunicarmos, mais eficientes seremos. (Fonte:
Pe. Odair Ângelo)
O
canto da humanidade é o Magnificat, assim como a sua oração é o Pai Nosso.
Líder: Severo ou benevolente?
Em
um pequeno país, havia um rei que vivia bastante preocupado com a maneira de
governar seu povo. Um dia ele foi a um famoso sábio pedir orientação.
Disse-lhe:
-
Devo ser severo com meus súditos, para que mantenham o respeito e nunca se
rebelem contra mim, ou devo ser amoroso, fazendo-lhes as vontades, para que
tenham grande carinho para comigo?
O
sábio respondeu:
-
Qual o objeto que vossa majestade mais aprecia?
-
São dois vasos chineses, muito valiosos, respondeu o rei.
-
Traga-os.
Mesmo
sem compreender, o rei atendeu o pedido e mandou trazer os dois vasos.
Vendo-os, o sábio disse:
-
Tragam dois baldes cheios de água. Um deles com água fervendo e o outro com
água bem gelada, e despejem um em cada vaso.
Prevendo
o que iria acontecer, o rei interveio rapidamente:
-
Por favor, não faça isso, pois assim os dois vasos vão se rachar!
-
Exatamente, respondeu o sábio. Assim será com o reino. Se agir com severidade
excessiva, ou com muita benevolência, não será um bom rei. Vossa majestade deve
saber dosar a severidade com a benevolência, para exercer sempre uma autoridade
saudável.
Liderar
com sabedoria e equilíbrio é uma ação muito difícil, mas quando encontramos o
ponto exato, tornamo-nos grandes líderes. A água fervendo estoura o vaso, assim
como a nossa ação violenta destrói a auto estima dos subordinados. A água
gelada trinca o vaso, assim como nosso excesso de benevolência e proteção
acomoda as pessoas, impedindo-as de serem criativas e autônomas.
O
melhor culto que podemos dar a Maria é imitá-la em suas grandes virtudes
O líder toma a frente
Todos
já ouvimos falar de Napoleão Bonaparte e de sua grande fama como líder, apesar
de seus objetivos serem injustos, pois eram guerras na maioria de conquista.
Conta-se que, certa vez, Napoleão deveria enfrentar um exército três vezes
maior que o seu. Para piorar, o armamento do inimigo era muito melhor.
Enquanto
seus soldados se preparavam para a batalha, ele anunciou que iria à frente,
conduzindo seus homens.
Muitos
tentaram convencê-lo do contrário, dizendo que era loucura diante da situação
de grande inferioridade do seu exército. Diziam que a batalha seria difícil e
perigosa, que ele não poderia se arriscar, pois era o líder maior.
Napoleão
respondia:
-
Eu vou, nada pode mudar isso. Porque é mais fácil puxar do que empurrar.
De
fato, é mais fácil guiar do que consertar. Um líder deve estar sempre disposto
a tomar a frente, a guiar a sua equipe, especialmente nos momentos de crise. É
nesses momentos que se conhece o verdadeiro líder. Ele não teme ser alvo, pois
confia em sua capacidade, e isso faz a diferença entre a sua equipe e as
demais.
“Depois
de lavar os pés dos discípulos..., Jesus disse: ‘Vós me chamais de Mestre e
Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,12-14).
Um
verdadeiro devoto de Maria não se perde. (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
A força do amor a Deus
Santa
Luzia viveu no Séc. III, em Roma. Naquele tempo, o imperador de Roma era
Diocleciano, um dos mais cruéis perseguidores dos cristãos.
Era
uma jovem muito bonita, especialmente seus olhos eram encantadores. Um rapaz
pagão, de família influente em Roma, apaixonou-se por ela. Entretanto, Luzia
tinha feito o voto de virgindade, consagrando-se perpetuamente a Jesus Cristo.
Mas seu voto era particular, só entre ela e Cristo.
Diante
da recusa definitiva da moça, sem dizer por quê, a paixão do rapaz
transformou-se em ódio do mesmo tamanho. E denunciou Luzia como cristã.
Os
cristãos de Roma praticavam ocultamente a sua fé, pois era crime, cuja pena era
a morte. Luzia, após recusar mudar sua fé, recebeu a pena de ser degolada. No
ato, o rapaz estava junto. Ela pediu que o carrasco, antes, lhe arrancasse os
olhos e colocasse-os em um prato, para que ela os desse ao moço.
“O
amor é forte, é como a morte. Suas chamas são chamas de fogo, faíscas de Deus
no mundo. As águas da torrente jamais poderão apagar o amor, nem os rios
afogá-lo” (Ct 8,6-7). Foi esse o amor de Jesus ao Pai, de Maria a Deus, de
Luzia e de tantos cristãos em todos os séculos e lugares da terra.
O
amor torna fácil o que é difícil. Ele “tudo desculpa, tudo espera, tudo crê,
tudo suporta” (1Cor 13,7).
Se
você tem um defeito que lhe parece insuperável, reze todos os dias uma Ave
Maria e verá que em pouco tempo ele desaparecerá.
A lição do joão de barro
Quando
precisa fabricar seu ninho, o joão de barro parece ficar inteligente.
Transforma-se em engenheiro. Faz 800 viagens, buscando barro e palha para o seu
palacete. Leva 20 dias na construção.
O
vento e a chuva não penetram, porque há uma parede interna, com entrada
lateral, não na direção da porta externa, e isso protege os filhotes lá dentro.
Ele é tão caprichoso que não se contenta em ter uma casa própria. Todos anos,
na época do ninho, fabrica outro palacete, numa árvore e numa paisagem
diferentes.
Com
isso, Deus nos ensina muitas coisas: O amor ao nosso lar, a proteção dos
filhos, a vida em família...
“A
perfeição invisível de Deus... é claramente conhecida através das suas obras,
desde a criação” (Rm 1,20). “Quando olho para o teu céu (e a terra), obra de
tuas mãos, o que é o homem, Senhor, para dele te lembrares?” (Sl 8,4-5).
Quem
é devoto de Maria, com toda a certeza se torna amante do seu Filho.
O segredo da boa liderança
Certa
vez, em um pequeno reino, um jovem herdou do pai a coroa. Mas logo percebeu que
seu governo estava conduzindo os negócios ao fracasso, enquanto, no tempo de
seu pai, só havia prosperidade.
Procurou
um sábio que morava bem distante. Ao explicar-lhe o que estava acontecendo, o
sábio nada respondeu. Apenas sorriu e convidou-o a fazer uma caminhada pelo
bosque. Andaram até o rio e ali ficaram por um bom tempo, contemplando o
movimento das águas.
A
noite chegou e fizeram uma fogueira. Sentados ao lado da fogueira, não
pronunciaram nenhuma palavra, apenas contemplavam as chamas. Quando o fogo
apagou, o mestre perguntou ao jovem rei:
-
Entendeu a diferença entre você e seu pai no modo de governar o povo?
Surpreso,
o jovem rei disse que não havia entendido nada. Então o sábio explicou:
-
Reflita sobre o que acabou de ver. O fogo é forte e poderoso. Nenhum animal ou
árvore se iguala-se a ele em força. Facilmente ele toma conta de um grande
espaço e destrói tudo.
O
rio, ao contrário, começa muito pequeno, apenas um fio de água na montanha. Ele
é sutil e vai descendo de mansinho, por vezes enfrentando terrenos adversos e
obstáculos, mas sempre vencendo.
No
final, o que vemos? Do poderoso fogo, apenas cinzas. Seu poder destruiu tudo a
sua volta. E em sua própria força ele se consome. A água é diferente. Ela é
calma, sutil e vai se fortalecendo com o tempo, conforme vai fazendo seu
caminho. Ao longo do percurso, o rio cresce e também a vida ao seu redor.
O
reizinho entendeu a sábia lição que vem da natureza. Não governar de modo forte
como o fogo, mas sutil como o rio.
Existem
líderes orgulhosos, arrogantes e autoritários, que confiam excessivamente em si
mesmos e acabam por consumir tudo ao seu redor. Por outro lado, há os que são
humildes, que sabem integrar-se com os membros da equipe, e assim vão crescendo
e se tornando cada vez mais fortes.
São
estes que conseguem os melhores resultados, porque vão, à medida em que
caminham, aprendendo. E sua equipe de trabalho sente-se feliz porque encontra
espaço para colocar em prática seus talentos.
O
Terço é uma oração recomendada por todos os papas. (Fonte: Darlei
Zanon)
A carta muito especial
Certa
vez, uma senhora, chamada Ruth, olhou na caixinha do correio ao lado do portão
de sua casa e encontrou um envelope, com o seu nome, mas sem selo nem
remetente. Abriu-o e dentro havia uma carta dizendo:
“Querida
Ruth, estarei próximo de sua casa no sábado à tarde, e passarei aí para
visitá-la. Com amor, Jesus.”
Ruth
ficou maravilhada. Por que o Senhor quer visitar justamente a mim? Não sou
ninguém especial!”
No
entanto, foi ao supermercado e fez compras, a fim de preparar um jantar para o
ilustre visitante. Sobraram-lhe apenas três Reais.
No
sábado de manhã, varreu a casa, colocou flores... Pelas duas horas da tarde,
apareceu na sua porta um casal pedindo ajuda. Ele disse que estava
desempregado. Ruth falou:
-
Só tenho três Reais, serve?
Eles
aceitaram. Como fazia frio, Ruth deu a cada um, um agasalhos. Ficaram muito
contentes e foram embora.
Pelas
quatro da tarde, Ruth olhou novamente na caixinha do correio e viu outra carta.
Pegou-a e abriu. Estava escrito:
-
Querida Ruth, obrigado pelos agasalhos e pelos três Reais que você me deu. Com amor,
Jesus.
“Então
o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isso a
um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt
25,40). Nem sempre Deus chega nos momentos em que o esperamos.
O
Terço, em sua simplicidade e profundidade, é um verdadeiro compêndio do
Evangelho.
Rei testa candidatos ao trono
Havia,
na antiguidade, um pequeno país que era governado por um rei que não tinha
filhos. Quando estava já idoso e doente, preocupou-se com a sucessão. Não
queria que, após a sua morte, o reino fosse governado por uma pessoa indigna do
cargo, fazendo o povo sofrer.
E
ele tomou uma decisão radical. Convocou todos os jovens qualificados do reino a
comparecerem no palácio para uma entrevista com o rei. A entrevista serviria
para selecionar o sucessor para o trono.
A
única exigência era que os candidatos apresentassem duas qualidades: Amor a
Deus e amor aos seres humanos de todas as classes e raças.
Um
jovem recebeu o aviso e refletiu sobre a exigência. Constatou que amava a Deus
e a todos os seus vizinhos, sem exceção. Mas ficou triste, pois era pobre e não
tinha roupas adequadas para ir ao encontro do rei. Também não tinha dinheiro
suficiente para a viagem. Mas os seus parentes e vizinhos se uniram, até que
conseguiu o bastante para ele comprar as roupas e empreender a viagem.
Após
preparar tudo, partiu em direção ao palácio, pensando na possibilidade de ser o
novo soberano.
Mas,
quando se aproximava do palácio, o jovem encontrou-se com um mendigo, que
estava com fome e frio, pois vestia apenas alguns farrapos. Ao ver o passante,
o mendigo estendeu a mão e pediu:
-
Tenho fome e frio. Por favor, me ajude!
O
moço ficou comovido pelo pedido do mendigo e de imediato tirou a roupa nova,
deu ao homem, e vestiu a roupa velha que trazia consigo. Pegou também o pedaço
de pão que trazia e lhe deu.
Depois
de ver o mendigo comer e sentir-se melhor, o jovem pensou se iria ou não seguir
viagem, pois já não tinha roupas dignas. Mas, como estava perto, continuou a
viagem.
Chegando
ao palácio, quase não o deixaram entrar. Aproximando-se do rei, curvou-se e, ao
levantar os olhos ficou confuso e disse:
-
Perdão, majestade, mas tive a impressão de que havíamos nos encontrado antes.
-
Sim, já nos conhecemos, respondeu o rei. Aquele mendigo da estrada era eu. Eu
queria descobrir se você realmente ama a Deus e aos seres humanos. Se eu me
apresentasse a você como rei, eu nunca saberia se a sua ação seria sincera ou
por interesse. Mas como você ajudou um pobre miserável, eu tenho a certeza de
que traz o amor dentro de si e é digno de ser o meu sucessor.
O
nome de Maria é alegria para o coração, mel para os lábios e melodia para os
ouvidos.
A estranha tarefa escolar
Uma
pequena cidade do interior, cujos habitantes eram todos camponeses, tinha a sua
escola. Um dia, a escola ganhou uma verba do governo para ser investida em
passeios culturais. Os alunos ficaram entusiasmados.
Mas,
como a verba não era suficiente para todos, os professores resolveram
aproveitar a oportunidade para movimentar os alunos. Fizeram uma lista de
tarefas. Quem conseguisse realizar com sucesso a sua tarefa, poderia viajar.
As
tarefas eram variadas, e uma era especial. Ela caiu para o Joaquim, um aluno
impaciente e irrequieto, e por isso tinha notas baixas. Sua tarefa: “Trazer uma
colmeia de forma perfeita, cujo mel seja muito doce e nunca se acabe”.
Joaquim
ficou decepcionado: onde encontrar tal colmeia? Mesmo assim, começou a procurar
a tal colmeia, cujos favos não perdiam a doçura. Depois de muita procura,
resolveu pedir ajuda ao seu avô.
Este
olhou com carinho para o neto e disse:
-
Eu posso ajudá-lo, mas só amanhã, se você seguir as orientações que lhe darei.
-
Combinado, disse o garoto.
-
Quando você chegar em casa, peça a sua mãe que prepare a refeição, que lhe
ajude nas outras tarefas escolares e lhe conserte esta camisa, e que lhe dê um
abraço e conte a você uma história antes de dormir. Amanhã voltamos a
conversar.
Joaquim
não entendeu direito a tarefa. Isso era o que a sua mãe fazia todos os dias!
Mas foi para casa e fez tudo como o avô havia falado. No outro dia, antes mesmo
de falar com o avô, o menino já pulava de alegria.
-
Encontrei, encontrei – gritava.
Pegou
no braço de sua mãe e pediu que ela o acompanhasse até a escola. Ao chegar,
disse aos professores:
-
Aqui está a colmeia perfeita, cuja doçura á enorme e por mais que dê de seu mel
(amor), ele nunca acaba.
O
amor que a mãe tem pelo filho, ou pela filha, é incondicional e sem limites.
Ela é capaz de qualquer coisa. E o faz sempre com um sorriso e brilho nos
olhos. Realiza tudo com uma doçura que não tem fim.
“Maria,
quem poderá definir o encanto que há no espelho do teu olhar? O teu sorriso de
Mãe parece abrir-se em flor nosso coração.” (Fonte: Darlei Zanon)
O Apóstolo do Brasil
S.
José de Anchieta, jesuíta, nasceu na Espanha, nas ilhas Canárias, em 1534. Logo
adolescente foi estudar na cidade de Coimbra, em Portugal. Quando tinha 16
anos, diante de uma imagem de Nossa Senhora, fez o voto de castidade,
consagrando sua virgindade à Virgem Maria. Logo ingressou na Companhia de
Jesus, os jesuítas.
O
Pe. Manoel da Nóbrega, que já estava no Brasil, chamava os jesuítas para cá.
Apesar de doente, sofria um problema sério na coluna, Anchieta, que era noviço,
aceitou o convite. No Brasil, dedicava-se à educação dos índios. No começo,
estes eram arredios, mas quando percebiam a intenção do jovem, acolhiam-no. Ele
fez uma gramática da língua tupi, que dominou em apenas um ano.
A
pé ou de barco, Anchieta viajou por quase todo o País, pregando missões e
catequisando.
Em
1554, participou da Missa de inauguração do Colégio S. Paulo, que deu origem à
cidade de S. Paulo. O local é chamado hoje Pátio do Colégio. Suas Missas eram
celebradas ao ritmo de tambores, do jeito que os índios gostavam. Combatia
ferrenhamente os abusos cometidos pelos colonizadores portugueses contra os
indígenas.
Perseguidos
pelos franceses, os jesuítas esconderam-se. Anchieta foi para a aldeia de
Iperoig (atual cidade de Ubatuba), onde se tornou refém dos índios durante
cinco meses. Durante o cativeiro, o padre sofreu a tentação da quebra da castidade,
uma vez que era costume entre os índios oferecer mulheres aos prisioneiros.
Para vencer, e como oração a Maria, Anchieta escreveu na areia o Poema da
Virgem.
Anos
depois, em 1566, fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, que fica no
Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial dos jesuítas no Brasil, cargo
que exerceu por nove anos. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, onde
permaneceu até o seu falecimento, dia 09/06/1597. Foi canonizado pelo Papa
Francisco, dia 03/04/2014.
“Como
são belos, sobre as montanhas, os pés do mensageiro que leva a paz!” (Is 52,7).
S. José de Anchieta, rogai por nós.
Quem
quer parecer-se com Jesus, imite o seu amor ao Pai celeste e a sua Mãe
imaculada.
Amor que se sacrifica
Havia
uma senhora esposa que gostaria muito de ter um filho, mas este não vinha. Um
dia, ela viu seu sonho realizado. Recebeu dos braços da enfermeira um lindo
bebê.
Mas
qual não foi a sua surpresa, quando notou que a criança havia nascido sem
orelhas! Preocupada, perguntou ao médico se o menino tinha audição perfeita.
Foram feitos os exames e ficou comprovado que o aparelho auditivo era normal.
A
mãe, conformada, levou o filhinho para casa. Seu amor por ele não diminuiu.
Mas, à medida que o menino crescia, sua mãe observava o tratamento que outras
crianças lhe davam. Com frequência o filho voltava para casa chorando! Isso era
como uma punhalada no coração daquela mãe.
Consultou
o médico novamente, perguntando se algo poderia ser feito. O doutor disse que,
se encontrassem alguém que doasse um par de orelhas, poderia ser feito um
implante. Isso, porém, só depois que o filho chegasse aos 21 anos.
Os
anos se passaram e, um dia, os pais comunicaram a alvissareira notícia de que
tinham encontrado alguém para doar as orelhas.
A
operação foi bem sucedida e, qual não foi a alegria do rapaz ao olhar no
espelho e ver que era como todos os colegas. Voltou-se para a mãe e perguntou
quem foi o doador.
-
Ah! Meu filho, agora não posso revelar-lhe. Um dia você saberá.
Passaram-se
os anos, o jovem casou-se e teve filhos, todos normais.
Vários
anos depois, tiveram uma grande tristeza: A mãe faleceu. Na sala funerária, pai
e filho olham, pela última vez, o corpo inerte daquela senhora tão bondosa.
Depois
que todos saíram, o pai disse ao filho:
-
Venha comigo despedir-se de sua mãe.
Os
dois se aproximaram do esquife e, para surpresa do filho, o pai puxa de lado os
longos cabelos negros de sua esposa e o filho observa, pela primeira vez, que
sua mãe não tinha mais orelhas.
Quem
ama é capaz de sacrificar até a própria vida pela pessoa amada.
“Acaso
uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que
alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!” (Is 49,15). Deus nos ama
tanto que doou, não só as orelhas, mas seu corpo inteiro por nós. Que não
joguemos fora esse presente!
O
Rosário é uma oração ao mesmo tempo simples e profundamente teológica e rica em
conteúdos bíblicos. (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
A vida tem a cor que você pinta
Havia,
certa vez, dois rapazes irmãos que faziam aniversário no mesmo dia, mas não
eram gêmeos. Um era muito otimista e o outro o contrário: extremamente
pessimista.
O
pessimista via tudo do lado negativo. Para ele, todas as coisas tinham defeito.
As pessoas, nem se fala. Por isso não confiava em ninguém.
Chegou
o dia do aniversário dos dois. O pessimista, ao acordar, encontrou ao lado do
seu travesseiro uma caixa de presente. Abriu, sem muita emoção, e encontrou a
chave de um carro 0Km. Começou então a lamentar: Agora vou ter de tirar carta,
fazer documentos e posso sofrer algum acidente... Isso não é um presente, é uma
tortura!
O
outro também, quando acordou, viu uma caixa ao seu lado. Ansiosamente pegou o
presente e foi logo abrindo, com um sorriso nos lábios. Seu coração batia de
emoção. Ao abrir a caixa, encontrou estrume de cavalo. Imediatamente saiu
gritando pela casa afora:
-
Ganhei um cavalo! Ganhei um cavalo!
Todas
as pessoas e coisas têm dois lados: O lado da sombra e o lado da luz. Precisamos
olhar o lado da luz, não o da sombra. Se assim fizermos, seremos sempre alegres
e transformaremos o asfalto em grama e os prédios numa flor enorme. Não
deixemos o desânimo nos abater, nem a alegria se apagar do nosso rosto. A vida
é da cor que você pinta.
“O
meu coração se alegra no Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador”
(Sl 28,7). (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
Continuadores de Jesus
Certa
vez, durante uma guerra, uma cidadezinha foi completamente destruída. Houve
milhares de mortos. Terminada a guerra, as pessoas buscavam reconstruir suas
moradias. Os dias se passaram e o trabalho árduo dos moradores foi
transformando as ruínas em novas casas.
Restava
agora restabelecer a igreja local, para que a Comunidade pudesse novamente se
reunir. Mais algum tempo e a igreja estava novamente em pé.
Havia,
antes das explosões, uma estátua de Cristo, estimada por todos e tida como
belíssima obra de arte. Era preciso restaurá-la. Vários artistas conseguiram
resgatar, em meio aos escombros, os pedaços da estátua e a colocaram novamente
em pé.
Apesar
de todos os esforços, não encontraram as mãos, que talvez se tivessem
transformado em pó.
O
tempo se passou e chegou o dia da inauguração do templo reconstruído. O povo
estava curioso para saber se as mãos do Cristo tinham sido encontradas. A obra
estava coberta com um enorme pano, para que, no momento oportuno, fosse
desvelada.
Por
fim, chegou a hora. O lençol foi retirado e lá estava ela, para surpresa de
todos, sem as mãos. Mas os restauradores foram criativos. No lugar das mãos,
havia a seguinte frase: “Eu não possuo mãos, só posso contar com as suas”.
Cristo
quer contar com as nossas mãos, pés, boca e inteligência, para continuar a sua
obra redentora. Vamos fazer o que ele fazia, falar do jeito que ele falava,
pensar como ele pensava e andar pelos caminhos dele.
“Não
sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Cristo
quer as nossas mãos para levantar os decaídos, e a nossa boca para evangelizar,
anunciando com alegria a Boa Nova do Reino de Deus.
O
Terço é uma armadura impenetrável que nos protege dos assaltos do mundo pecador
e do demônio.
A busca do mais forte
Certa
vez, um homem saiu a caminhar e encontrou o aço. Vendo que ele era muito forte,
disse:
-
Este é o ser mais forte que existe.
De
repente, viu que o fogo derretia o aço. Então disse:
-
O fogo é o ser mais forte.
Mais
na frente, viu que a água apagava o fogo. Ele concluiu:
-
O ser mais forte que existe é a água.
Mais
tarde, porém, percebeu que o sol havia secado a água. O homem então concluiu:
-
O sol é o ser mais forte.
Nesta
hora, veio uma nuvem q cobriu o sol. Ele disse convicto:
-
Eu creio na nuvem.
Logo
depois, percebeu que o vento levou embora a nuvem. O homem mudou seu
pensamento:
-
Eu creio no vento, que é mais forte que a nuvem.
No
entanto, viu que o vento esbarrava numa alta montanha e com o choque se
desfazia, sem que a montanha nem se movesse. Ele pensou:
-
É a montanha o ser mais forte.
Mas
um dia viu um homem, com um trator, desfazendo a montanha. O homem então
concluiu:
-
Eu creio no homem, que é o ser mais forte que existe.
Dias
depois, porém, viu que a morte levou embora o homem. Entristecido, ele disse:
-
A morte é o ser mais forte que existe.
Foi
quando alguém lhe contou que um homem morreu, mas depois ressuscitou,
destruindo o poder da morte. Esse homem é Jesus Cristo. Muito feliz, o homem
disse:
-
Agora descobri definitivamente: Jesus é o ser mais forte do mundo. Eu creio
nele e vou a fazer parte do seu grupo, por toda a minha vida.
O
bom é que nós também desfrutamos da derrota da morte realizada por Jesus.
Fazendo parte do grupo dele, a morte não tem nenhum poder sobre nós.
Quantas
pessoas passam a vida correndo atrás de dinheiro, de segurança pessoal e
de honras, e se esquecem de Jesus Cristo!
O
Terço nos leva a repassar os mistérios de Cristo com os olhos de sua Mãe.
O sentido do trabalho
Certa
vez, um eremita saiu para uma de suas peregrinações. No caminho, descendo a
montanha, viu um homem que quebrava pedras com uma marreta. Estava suado,
coberto de pó e com um semblante triste. O eremita perguntou-lhe
-
O que o senhor está fazendo?
-
Fui condenado pelo juiz, que me mandou quebrar pedras para pagar uma dívida.
O
peregrino seguiu seu caminho. Mais abaixo, viu outro homem também quebrando
pedras. Igualmente suado e coberto de pó, o homem mostrava amargura em seu
rosto. O monge fez-lhe a mesma pergunta. O homem respondeu:
-
Meu patrão me mandou aqui penar neste sol.
O
eremita continuou descendo a montanha. Por volta do meio dia, encontrou outro
homem quebrando pedras. Mas este estava alegre e cantava enquanto dava as
marretadas, não se importando com o sol escaldante. O monge aproximou-se dele e
dirigiu-lhe a mesma pergunta:
-
O que o senhor está fazendo?
O
homem, todo suado e coberto de pó, parou, apoiou a marreta e fez sinal ao
peregrino para que fosse com ele até onde havia alguns arbustos. Ali estavam
duas crianças brincando. Então disse-lhe:
-
São meus filhos. Estou garantindo o futuro deles.
O
amor dá sentido à vida e transforma o sacrifício em alegria. Todo trabalho é
pesado. Mas, quando o realizamos dentro do nosso ideal, ele se torna leve e
agradável.
“Meu
Pai trabalha e eu também trabalho” (Jo 5,17). “Jesus foi para Nazaré, a sua
terra. Quando chegou o sábado, ele começou a ensinar na sinagoga. Muitos
ficaram admirados, e diziam: ‘Onde foi que ele aprendeu tudo isso? Esse homem
não é o carpinteiro, filho de Maria e de José?” (Mc 6,1-3).
O
Terço nos ensina como se acolhe, se guarda e se vive cada Palavra de Deus e o
caminho para chegar até ele.(Fonte: Pe. Odair Ângelo)
Deu a vida pelos irmãos
Certa
vez, uma família estava passando férias na praia. O pai e o filho mais velho
ficaram tomando sol na areia, enquanto a meninada foi aproveitar as ondas. De
repente, o clima mudou e o mar ficou agitado. As crianças começaram a se
afogar. O pai, que não sabia nadar, gritou para o filho que estava com ele
-
Salve os seus irmãos!
Levando
uma boia, a rapaz enfrentou as ondas e conseguiu recolher todos, fazendo-os
apoiar-se na boia.
Mas
uma enorme onda ia pegar a todos. O moço, com todas as suas forças, empurrou a
boia para a praia.
Enquanto
empurrava, a onda o pegou e o arrastou para o fundo. As crianças foram salvas,
mas o jovem morreu afogado!
Reunidos
na praia, todos choraram muito. O pai, que também chorava, consolava as
crianças dizendo:
-
Ele é um herói! Mandei-o salvar vocês e ele conseguiu, mesmo perdendo a vida!
Esse
filho mais velho assemelha-se a Jesus Cristo, o qual, obedecendo ao seu Pai,
enfrentou todas as tempestades e nos salvou. Mas foi colhido pela onda do
orgulho daqueles que não suportavam a sua bondade para com os pequenos.
Ficou
o exemplo para nós: Compensa nos esforçarmos para salvar o próximo das
avalanches do mundo pecador, mesmo que, com isso, percamos a nossa vida
terrena.
O que adianta ganhar o mundo?
Havia,
certa vez, um homem que tinha muita vontade de ficar rico. Numa noite, enquanto
dormia, apareceu-lhe em sonho uma fada com uma moeda na mão e lhe disse:
-
Todas as vezes que você jogar esta moeda para cima, ela se tornará duas; apanhe
uma e jogue a outra, que se tornará duas novamente.
Ao
acordar, o homem viu-se com a moeda na mão e lembrou-se do sonho. Imediatamente
lançou-a para cima e realmente caíram duas. Apanhou uma e jogou a outra, que
também se tornou duas moedas, e assim sucessivamente.
Ele
não queria outra coisa senão jogar moedas para cima. Consequentemente, foi
ficando muito rico, e só tinha tempo para jogar moedas para cima.
O
tempo foi passando... Um dia, um homem bateu à sua porta e queria
transmitir-lhe um recado. Ele não foi recebê-lo, alegando muitos compromissos.
Dias
depois, apareceu outro, desejando falar-lhe. Também não o recebeu, alegando
muito serviço, ou seja, jogar moedas para cima.
Mais
tarde, apareceu-lhe um terceiro homem, querendo dirigir-lhe umas palavras. Não
pôde recebê-lo, alegando, como antes, trabalho demasiado.
Passadas
algumas semanas, surgiu um homem muito forte e robusto. O rico não quis
atendê-lo, alegando que precisava mais dinheiro. E continuou jogando moedas
para cima.
Desrespeitando
o recado do porteiro, o homem avançou palácio adentro, chegou à presença do
rico, que estava ao lado de um montão de moedas, e lhe disse:
-
A bondade, a misericórdia e a salvação bateram à sua porta. O senhor não quis
recebê-las. Eu sou a morte, vamos embora.
Assim
chegou o triste fim daquele homem que só pensava em adquirir posses e
descuidava dos valores mais importantes.
“O
que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Mc
8,36). Precisamos deixar o corre-corre da vida e dedicar-nos às coisas que nos
fazem eternamente felizes. Ninguém leva riqueza nenhuma dentro do caixão, para
o cemitério.
“Não
ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os
ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no Céu” (Mt
6,19-20). (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
Bodas na cadeira de rodas
Certa
vez, numa Missa de domingo, aconteceu, no final, uma bênção de bodas de
casamento. Depois da Oração Pós Comunhão, o casal entrou. Mas pegou a
assembleia de surpresa, pois o marido uma cadeira de rodas com a esposa! Tanto
os dois como os familiares estavam muito felizes e alegres.
O
padre perguntou ao marido:
-
Há quanto tempo sua esposa vive nesta cadeira?
-
Há vinte e cinco anos, respondeu ele.
-
Como assim? Vocês não se casaram há 25 anos?
-
Exatamente. Faz vinte e cinco anos que nesta igreja pronunciamos o nosso sim
para toda a vida. Durante o almoço festivo, ela levou um choque elétrico e
ficou paralisada.
Todo
o povo ali presente aplaudiu emocionado. Após as palmas, o homem concluiu:
-
Se eu não tivesse casado com ela naquela ocasião, faria isso hoje.
Certamente
naquela casa reina a alegria, fruto da graça de Deus e do amor verdadeiro, que
opera maravilhas. Ele assume a querida esposa não como um peso, mas como um
presente de Deus.
Muitos
casais unem-se apenas pela aparência, pela beleza física, não por um amor
profundo. Mas Deus pensa diferente: “O homem deixará pai e mão e se unirá à sua
mulher, e eles serão uma só carne” (Gn 2,24). E Jesus conclui: “O que Deus
uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).
O abraço à macaúba
Certa
vez, um homem estava em uma ilha de um rio, pescando. De repente, foi
surpreendido por uma inundação proveniente de uma barragem que tinha se
rompido.
Antes
que as águas o levassem, tomou uma medida. Só teve tempo de pegar a caixa de
isopor que tinha levado para transportar os peixes e amarrá-la à cintura, como
se fosse uma boia.
A
correnteza o levou rio abaixo e ele foi rolando, sem ter onde se agarrar. Se
fosse atirado contra uma pedra, certamente morreria.
Felizmente
viu, mais embaixo, uma macaúba bem firme, no meio daquelas águas. Ajudando com
os braços e as pernas, foi até ela e abraçou-a.
Mas
a macaúba estava cheia de espinhos por todos os lados. O pobre pescador viu-se
espetado em todas as partes do corpo. Se soltasse, iria arrebentar-se mais
abaixo, contra as pedras. O jeito era aguentar os espinhos. Foi um abraço longo
e doloroso, mas salvador.
Muitas
vezes, fugimos dos abraços, de medo dos espinhos. Mas frequentemente Deus nos
pede para abraçarmos, especialmente se a pessoa é um pobre, um enfermo ou um
familiar. Jesus abraçou a mulher adúltera e não se sujou. Abraçou o leproso e
não foi contagiado. Deus nos protege quando o abraço é dado por causa dele.
Não
só as pessoas, mas precisamos abraçar a cruz, que nos vem das mais diversas
formas, como fez Jesus.29Hists50Abr15
Homem perde-se na floresta 1450
Permanecer do lado da luz 1449
De que precisamos para ser felizes 1448
Zilda Arns, a médica missionária 1447
Garota chocada com corrupção 1446
Como o nosso caráter é moldado 1445
Olhamos o mundo com nosso prisma 1444
Subir ao ponto mais alto 1443
Como vencer grandes problemas 1442
Para situações novas, soluções novas
1441
O cristão cai e se levanta 1440
O coquinho de indaiá 1439
Mais forte que o exército 1438
Onde existe amor Deus aí está 1437
A união faz a força 1436
A estrada que precisava de luz 1435
Ouvir o inaudível e ver o invisível 1434
O menino que queria ver Deus 1433
A soberba tem pernas curtas 1432
Rei despreocupado com bens materiais
1431
O presépio com dois bebês 1430
A fé faz do mundo um templo 1429
Os animais nos ensinam 1428
A escola dos bichos 1427
Pardal quer voar como águia 1426
O Senhor é o meu Pastor 1425
O passeio superficial 1424
A alegria nasce dentro de nós 1423
O mundo tem a cor que você pinta 1422
Tática para não xingar 1421
Nossas sensações são em parte subjetivas
1420
A falta de comunicação 1419
Líder: Severo ou benevolente 1418
O líder toma a frente 1417
A força do amor a Deus 1416
A lição do joão de barro 1415
O segredo da boa liderança 1414
A carta muito especial 1413
Rei testa candidatos ao trono 1412
A estranha tarefa escolar 1411
O Apóstolo do Brasil 1410
Amor que se sacrifica 1409
A vida tem a cor que você pinta 1408
Continuadores de Jesus 1407
A busca do mais forte 1406
O sentido do trabalho 1405
Deu a vida pelos irmãos 1404
O que adianta ganhar o mundo 1403
Bodas na cadeira de rodas 1402
O abraço à macaúba 1401
Homem perde-se na floresta
Certa
vez, um homem santo estava indo em peregrinação para um santuário. A viagem era
longa e, ao atravessar uma grande floresta, ele se perdeu. Durante vários dias
lutou para encontrar a saída. Tentou diversos caminhos, mas percebeu que
estava, cada vez mais, embrenhando-se no interior da floresta virgem.
Encontrou
um grupo de viajantes, que também estavam perdidos. O grupo rezou dizendo:
-
Obrigado, Senhor! Este homem vai nos salvar, indicando-nos o caminho para sair
desta floresta.
Aproximaram-se
do homem e pediram:
-
Por favor, mostre-nos o caminho. Estamos perdidos!
O
homem santo respondeu:
-
Eu também estou perdido, por isso não posso indicar-lhes o caminho. Posso
apenas mostrar as trilhas que já segui e que me levavam cada vez mais para o
interior da floresta.
Somos
todos peregrinos neste mundo, em busca da felicidade e da salvação. Precisamos
descobrir qual é o caminho certo. O mundo ao nosso redor nos apresenta muitas
trilhas enganosas, que só fazem nos perder ainda mais.
As
pessoas santas também estão procurando o caminho certo. Se estivermos unidas
aos nossos irmãos e irmãs, certamente o encontraremos, pois “Onde dois ou mais
estiverem unidos em meu nome, eu estou, no meio deles” (Mt 18,20).
Permanecer do lado da luz
Havia,
certa vez, uma professora que era muito sábia. Ela já podia se aposentar, mas
preferiu continuar trabalhando, porque via no magistério um espaço para formar
as novas gerações.
Um
dia, ela ensinou uma regra excelente de matemática para três alunas: A Vanessa,
a Márcia e a Sônia. E sugeriu que elas passassem para frente, ensinando aos
colegas da classe.
Semanas
depois, ela deu a toda a classe um trabalho, para o qual era necessário saber
aquela regra. Todos acertaram. A professora perguntou quem lhes havia ensinado
a regra. A classe respondeu em coro: “Foi a Márcia!”
A
Márcia tomou a palavra e explicou:
-
Fiz isso porque a senhora sempre ensinou que o mal a gente não propaga, mas o
que é bom devemos passar para frente.
A
classe bateu palmas.
A
professora sorriu e disse:
-
Muito bem. Era exatamente essa a minha intenção. Eu queria dar a oportunidade
de vocês refletirem sobre o que fazer com as informações ruins e as informações
boas que recebemos diariamente.
Os
meios de comunicação gostam de divulgar notícias negativas: Corrupção, roubos,
assassinato, crimes dos mais variados tipos. Se em uma rua existem 100
famílias, 99 andam direito e uma comete um crime hediondo, é esta que fica
conhecida no mundo inteiro. O porco gosta de lama; o beija-flor gosta de
flores. Vamos ser beija-flores, não porcos.
Existe,
nos Estados Unidos, o seguinte provérbio: Dont stay on the black side:
Não permaneça no lado escuro. Todas as instituições e acontecimentos têm dois
lados: O escuro e o lado da luz. Vamos permanecer no lado da luz.
De que precisamos para ser felizes
Sócrates
foi um grande filósofo grego, natural de Atenas. Viveu no Séc. 5º A/C. Por ser
muito sábio, estava sempre cercado de discípulos. Além de suas ideias e
conhecimentos, os alunos apreciavam o seu modo de viver, que era extremamente
simples e desapegado.
Sócrates
tinha um hábito que deixava todos os discípulos perplexos: Ele costumava gastar
boa parte do seu tempo livre andando pelo mercado da cidade.
Um
dia, um dos discípulos, curioso para saber o que ele fazia no marcado, seguiu-o
à distância. Lá, aproximou-se do filósofo e perguntou:
-
O que chama tanto a atenção do senhor nesse mercado, a ponto de visitá-lo com
frequência?
Sócrates
respondeu, com um sorriso:
-
Eu venho aqui para ver de quantas coisas o homem não precisa para ser feliz.
“Vaidade
das vaidades, e tudo é vaidade”, exceto amar a Deus e só a ele servir (Ecl
1,2).
Zilda Arns, a médica missionária
Zilda
Arns foi a fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa. Ela
é catarinense, irmã do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de S.
Paulo, capital. Zilda morreu com 75 anos de idade, vítima do terremoto no
Haiti, no dia 12/01/2010.
Formada
em medicina, com especialização em educação física e pediatria, Zilda dedicou
sua vida ao cuidado das crianças pobres, da mortalidade infantil e da
desnutrição. Ela coordenava 155 mil voluntários, presentes em 32 mil
Comunidades, situadas em bolsões de pobreza, em 3.500 cidades brasileiras.
A
Pastoral da Pessoa Idosa conta com 100 mil idosos, que são acompanhados
mensalmente por 12 mil voluntários, em 579 Municípios brasileiros.
Zilda
encontrava-se em Porto Príncipe, com a finalidade de introduzir no Haiti a
Pastoral da Criança. Ela tinha terminado uma palestra e respondia perguntas, em
uma igreja, quando o terremoto começou. Suas últimas palavras foram: “Cuidar de
uma criança pobre é um bem sagrado”.
Dia
10/01/2015, foi aberto o processo de beatificação de Zilda Arns. O fato
aconteceu na Arena da Baixada, em Curitiba. Desde a Copa do mundo, o estádio
não esteve tão lotado.
Zilda
Arns foi uma cristã que brilhou como luz para todos nós.
Garota chocada com corrupção
Certa
vez, uma menina de 10 anos assistia a TV ao lado dos pais, num começo de noite.
O noticiário tratava de corrupção, assassinatos e pecados em diversos níveis da
sociedade. A menina sentia muita tristeza.
Os
pais, olhando um para o outro, pensavam em pedir a ela que fosse fazer outra
coisa, enquanto assistiam ao telejornal. Eles sabiam que, apesar de aquela ser
a realidade do mundo, era tudo muito negativo.
Antes
que os pais a mandassem sair da sala, a menina fez uma pergunta preocupante, e
que foi respondida com calma, depois que desligaram a TV.
A
garota perguntou:
-
Deus vê tudo isso acontecendo e não faz nada? O pai chamou a filha para perto
de si, deu-lhe um abraço e respondeu:
-
Faz sim, filha. Deus fez você, fez o papai e a mamãe, fez todas as pessoas para
mudarmos este mundo triste.
Somos
agentes de um mundo novo. Quem se eleva, eleva o mundo.
(Fonte:
Natal em Família)
Como o nosso caráter é moldado
Havia,
certa vez, uma senhora de 90 anos, que vivia sempre ocupada em fazer o bem para
os vizinhos. Todos consideravam suas palavras muito sábias.
Um
dia, ela resolveu reunir a juventude do bairro em sua casa. A turma chegou e
ficou bem a vontade.
A
idosa senhora pediu que todos falassem de suas maiores preocupações. Ela ouvia
com calma e atenção os relatos. Depois que todos falaram, ela disse:
Tomem
cuidado e tenham muito amor e paciência diante de tudo isso que está
acontecendo com vocês. Tomem cuidem:
-
Com os pensamentos, porque eles se transformam em palavras.
-
Com as palavras, porque elas se transformam em ações.
-
Com as ações, porque elas se transformam em hábitos.
E
tomem cuidado com os hábitos, porque eles moldam o caráter de vocês. Os hábitos
vão, aos poucos, transformando a nossa consciência, para que pensamentos,
palavras, ações e hábitos caminhem na mesma direção. Sem a sintonia entre essas
energias internas, o homem não consegue viver.
Quando
a senhora terminou, os jovens aplaudiram-na longamente. Ela encerrou a reunião,
servindo a todos um delicioso chocolate quente.
Olhamos o mundo com nosso prisma
Certa
vez, uma professora deu aos alunos da classe um trabalho sobre as leis de
trânsito. Ela distribuiu papel e lápis para todos e cada criança deveria pintar
seu próprio semáforo.
Diego
olhou para o desenho do colega Gustavo e disse:
-
Ei! Você pintou errado. O farol de cima é o vermelho, não o verde. Gustavo
respondeu:
-
Foi o que eu fiz. Pintei o farol de cima de vermelho, não está vendo?
Diego
disse:
-
Não. Você é um mentiroso. Pintou de verde. Está errado.
E
a discussão foi tomando tal proporção que a professora teve de intervir. Ao se
inteirar do problema, ela chamou Diego e disse-lhe:
-
O seu colega está dizendo a verdade, quando fala que pintou o farol de
vermelho, porque o que ele vê é isto. Ele é daltônico, quer dizer, troca as
cores. O que para você é verde, para ele é vermelho.
Cada
pessoa olha o mundo através de sua história de vida. Portanto, cada um vê uma
mesma realidade de forma diferente.
(Fonte:
Maria Salette e Wilma)
Subir ao ponto mais alto
Havia
uma tribo de índios que vivia em uma vasta região localizada em uma alta
montanha. Um dia, o chefe da tribo adoeceu e, ao perceber que lhe restava pouco
tempo de vida, chamou seus três filhos e disse:
-
Já não vou durar muito, e um de vocês será o meu sucessor. Percorram a região,
subam as montanhas, atravessem os rios... Será o meu sucessor aquele que me
presentear do modo mais original.
Partiram
os três. Cada um esperava encontrar algo especial que pudesse surpreender o
pai.
Tempos
depois, regressou o primeiro. Em suas mãos trazia uma flor rara e preciosa,
nunca vista naquela região.
Dias
depois, veio o segundo. Este presenteou o pai com uma linda pedra, parecia
especial, com sua superfície lisa e redonda, como que polida através do tempo.
Finalmente
apareceu o terceiro. Suas mãos estavam vazias, mas seus olhos brilhavam. Contou
ao pai que subira ao ponto mais alto das montanhas e descobrira, do outro lado,
uma região maravilhosa, com rios, vales, campinas verdes e lagos cristalinos.
E, cheio de entusiasmo, exclamou:
-
Se nós nos mudarmos para lá com toda a tribo, nossa vida com certeza será muito
melhor.
-
Você será o meu sucessor, respondeu o pai, revelando, na voz fraca, um
sentimento de alegria e esperança. Você me trouxe, como presente, a visão de um
futuro melhor.
Mesmo
que a subida da nossa montanha seja difícil, lembremo-nos de que do outro lado
existe um presente para nós e nossos pais, que é a esperança de um futuro
melhor.
Como vencer grandes problemas
Havia,
certa vez, uma família que vivia tranquila em sua casa. Eram o pai, a mãe e
dois filhos. Eles participavam da igreja e trabalhavam na pastoral familiar.
Um
dia, a mãe descobriu-se com uma doença muito grave. O sofrimento invadiu a
casa. Todos sentiam um aperto no peito, um nó na garganta. Diante de tanta dor,
entregaram nas mãos de Deus.
A
família percebeu que, antes de tudo, era preciso confiar em Deus, pois ele tem
poder infinito e nos ama com o amor de um Pai zeloso. A fé fortalece, anima e
dá coragem para continuar a luta.
Depois
de muitas idas e vindas, consultas, tratamentos, exames e remédios, a situação
foi clareando e conseguiram ver no horizonte a possibilidade de cura. Este
sabor de vitória foi-se tornando cada vez mais próximo. Finalmente, a doença
foi vencida.
Assim,
a alegria voltou a tomar conta daquela casa, agora uma alegria mais profunda,
pois baseada na certeza de que Deus caminhava ao lado da família, com o seu
amor e poder infinitos. E fortaleceram mais um aspecto de sua oração: A ação de
graças.
Quando
rezamos, a resposta de Deus sempre vem. Neste caso, veio através da cura. Mas
pode vir de outra forma. Seja qual for o tipo de resposta, ela nos trás paz
interior.
Para situações novas, soluções novas
Certa
vez um padre, ao almoçar na casa de uma família da paróquia, ficou intrigado
com um prato. Era um frange assado, mas cujas coxas foram assadas
separadamente. Curioso, o sacerdote perguntou o motivo por que ela assou o
frango daquela maneira.
A
mulher respondeu que não sabia, mas é daquele jeito que sua mãe assa frangos, e
que ela aprendeu. O importante era que ficava muito gostoso. O importante é que
fica muito gostoso, concluiu ela.
O
padre conhecia a mãe dessa senhora e resolveu investigar. Foi até a casa dela e
perguntou por que assa frangos separando as coxas. Ela deu a mesma resposta da
filha. Disse que havia aprendido com sua mãe essa forma de assar frangos e,
como ficava muito gostoso, era assim que fazia.
Como
o padre era muito curioso, e sabendo que a mãe desta senhora ainda estava viva,
continuou investigando. Viajou até o local onde residia a velhinha, que era bem
distante, em outro município. Lá descobriu que ela usava ainda fogão a lenha.
Perguntou
por que ela assava frangos com as coxas separadas. Ela respondeu:
-
Padre, é muito simples. Se eu for assar o frango inteiro, com as coxas, ele não
cabe na minha assadeira. Por isso tenho de cortar as coxas.
O
padre então descobriu que aquela senhora tinha um motivo real para assar
frangos separando as coxas. Mas a filha e a neta, com suas assadeiras modernas,
não tinham. Não havia, portanto, nenhum motivo que justificasse aquele
procedimento.
Nem
sempre a solução que foi boa para uma pessoa será também para outra. Para
situações novas, vamos ser criativos e descobrir soluções também novas.
(Fonte:
Maria Salette e Wilma)
O cristão cai e se levanta
Certa
vez, um rapaz foi visitar um mosteiro. Lá, perguntou ao monge que o recebia:
-
O que é que vocês fazem aqui?
Ele
respondeu:
-
Aqui a gente cai e se levanta.
-
E depois?
-
Cai e se levanta.
-
E depois?...
E
a resposta era sempre a mesma.
Aquele
monge apresentou um aspecto central da vida cristã: Nós passamos a vida caindo
e nos levantando. O importante é que Deus, quando vier nos buscar, que nos
encontre em pé.
A
caminhada do povo hebreu pelo deserto, rumo à Terra Prometida, é um símbolo da
vida cristã. Cada dia de manhã, eles desarmavam as suas tendas, colocavam-nas
em suas costas e continuavam o caminho. A chegada à Terra Prometida representa
a nossa morte, o nosso encontro com Deus. Um dia antes, ainda estamos
desarmando a nossa tenda, isto é, caindo e nos levantando.
O coquinho de indaiá
Indaiá
é uma palmeira que existe no litoral sudeste do Brasil. Ela produz um cacho de
cocos que são comestíveis e gostosos. Mas o coquinho não tem como ser aberta
sem destruí-lo. Pode-se amassá-lo, serrá-lo, furá-lo, mas não se consegue
abri-lo.
Entretanto,
se tomarmos um vaso, nele plantarmos o coquinho e o regarmos, depois de algum
tempo o coquinho não só se abre, mas nasce dele uma bela palmeira.
O
coquinho de indaiá é como o coração humano: Só se abre de dentro para fora. Com
violência, não conseguimos abrir o coração humano. Só o homem possui a chave do
seu coração e pode abri-lo, pois ele só se abre de dentro para fora.
Querer
amar alguém já é amar. Querer perdoar alguém já é perdoar. O resto vem com o
tempo. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por quem ama” (Jo
15,13).
Mais forte que o exército
Certa
vez, um pequeno país fora invadido por outro, e este odiava os católicos. Um
dia de manhã, uma criança estava indo ao catecismo, e um soldado invasor veio
ao seu encontro e disse:
-
Aonde você está indo, menino?
-
Vou ao catecismo.
-
Já não há mais catecismo, pode voltar para casa.
-
Então eu vou ver o sacerdote.
-
Não há mais sacerdote. Nós o prendemos.
-
Então eu vou à igreja.
-
Não há mais igreja. Nós a derrubamos.
O
garoto olhou para o soldado e disse: “Vocês podem ter acabado com o catecismo,
prendido o padre e derrubado o templo, mas a Igreja está viva, porque eu sou
Igreja”.
“Vós
todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo.
Assim, na Igreja, Deus estabeleceu, primeiro, os apóstolos, segundo, os
profetas... depois os diversos dons” (1Cor 12,27-28).
A
Igreja somos nós. Cada um é um membro desse corpo vivo, presente no nosso
bairro. “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as força
da morte não poderão vencê-la” (Mt 16,18).
Onde existe amor, Deus aí está
Havia,
certa vez, uma senhora, chamada Maria José, que era muito solidária com as
pessoas do seu bairro. Nas diversas necessidades que as pessoas tinham,
procuravam a ela e sempre recebiam apoio.
Um
dia, uma vizinha lhe perguntou: “Por que você ajuda tanto as pessoas?” Maria
José explicou: “Um dia, na Missa dominical, cujo Evangelho era aquele que narra
o Juízo Final (Mt 25,31ss), o padre explicou que Jesus usa como critério para
entrar no Céu a ajuda aos necessitados”.
Aquelas
palavras, disse ela, entraram dentro de mim e não saíram mais. Senti uma grande
alegria por ter descoberto um caminho seguro para o Céu. Entendi que Deus é
amor, e onde existe amor, ele aí está.
A
partir daquela Missa, Maria José passou a ser mais alegre. Aprendeu que Deus
sempre está do lado daqueles e daquelas que são fiéis aos seus mandamentos.
A união faz a força
Havia,
certa vez, em uma fazenda, uma manada de touros de raça. Eram animais muito
fortes e saudáveis, que pastavam calmamente em um bem cuidado sítio,
preparando-se para serem apresentados em uma exposição, na qual seria escolhido
o mais bonito e o mais forte. Eram animais muito caros e por isso tratados com
todo cuidado.
Um
dia, apareceu pelas redondezas um leão faminto. Ao ver tão saborosa carne, não
teve dúvidas. Na primeira distração, atacou e matou um dos touros. Assim passou
a acontecer seguidamente. Já eram vários os animais que haviam sido
sacrificados. Foi então que os touros marcaram uma assembleia para discutir o
problema.
Palpites
daqui, sugestões dali, e veio a decisão: Vamos estar sempre em posição de
semicírculo. Assim, se o animal atacar um de nós por trás, sempre haverá quem
esteja vendo para defender. Fizeram desse jeito e o leão não conseguiu mais
vencê-los, pois todos se defendiam mutuamente.
A
união faz a força. Um fio de cabelo é frágil, mas uma trança é muito forte. Uma
varinha é fraca, mas um feixe de varas ninguém consegue quebrar. Povo unido
jamais será vencido.
A estrada que precisava de luz
Havia,
certa vez, uma estrada que precisava de luz. Construíram ao lado dela uma mesa
bem alta e contrataram uma moça para ficar em cima, com uma vela acesa, a fim
de iluminar a estrada.
A
jovem passava a noite ali, iluminando para todos os que passavam. Ela zelava
para que a vela não se apagasse com o vento. Mas, às vezes, o vento era muito
forte e a apagava. Mas alguém que passava na estrada jogava uma caixa de
fósforos e ela a acendia novamente.
Às
vezes chovia, fazia frio, era difícil para ela. Por isso a garota procurou o
patrão e pediu as contas. O patrão lhe disse:
-
Filha, não temos outra pessoa para fazer esse serviço, e sem ele os passantes
trombam uns com os outros, caem em buracos, além dos assaltantes que gostam do
escuro. Por isso pense bem. Ela pensou e decidiu continuar no emprego.
Essa
jovem somos nós, e a vela é o nosso testemunho. Somos luz no nosso ambiente.
Sem os cristãos católicos, o mundo ficaria escuro, triste e perigoso. Mas não é
fácil manter nossa vela acesa. É preciso muita garra e determinação.
Ouvir o inaudível e ver o invisível
Certa
vez, um rei mandou seu filho morar durante um tempo com um grande mestre, a fim
de aprender a sabedoria. Quando o príncipe chegou, o mestre o recebeu
afetuosamente, e o mandou sozinho para uma floresta, com a tarefa de descrever
o som da floresta.
Após
dez dias, o jovem retornou e o mestre pediu que descrevesse todos os sons que
conseguiu ouvir. O moço disse:
-
Mestre, pude ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, o alvoreço dos
beija-flores, a brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho das
cachoeiras e do vento cortando os céus.
Ao
terminar o relato, o mestre pediu que o príncipe retornasse à floresta, para
ouvir tudo o mais que fosse possível. Apesar de intrigado, o príncipe obedeceu
à ordem do mestre, mas pensando: Não entendo; eu já distingui todos os sons da
floresta!
Por
dias e dias ficou ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu distinguir nada de
novo, além daquilo que havia relatado ao mestre.
Certa
manhã, porém, começou a distinguir sons vagos, diferentes de tudo o que ouvira.
E quanto mais prestava atenção, mais claros os sons se tornavam. Uma sensação
de encantamento tomou conta do rapaz.
Pensou:
Esses devem ser os sons que o mestre queria que eu ouvisse. E, sem pressa,
ficou ali ouvindo, ouvindo pacientemente, durante quinze dias. Queria ter
certeza de que estava no caminho certo.
Quando
retornou, disse:
-
Mestre, quando prestei atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se
abrindo, o som do sol nascendo e aquecendo a terra, e da grama bebendo o
orvalho da noite.
O
mestre sorriu e disse:
-
Parabéns! Ouvir o inaudível é ter a calma necessária para se tornar uma pessoa
sábia. Apenas quando aprendemos a ouvir o coração das pessoas, seus sentimentos
mudos e medos não confessados, podemos atender às reais necessidades de cada
um.
E
o príncipe voltou para o palácio.
A
morte de um relacionamento começa quando as pessoas ouvem apenas as palavras
pronunciadas pela boca, sem atender ao que vai no interior, nem ouvir o
coração. É preciso, portanto, ver o invisível e ouvir o lado inaudível, o lado
não mensurável no ser humano, mas que tem o seu peso.
Não
é só pela palavra, falada ou escrita, que expressamos nossos sentimentos. Eles
se mostram no nosso semblante, na fisionomia, no nosso andar... Até a nossa
pele comunica o que vai no nosso coração.
O
Rosário salva os cristãos.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
O menino que queria ver Deus
Um
dia, um menino perguntou a Benjamin Franklin, que gostava de crianças:
-
O senhor é tão sábio. Poderia dizer-me onde posso ver Deus?
Era
meio dia e o sol estava bem quente. O velhinho sorriu e, mostrando à criança o
céu azul, disse:
-
Você não consegue olhar para o sol, nem deve, porque poderia queimar sua vista.
Se você não consegue nem olhar para o sol, como poderá ver Deus com esses seus
olhinhos, se Deus brilha muito mais que o sol?
Deus
é uma luz infinita, luz de bondade, de amor, de inteligência e de poder. Com os
olhos da carne, nós não conseguimos vê-lo, mas ele se nos dá a conhecer através
das suas obras.
As
coisas criadas nos levam a conhecer a Deus, com tanta clareza que todos os que
não têm fé, ou têm uma fé desviada, são insensatos (Sb 13,1-9). Quando
contemplamos uma obra de arte, o nosso pensamento se volta logo para o artista.
Por que não fazemos o mesmo quando contemplamos as belezas da natureza?
O
Rosário é o meio mais conveniente e eficaz para obter a ajuda maternal da
Virgem Maria.
(Fonte:
Pe. Valdo Bartolomeu)
A soberba tem pernas curtas
Certa
vez, um homem foi até um lago, olhou-se no espelho da água, admirou-se e disse:
Eu sou perfeito.
-
Saiu ao encalço de uma caça e, com um golpe, a abateu. Depois disse: Eu sou
forte.
-
Subiu até o alto de uma montanha e, ao se ver nas alturas, exclamou: Eu sou
grande.
-
Com o atrito de duas pedras produziu fogo, e afirmou: Sou poderoso.
-
Durante um dia de chuva, fez mil e um projetos e declarou: Sou inteligente.
-
Ao escavar a terra, achou ouro e concluiu: Sou rico, não preciso de ninguém.
Passaram-se
os anos. O homem voltou ao lago e, ao espelhar-se, verificou que a beleza
desaparecera. Portanto, não era propriedade sua, tanto assim que não pudera
conservá-la.
-
Tentou abater uma caça e não conseguiu.
-
Quis subir até o alto de uma montanha, deteve-se, porém, no caminho, sem
forças.
-
Com duas pedras obteve fogo, mas incendiou a floresta e ele correu o risco de
morrer.
Acabou
descobrindo que não conseguia mais realizar a maior parte dos seus sonhos.
Então saiu pelas praças, pretendendo comprar com seu ouro o tempo passado.
Contudo só lhe ofereciam coisas em troca e nada mais.
“Vaidade
das vaidades, tudo é vaidade”, exceto amar a Deus e só a ele servir (Ecl 1,2).
Na
Sagrada Escritura encontramos poucas palavras sobre a Virgem Maria, mas são
como grãos de ouro puro. Se os fundirmos no fogo da contemplação, são
suficientes para irradiar sobre toda a nossa vida o esplendor luminoso das
virtudes.
(Fonte:
Pe. Valdo Bartolomeu)
Rei despreocupado com bens materiais
Conta-se
que na antiguidade havia um rei que não se preocupava em ajuntar para si bens
materiais. Um dia, um súdito perguntou-lhe por que isso. Ele disse:
-
Eu lhe revelarei se você percorrer meu palácio para conhecer a magnitude da
minha riqueza. Mas terá de levar uma vela acesa. Se ela se apagar, você terá
trinta anos de prisão.
Ao
final do percurso pelo palácio, o rei perguntou-lhe:
-
O que você achou da minha riqueza? O súdito respondeu:
-
Eu não vi nada, porque estava preocupado com a vela, para que não se apagasse.
O rei então explicou:
-
Pois este é o motivo. Eu vivo tão preocupado com os meus cidadãos, que não me
sobra tempo para ajuntar riquezas para mim.
Muitos
cristãos amam tanto a Deus que esse amor os absorve totalmente, a ponto de não
lhes sobrar tempo para se preocupar com qualquer outra coisa. É um amor
plenificante.
Na
vida cotidiana, a devoção a Maria nos forma para a prática das virtudes.
O presépio com dois bebês
Certa
vez, uma jovem estava ensinando catecismo em um orfanato do governo, cujas
crianças tinham sido abandonadas pelas mães logo ao nascer.
Naquela
aula, a catequista explicava a história do Natal, como Maria e José chegaram a Belém
e, devido às hospedarias estarem lotadas, foram obrigados a se refugiar em uma
gruta, onde Maria, após dar à luz, teve de colocar o bebê em um cocho de
animais.
As
crianças estavam atentas ao relato, algumas assombradas. Terminada a narração,
a catequista deu a cada criança uma folha de papel e pediu que desenhassem a
gruta com o menino Jesus e os pais. Elas nunca tinham visto um presépio.
Caminhando
pelo meio delas, a catequista descobriu um desenho que tinha dois bebês, em vez
de um. Ela aproximou-se do pequeno, que parecia tem uns seis anos, e pediu que
explicasse por que fez dois bebês e não um só.
Ele
cruzou os bracinhos, olhou para o desenho e contou a sua história. Disse:
-
Quando Jesus nasceu e Maria o colocou na manjedoura, Jesus viu que eu também
não tinha um lugar para morar e pediu que eu ficasse ali com ele. Fiquei
agradecido, deitei-me ao seu lado e lhe dei o que senti que ele mais precisava:
O calor. Jesus me pediu que ficasse com ele para sempre.
Aquele
pequeno órfão viu em Jesus alguém que nunca o abandonou e nunca se aproveitaria
dele. Por isso era feliz.
O
importante não é tanto olhar para Maria, mas na direção em que ela olha, isto
é, para seu Filho.
A fé faz do mundo um templo
Certa
vez, um mestre estava caminhando e viu uma pedra bonita à beira da estrada.
Parou e ficou contemplando os contornos da pedra. As flores que a rodeavam e o
sol que batia pareciam deixá-la mais bonita ainda. Ele pensava: Esta é a pedra
em que Jesus sentou-se para nos dar o presente das bem-aventuranças.
Ali
perto, havia um rapaz trabalhando na roça, e viu a cena. Após uma hora, o jovem
perdeu a paciência, foi até o mestre e disse-lhe:
-
Estou, há algum tempo, observando o senhor parado diante desta pedra, e às
vezes sorrindo. Sinceramente, não encontro um motivo que me leva a pensar que o
senhor não está perdendo tempo.
O
mestre voltou-se para ele e disse:
-
Eu olho para esta pedra e vejo Jesus Cristo sentado nela. Você olha para a
mesma pedra e nada vê, e ainda fica julgando quem a contempla. Para se tornar
um sábio, meu filho, é preciso que você veja e sinta com o coração. Só assim
você pode ver, até numa pedra, a presença de Deus o abençoando.
O
essencial é invisível aos olhos e só se pode ver com o coração.
No
Rosário, aprendemos de Maria a contemplar as belezas do rosto de Cristo.
Os animais nos ensinam
Certa
vez, um rapaz estava decepcionado com a sociedade, devido à frieza diante dos
sofrimentos do próximo.
Um
dia, andando numa floresta, viu que uma pequena lebre levava comida a um enorme
tigre ferido que não podia cuidar de si mesmo. Ficou tão impressionado com a
cena que voltou no dia seguinte para ver se o comportamento da lebre era casual
ou habitual.
Com
grande surpresa, pôde comprovar que a cena se repetia. A lebre deixava um bom
pedaço de carne perto do tigre. Passaram-se os dias e a lebre continuou agindo
da mesma maneira, até que o tigre recuperou suas forças e pôde procurar sua
própria comida.
Admirado
com a solidariedade entre os animais, disse a si mesmo: “Nem tudo está perdido.
Se até os animais são capazes de se ajudar, muito mais poderemos fazer nós,
seres humanos”.
E
decidiu fazer uma experiência: Deitou-se no chão, fingindo que estava ferido e
ficou esperando que alguém parasse para ajudá-lo. As horas se passaram, chegou
a noite e ninguém se aproximou para socorrê-lo.
Já
ia levantar-se, mais decepcionado que antes com a insensibilidade da sociedade,
quando sentiu dentro de si todo o desespero do faminto, a solidão do doente, a
tristeza do abandonado. Seu coração estava desolado, quase não conseguia mais
levantar-se.
Naquele
instante, ouviu uma voz dentro de si, dizendo: “Se você quer sentir que a vida
vale a pena, se quer continuar acreditando na humanidade, deixe de se fazer de
tigre e seja como a lebre”.
O
sim de Maria foi a porta pela qual o Filho de Deus veio e nos salvou.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
A escola dos bichos
Certa
vez, vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso, reuniram-se e
começaram a escolher as disciplinas.
O
pássaro insistiu para que houvesse aulas de voo. O esquilo achou que a subida
perpendicular em árvores era fundamental. E o coelho queria, de qualquer jeito,
que a corrida fosse incluída.
E
assim foi feito. Incluíram tudo. Mas cometeram um grande erro. Insistiram para
que todos os bichos aprendessem todas as disciplinas oferecidas.
O
coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo
a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: “Voe, coelho!” Ele saltou lá de
cima e “pluft”... Coitadinho! Quebrou as pernas. Além de não aprender a voar,
acabou sem poder correr.
O
pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como o tatu.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, nem mais cavar
buracos.
Todos
nós somos diferentes uns dos outros, e cada um tem uma ou mais qualidades
próprias, dadas por Deus. Não podemos exigir ou forçar que as outras pessoas
sejam parecidas conosco ou tenham nossas habilidades.
Se
assim fizermos, acabaremos fazendo com que as pessoas sofram e, no final,
percam até os dons que tinham. Respeitar as diferenças é amar as pessoas como
são.
Entre
todas as homenagens que se presta a Maria, não existe outra mais agradável a
ela que o Rosário.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
Pardal quer voar como águia
Havia,
certa vez, um pardal que admirava muito uma águia, sua vizinha. O voo dela era
preciso, perfeito e enchia os olhos do pequeno pássaro. Ele sentia vontade de
voar como a águia, mas não sabia como fazê-lo. Todavia, não se cansava de
segui-la, por entre as árvores, só para contemplar tamanha beleza.
Um
dia, ele estava entre as árvores, admirando o voo da águia, esta veio e
assentou-se à sua frente. De tanto emoção, o pardal ficou desnorteado e caiu no
chão. Quando abriu os olhos, viu aquela grande e bela ave bem à sua frente,
observando-o. A águia disse-lhe:
-
Por que você está me vigiando?
-
Quero ser um pássaro como você, mas meu voo é baixo, porque minhas asas são
curtas.
-
E como você se sente, já que não consegue realizar seu sonho?
O
pardal suspirou, olhou para o chão e continuou:
-
Todos os dias acordo muito cedo para ver você voar e caçar. Você é única, é
bela. Passo o dia observando você.
-
E não voa? Indagou a águia.
-
Sim. Mas a grande verdade é que gostaria de voar como você. Acredito,
entretanto, que não tenho forças para suportar o vento das alturas.
-
Caro pardal! A natureza de cada um de nós é diferente. Aceite-se como é,
desenvolva seus dons e será feliz como eu sou feliz.
Maria
dá carnalidade à Igreja, e a plenifica como Família de Deus.
(Fonte:
Pe. Jesus Bringas)
O Senhor é o meu Pastor
Certa
vez, na Europa, um sacerdote estava passando uns dias de férias numa região
rural. Caminhando pelos campos, encontrou um menino, pastor de ovelhas,
apascentando um rebanho. Descobriu que o garoto não sabia nada de Deus, da
Bíblia, da Igreja, nem de Cristo, o Bom Pastor.
Então
o padre resolveu ensinar-lhe o Salmo 22, que fala do Bom Pastor. O menino
gostou muito e quis decorá-lo.
Para
facilitar a memorização, o padre sugeriu associar cada versículo com um dos
dedos da mão direita. Assim, ao dizer cada versículo, ele seguraria com a mão
esquerda aquele dedo correspondente. Terminadas as férias, o padre foi embora.
No
verão seguinte, voltou à mesma região. Caminhando pela redondeza, resolveu
entrar em uma casa para pedir um copo d’água.
Enquanto
a senhora estava buscando a água, ele ficou observando um retrato afixado na
parede. Quando ela voltou, o padre comentou que aquele adolescente da foto
parecia-se com o menino que ele havia encontrado no ano anterior.
A
mulher explicou que aquele era seu filho e morrera no último inverno, em meio a
uma tempestade de neve. Morreu procurando uma ovelha extraviada.
O
padre lembrou-se do interesse dele pelo catecismo e que lhe ensinara o Salmo
22. Contou também a técnica que usou para ajudá-lo a memorizar os versículos do
Salma. A mãe comentou:
“Então,
há uma coisa que talvez o sr. possa explicar-me. Ao ser encontrado, vimos que o
corpo dele havia caído num precipício e estava congelado. Mas, com a mão
esquerda, ele segurava fortemente o quarto dedo da mão direita.”
O
padre recitou para ela o quarto versículo: “Se eu tiver de andar por vale
escuro, não temerei mal nenhum, pois comigo estás. O teu cajado me dá
segurança”.
Deus
nunca nos deixa, mesmo que as situações de nossa vida sejam desfavoráveis. Ele
está sempre conosco.
Precisamos
imitar Maria na sua total e alegre disponibilidade a Deus.
(Fonte:
Gesiel Júnior)
O passeio superficial
Certa
vez, uma família fez um passeio de três dias a um lugar muito bonito, a fim de
conhecer as paisagens e obras de arte. Eram o pai, a mãe e um garoto
adolescente. Prepararam-se, inclusive financeiramente, durante dois meses.
Lá,
o menino não saia do celular, ouvindo música ou navegando na internet. E os
pais tiravam fotos o tempo todo. Assim, viram as belezas apenas
superficialmente e não as contemplaram.
Faltava,
nesta família, algo essencial na vida: Viver o agora, o tempo presente. Quem se
apega ao passado, ou ao futuro, apenas vegeta, passa pela vida e não vive.
O
passado já está nas mãos de Deus. Para nós, ele é algo irreal. Também o futuro,
pois ainda não chegou às nossas mãos. Viver no passado ou no futuro é como
estar morto.
Claro
que houve coisas maravilhosas no nosso passado, que nos deixaram lições para a
vida. Mas não é real, já foi. Também devemos planejar o futuro, mas este ainda
não chegou, portanto é apenas uma noção na nossa cabeça. E enquanto vivermos no
futuro ou no passado, não estaremos agora, não estaremos aqui.
Estamos
neste mundo como em um mar revolto. Maria, nossa Mãe, é ao mesmo tempo o
estrela do mar e o carinhoso apoio na luta.
A alegria nasce dentro de nós
Havia,
na segunda guerra mundial, um prisioneiro que era torturado diariamente pelos
soldados nazistas. Um dia, mudaram-no de cela. No novo cubículo havia uma
claraboia por onde ele podia ver um pedaço do céu azul durante o dia, e algumas
estrelas à noite. O homem sentiu-se extremamente feliz com a sorte que teve.
Outro
prisioneiro, do mesmo campo de concentração, era acordado às quatro da manhã e
davam-lhe um pedaço de pão. Ele pensou: É melhor eu guardar um pouco deste pão,
porque posso precisar à noite. Não estou conseguindo dormir de tanta fome. Ele
assim fez e conseguiu dormir, depois de trabalhar o dia todo em trabalho
forçado.
Hoje
tive uma boa noite, rezou ele de manhã, cheio de alegria. Comendo o pão,
consegui dormir. Sou feliz.
E
você, pode ver apenas algumas estrelas, ou todo o céu estrelado? Precisa dividir
seu pão para não passar fome? Além disso, somos livres, podemos ir aonde
quisermos. Vamos, então, ser alegres e felizes.
A
alegria e a felicidade não dependem apenas de fatores externos. Elas são
predominantemente subjetivas.
“Alegrai-vos
sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos! Seja a vossa amabilidade conhecida de
todos. O Senhor está próximo. Não vos preocupeis com coisa alguma” (Fl 4,4-6).
Maria
é a figura e o modelo da Igreja.
O mundo tem a cor que você pinta
Certa
vez, um grande missionário entrou em uma cidade para evangelizar. Um dos
habitantes aproximou-se dele e disse:
-
Sr. padre, não há nada, exceto estupidez nesta cidade. Ninguém quer aprender
nada. O sr. não vai conseguir convencer nenhum desses corações de pedra.
O
missionário respondeu:
-
Você tem razão.
Logo
depois, outra pessoa que morava ali aproximou-se do missionário e disse, cheia
de alegria:
-
Sr. padre, o sr. está em uma cidade abençoada. O povo anseia receber a Palavra
de Deus.
O
missionário, com alegria, respondeu:
-
Você tem razão.
Um
companheiro do missionário disse-lhe em particular:
-
Como pode isso? O sr. disse aos dois cidadãos que eles têm razão, sendo que as
opiniões foram contrária!
O
missionário respondeu:
-
Cada um vê o mundo do jeito que espera que seja. Por que deveria eu refutar? O
primeiro é pessimista e vê o mal. O segundo é otimista e vê o bem. Nenhum deles
disse a verdade completa, mas apenas um aspecto dela. Isso sem perceberem.
Alegrai-vos!
Cristo ressuscitou. O bem venceu o mal; a verdade venceu a mentira; O otimismo
venceu o pessimismo; a vida venceu a morte!
“Maria
me acompanha cada dia no cumprimento da minha missão de sucessor de Pedro” (S.
João Paulo II)
Tática para não xingar
Havia
um senhor que tinha o costume de xingar, falando até palavrões. Sabia que Deus
não gostava, mas... como parar?
Um
dia, um amigo deu-lhe uma sugestão: Depois de cada xingo, ponha uma pedrinha no
bolso. Assim você saberá, ao menos, quantas vezes xingou nesse dia. Também
saberá se está melhorando ou piorando, ao confrontar com os dias anteriores.
Ótima
ideia, respondeu ele. No dia seguinte, ao voltar do trabalho na roça, o bolso
estava cheio de pedrinhas. Ao lavar sua roupa, a esposa reclamou, porque o bolso
estava muito sujo. O marido não quis explicar o motivo, apenas ouviu com
paciência.
Dias
depois, a mulher percebeu que a sujeira estava diminuindo. Percebeu também, com
alegria, que o esposo já não falava muitos palavrões, nem xingos. Então ele lhe
explicou a tática.
“De
vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente palavras boas,
capazes de edificar e de fazer bem aos ouvintes. Não entristeçais o Espírito
Santo, com o qual fostes marcados!” (Ef 4,29-30).
Todo
católico experimenta diariamente a presença amorosa da Mãe do Céu.
Nossas sensações são em parte subjetivas
Certa
vez, um mestre fez com seus discípulos a seguinte experiência: Colocou sobre a
mesa três vasilhas e esquentou água até quase ferver. Encheu a vasilha da
esquerda com água gelada, colocou a água bem quente na vasilha da direita, e na
do meio pôs metade quente metade fria.
Em
seguida, pediu para um discípulo introduzir uma das mãos na vasilha da esquerda
e a outra na da direita. Após alguns segundos, pediu que colocasse as duas mãos
na vasilha do meio. O jovem disse que, na mão que veio da água quente, esta
água parecia fria. Já na outra mão que vinha da água gelada, esta do meio
parecia quente.
Apesar
de a água que estava no meio ser a mesma, produziu sensações diferentes devido
aos lugares de onde vieram as duas mãos. Tudo depende das nossas experiências
anteriores, ou, como dizemos, do nosso estado de alma.
A
mesma realidade é sentida diferentemente por cada um, dependendo da situação
anterior da pessoa. O que um indivíduo vê como negativo e ruim, pode ser
positivo e bom para outro. Isso nos ensina a aceitar as diferenças entre as
pessoas, pois são, em grande parte, subjetivas, dependendo do passado.
Humilhemo-nos
diante de Deus como Maria: Eis aqui a escrava do Senhor; faça de mim o que o
Senhor quiser.
A falta de comunicação
Havia,
certa vez, dois colegas de faculdade que não se viam há três anos. Depois de
formados, Vinicius mudou-se para a capital e João Paulo continuou na pequena
cidade do interior.
Certa
manhã, João Paulo ouve a campainha e, que bela surpresa! Vinicius estava ali.
João Paulo estranhou apenas o fato de, ao lado do amigo, estar um grande
cachorro pastor alemão, aparentemente muito bravo. De qualquer maneira, não
disse nada.
Enquanto
trocavam um forte abraço, o cão entrou na casa. João Paulo ficou apreensivo,
mas não quis se indispor com o amigo. Entraram na sala e começaram a contar as
novidades.
Logo
ouviram um barulho vindo da cozinha, alguma coisa foi derrubada e se quebrou. A
única reação foi um sorriso amarelo do dono da casa. Mas João Paulo permaneceu
indiferente e continuaram contando as novidades.
Rapidamente,
o cão salta por cima do sofá, deixando a marca de suas patas sujas. Bate numa
mesinha e derruba um belo vaso de porcelana. Os amigos se entreolham, tensos,
mas fingindo não ser nada importante.
E
o cachorro andando de um lado para o outro, fazendo arte na casa. O tempo
passou e já começava a escurecer. Vinicius se despediu e ia caminhando em
direção à porta. Nesse momento, João Paulo perguntou-lhe:
-
Você não vai levar o seu cão?
-
Não é meu! respondeu Vinicius admirado. Quando cheguei, ele se aproximou, me
cheirou e ficou do meu lado até você abrir a porta. Como você não falou nada e
o deixou entrar, achei que fosse seu.
Constantemente
acontecem situações semelhantes, ou cometemos erros, por confiar nas aparências
e assim pressupor coisas que não são a realidade. Isso, por falta de
comunicação. Quanto mais nos comunicarmos, mais eficientes seremos. (Fonte:
Pe. Odair Ângelo)
O
canto da humanidade é o Magnificat, assim como a sua oração é o Pai Nosso.
Líder: Severo ou benevolente?
Em
um pequeno país, havia um rei que vivia bastante preocupado com a maneira de
governar seu povo. Um dia ele foi a um famoso sábio pedir orientação.
Disse-lhe:
-
Devo ser severo com meus súditos, para que mantenham o respeito e nunca se
rebelem contra mim, ou devo ser amoroso, fazendo-lhes as vontades, para que
tenham grande carinho para comigo?
O
sábio respondeu:
-
Qual o objeto que vossa majestade mais aprecia?
-
São dois vasos chineses, muito valiosos, respondeu o rei.
-
Traga-os.
Mesmo
sem compreender, o rei atendeu o pedido e mandou trazer os dois vasos.
Vendo-os, o sábio disse:
-
Tragam dois baldes cheios de água. Um deles com água fervendo e o outro com
água bem gelada, e despejem um em cada vaso.
Prevendo
o que iria acontecer, o rei interveio rapidamente:
-
Por favor, não faça isso, pois assim os dois vasos vão se rachar!
-
Exatamente, respondeu o sábio. Assim será com o reino. Se agir com severidade
excessiva, ou com muita benevolência, não será um bom rei. Vossa majestade deve
saber dosar a severidade com a benevolência, para exercer sempre uma autoridade
saudável.
Liderar
com sabedoria e equilíbrio é uma ação muito difícil, mas quando encontramos o
ponto exato, tornamo-nos grandes líderes. A água fervendo estoura o vaso, assim
como a nossa ação violenta destrói a auto estima dos subordinados. A água
gelada trinca o vaso, assim como nosso excesso de benevolência e proteção
acomoda as pessoas, impedindo-as de serem criativas e autônomas.
O
melhor culto que podemos dar a Maria é imitá-la em suas grandes virtudes
O líder toma a frente
Todos
já ouvimos falar de Napoleão Bonaparte e de sua grande fama como líder, apesar
de seus objetivos serem injustos, pois eram guerras na maioria de conquista.
Conta-se que, certa vez, Napoleão deveria enfrentar um exército três vezes
maior que o seu. Para piorar, o armamento do inimigo era muito melhor.
Enquanto
seus soldados se preparavam para a batalha, ele anunciou que iria à frente,
conduzindo seus homens.
Muitos
tentaram convencê-lo do contrário, dizendo que era loucura diante da situação
de grande inferioridade do seu exército. Diziam que a batalha seria difícil e
perigosa, que ele não poderia se arriscar, pois era o líder maior.
Napoleão
respondia:
-
Eu vou, nada pode mudar isso. Porque é mais fácil puxar do que empurrar.
De
fato, é mais fácil guiar do que consertar. Um líder deve estar sempre disposto
a tomar a frente, a guiar a sua equipe, especialmente nos momentos de crise. É
nesses momentos que se conhece o verdadeiro líder. Ele não teme ser alvo, pois
confia em sua capacidade, e isso faz a diferença entre a sua equipe e as
demais.
“Depois
de lavar os pés dos discípulos..., Jesus disse: ‘Vós me chamais de Mestre e
Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,12-14).
Um
verdadeiro devoto de Maria não se perde. (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
A força do amor a Deus
Santa
Luzia viveu no Séc. III, em Roma. Naquele tempo, o imperador de Roma era
Diocleciano, um dos mais cruéis perseguidores dos cristãos.
Era
uma jovem muito bonita, especialmente seus olhos eram encantadores. Um rapaz
pagão, de família influente em Roma, apaixonou-se por ela. Entretanto, Luzia
tinha feito o voto de virgindade, consagrando-se perpetuamente a Jesus Cristo.
Mas seu voto era particular, só entre ela e Cristo.
Diante
da recusa definitiva da moça, sem dizer por quê, a paixão do rapaz
transformou-se em ódio do mesmo tamanho. E denunciou Luzia como cristã.
Os
cristãos de Roma praticavam ocultamente a sua fé, pois era crime, cuja pena era
a morte. Luzia, após recusar mudar sua fé, recebeu a pena de ser degolada. No
ato, o rapaz estava junto. Ela pediu que o carrasco, antes, lhe arrancasse os
olhos e colocasse-os em um prato, para que ela os desse ao moço.
“O
amor é forte, é como a morte. Suas chamas são chamas de fogo, faíscas de Deus
no mundo. As águas da torrente jamais poderão apagar o amor, nem os rios
afogá-lo” (Ct 8,6-7). Foi esse o amor de Jesus ao Pai, de Maria a Deus, de
Luzia e de tantos cristãos em todos os séculos e lugares da terra.
O
amor torna fácil o que é difícil. Ele “tudo desculpa, tudo espera, tudo crê,
tudo suporta” (1Cor 13,7).
Se
você tem um defeito que lhe parece insuperável, reze todos os dias uma Ave
Maria e verá que em pouco tempo ele desaparecerá.
A lição do joão de barro
Quando
precisa fabricar seu ninho, o joão de barro parece ficar inteligente.
Transforma-se em engenheiro. Faz 800 viagens, buscando barro e palha para o seu
palacete. Leva 20 dias na construção.
O
vento e a chuva não penetram, porque há uma parede interna, com entrada
lateral, não na direção da porta externa, e isso protege os filhotes lá dentro.
Ele é tão caprichoso que não se contenta em ter uma casa própria. Todos anos,
na época do ninho, fabrica outro palacete, numa árvore e numa paisagem
diferentes.
Com
isso, Deus nos ensina muitas coisas: O amor ao nosso lar, a proteção dos
filhos, a vida em família...
“A
perfeição invisível de Deus... é claramente conhecida através das suas obras,
desde a criação” (Rm 1,20). “Quando olho para o teu céu (e a terra), obra de
tuas mãos, o que é o homem, Senhor, para dele te lembrares?” (Sl 8,4-5).
Quem
é devoto de Maria, com toda a certeza se torna amante do seu Filho.
O segredo da boa liderança
Certa
vez, em um pequeno reino, um jovem herdou do pai a coroa. Mas logo percebeu que
seu governo estava conduzindo os negócios ao fracasso, enquanto, no tempo de
seu pai, só havia prosperidade.
Procurou
um sábio que morava bem distante. Ao explicar-lhe o que estava acontecendo, o
sábio nada respondeu. Apenas sorriu e convidou-o a fazer uma caminhada pelo
bosque. Andaram até o rio e ali ficaram por um bom tempo, contemplando o
movimento das águas.
A
noite chegou e fizeram uma fogueira. Sentados ao lado da fogueira, não
pronunciaram nenhuma palavra, apenas contemplavam as chamas. Quando o fogo
apagou, o mestre perguntou ao jovem rei:
-
Entendeu a diferença entre você e seu pai no modo de governar o povo?
Surpreso,
o jovem rei disse que não havia entendido nada. Então o sábio explicou:
-
Reflita sobre o que acabou de ver. O fogo é forte e poderoso. Nenhum animal ou
árvore se iguala-se a ele em força. Facilmente ele toma conta de um grande
espaço e destrói tudo.
O
rio, ao contrário, começa muito pequeno, apenas um fio de água na montanha. Ele
é sutil e vai descendo de mansinho, por vezes enfrentando terrenos adversos e
obstáculos, mas sempre vencendo.
No
final, o que vemos? Do poderoso fogo, apenas cinzas. Seu poder destruiu tudo a
sua volta. E em sua própria força ele se consome. A água é diferente. Ela é
calma, sutil e vai se fortalecendo com o tempo, conforme vai fazendo seu
caminho. Ao longo do percurso, o rio cresce e também a vida ao seu redor.
O
reizinho entendeu a sábia lição que vem da natureza. Não governar de modo forte
como o fogo, mas sutil como o rio.
Existem
líderes orgulhosos, arrogantes e autoritários, que confiam excessivamente em si
mesmos e acabam por consumir tudo ao seu redor. Por outro lado, há os que são
humildes, que sabem integrar-se com os membros da equipe, e assim vão crescendo
e se tornando cada vez mais fortes.
São
estes que conseguem os melhores resultados, porque vão, à medida em que
caminham, aprendendo. E sua equipe de trabalho sente-se feliz porque encontra
espaço para colocar em prática seus talentos.
O
Terço é uma oração recomendada por todos os papas. (Fonte: Darlei
Zanon)
A carta muito especial
Certa
vez, uma senhora, chamada Ruth, olhou na caixinha do correio ao lado do portão
de sua casa e encontrou um envelope, com o seu nome, mas sem selo nem
remetente. Abriu-o e dentro havia uma carta dizendo:
“Querida
Ruth, estarei próximo de sua casa no sábado à tarde, e passarei aí para
visitá-la. Com amor, Jesus.”
Ruth
ficou maravilhada. Por que o Senhor quer visitar justamente a mim? Não sou
ninguém especial!”
No
entanto, foi ao supermercado e fez compras, a fim de preparar um jantar para o
ilustre visitante. Sobraram-lhe apenas três Reais.
No
sábado de manhã, varreu a casa, colocou flores... Pelas duas horas da tarde,
apareceu na sua porta um casal pedindo ajuda. Ele disse que estava
desempregado. Ruth falou:
-
Só tenho três Reais, serve?
Eles
aceitaram. Como fazia frio, Ruth deu a cada um, um agasalhos. Ficaram muito
contentes e foram embora.
Pelas
quatro da tarde, Ruth olhou novamente na caixinha do correio e viu outra carta.
Pegou-a e abriu. Estava escrito:
-
Querida Ruth, obrigado pelos agasalhos e pelos três Reais que você me deu. Com
amor, Jesus.
“Então
o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: todas as vezes que fizestes isso a
um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt
25,40). Nem sempre Deus chega nos momentos em que o esperamos.
O
Terço, em sua simplicidade e profundidade, é um verdadeiro compêndio do
Evangelho.
Rei testa candidatos ao trono
Havia,
na antiguidade, um pequeno país que era governado por um rei que não tinha
filhos. Quando estava já idoso e doente, preocupou-se com a sucessão. Não
queria que, após a sua morte, o reino fosse governado por uma pessoa indigna do
cargo, fazendo o povo sofrer.
E
ele tomou uma decisão radical. Convocou todos os jovens qualificados do reino a
comparecerem no palácio para uma entrevista com o rei. A entrevista serviria
para selecionar o sucessor para o trono.
A
única exigência era que os candidatos apresentassem duas qualidades: Amor a
Deus e amor aos seres humanos de todas as classes e raças.
Um
jovem recebeu o aviso e refletiu sobre a exigência. Constatou que amava a Deus
e a todos os seus vizinhos, sem exceção. Mas ficou triste, pois era pobre e não
tinha roupas adequadas para ir ao encontro do rei. Também não tinha dinheiro
suficiente para a viagem. Mas os seus parentes e vizinhos se uniram, até que
conseguiu o bastante para ele comprar as roupas e empreender a viagem.
Após
preparar tudo, partiu em direção ao palácio, pensando na possibilidade de ser o
novo soberano.
Mas,
quando se aproximava do palácio, o jovem encontrou-se com um mendigo, que
estava com fome e frio, pois vestia apenas alguns farrapos. Ao ver o passante,
o mendigo estendeu a mão e pediu:
-
Tenho fome e frio. Por favor, me ajude!
O
moço ficou comovido pelo pedido do mendigo e de imediato tirou a roupa nova,
deu ao homem, e vestiu a roupa velha que trazia consigo. Pegou também o pedaço
de pão que trazia e lhe deu.
Depois
de ver o mendigo comer e sentir-se melhor, o jovem pensou se iria ou não seguir
viagem, pois já não tinha roupas dignas. Mas, como estava perto, continuou a
viagem.
Chegando
ao palácio, quase não o deixaram entrar. Aproximando-se do rei, curvou-se e, ao
levantar os olhos ficou confuso e disse:
-
Perdão, majestade, mas tive a impressão de que havíamos nos encontrado antes.
-
Sim, já nos conhecemos, respondeu o rei. Aquele mendigo da estrada era eu. Eu
queria descobrir se você realmente ama a Deus e aos seres humanos. Se eu me
apresentasse a você como rei, eu nunca saberia se a sua ação seria sincera ou
por interesse. Mas como você ajudou um pobre miserável, eu tenho a certeza de
que traz o amor dentro de si e é digno de ser o meu sucessor.
O
nome de Maria é alegria para o coração, mel para os lábios e melodia para os
ouvidos.
A estranha tarefa escolar
Uma
pequena cidade do interior, cujos habitantes eram todos camponeses, tinha a sua
escola. Um dia, a escola ganhou uma verba do governo para ser investida em
passeios culturais. Os alunos ficaram entusiasmados.
Mas,
como a verba não era suficiente para todos, os professores resolveram
aproveitar a oportunidade para movimentar os alunos. Fizeram uma lista de
tarefas. Quem conseguisse realizar com sucesso a sua tarefa, poderia viajar.
As
tarefas eram variadas, e uma era especial. Ela caiu para o Joaquim, um aluno
impaciente e irrequieto, e por isso tinha notas baixas. Sua tarefa: “Trazer uma
colmeia de forma perfeita, cujo mel seja muito doce e nunca se acabe”.
Joaquim
ficou decepcionado: onde encontrar tal colmeia? Mesmo assim, começou a procurar
a tal colmeia, cujos favos não perdiam a doçura. Depois de muita procura,
resolveu pedir ajuda ao seu avô.
Este
olhou com carinho para o neto e disse:
-
Eu posso ajudá-lo, mas só amanhã, se você seguir as orientações que lhe darei.
-
Combinado, disse o garoto.
-
Quando você chegar em casa, peça a sua mãe que prepare a refeição, que lhe
ajude nas outras tarefas escolares e lhe conserte esta camisa, e que lhe dê um
abraço e conte a você uma história antes de dormir. Amanhã voltamos a conversar.
Joaquim
não entendeu direito a tarefa. Isso era o que a sua mãe fazia todos os dias!
Mas foi para casa e fez tudo como o avô havia falado. No outro dia, antes mesmo
de falar com o avô, o menino já pulava de alegria.
-
Encontrei, encontrei – gritava.
Pegou
no braço de sua mãe e pediu que ela o acompanhasse até a escola. Ao chegar,
disse aos professores:
-
Aqui está a colmeia perfeita, cuja doçura á enorme e por mais que dê de seu mel
(amor), ele nunca acaba.
O
amor que a mãe tem pelo filho, ou pela filha, é incondicional e sem limites.
Ela é capaz de qualquer coisa. E o faz sempre com um sorriso e brilho nos
olhos. Realiza tudo com uma doçura que não tem fim.
“Maria,
quem poderá definir o encanto que há no espelho do teu olhar? O teu sorriso de
Mãe parece abrir-se em flor nosso coração.” (Fonte: Darlei Zanon)
O Apóstolo do Brasil
S.
José de Anchieta, jesuíta, nasceu na Espanha, nas ilhas Canárias, em 1534. Logo
adolescente foi estudar na cidade de Coimbra, em Portugal. Quando tinha 16
anos, diante de uma imagem de Nossa Senhora, fez o voto de castidade,
consagrando sua virgindade à Virgem Maria. Logo ingressou na Companhia de
Jesus, os jesuítas.
O
Pe. Manoel da Nóbrega, que já estava no Brasil, chamava os jesuítas para cá.
Apesar de doente, sofria um problema sério na coluna, Anchieta, que era noviço,
aceitou o convite. No Brasil, dedicava-se à educação dos índios. No começo,
estes eram arredios, mas quando percebiam a intenção do jovem, acolhiam-no. Ele
fez uma gramática da língua tupi, que dominou em apenas um ano.
A
pé ou de barco, Anchieta viajou por quase todo o País, pregando missões e
catequisando.
Em
1554, participou da Missa de inauguração do Colégio S. Paulo, que deu origem à
cidade de S. Paulo. O local é chamado hoje Pátio do Colégio. Suas Missas eram
celebradas ao ritmo de tambores, do jeito que os índios gostavam. Combatia
ferrenhamente os abusos cometidos pelos colonizadores portugueses contra os
indígenas.
Perseguidos
pelos franceses, os jesuítas esconderam-se. Anchieta foi para a aldeia de
Iperoig (atual cidade de Ubatuba), onde se tornou refém dos índios durante
cinco meses. Durante o cativeiro, o padre sofreu a tentação da quebra da
castidade, uma vez que era costume entre os índios oferecer mulheres aos
prisioneiros. Para vencer, e como oração a Maria, Anchieta escreveu na areia o
Poema da Virgem.
Anos
depois, em 1566, fundou o povoado de Reritiba, atual Anchieta, que fica no
Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial dos jesuítas no Brasil, cargo
que exerceu por nove anos. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, onde
permaneceu até o seu falecimento, dia 09/06/1597. Foi canonizado pelo Papa
Francisco, dia 03/04/2014.
“Como
são belos, sobre as montanhas, os pés do mensageiro que leva a paz!” (Is 52,7).
S. José de Anchieta, rogai por nós.
Quem
quer parecer-se com Jesus, imite o seu amor ao Pai celeste e a sua Mãe
imaculada.
Amor que se sacrifica
Havia
uma senhora esposa que gostaria muito de ter um filho, mas este não vinha. Um
dia, ela viu seu sonho realizado. Recebeu dos braços da enfermeira um lindo
bebê.
Mas
qual não foi a sua surpresa, quando notou que a criança havia nascido sem
orelhas! Preocupada, perguntou ao médico se o menino tinha audição perfeita.
Foram feitos os exames e ficou comprovado que o aparelho auditivo era normal.
A
mãe, conformada, levou o filhinho para casa. Seu amor por ele não diminuiu.
Mas, à medida que o menino crescia, sua mãe observava o tratamento que outras
crianças lhe davam. Com frequência o filho voltava para casa chorando! Isso era
como uma punhalada no coração daquela mãe.
Consultou
o médico novamente, perguntando se algo poderia ser feito. O doutor disse que,
se encontrassem alguém que doasse um par de orelhas, poderia ser feito um
implante. Isso, porém, só depois que o filho chegasse aos 21 anos.
Os
anos se passaram e, um dia, os pais comunicaram a alvissareira notícia de que
tinham encontrado alguém para doar as orelhas.
A
operação foi bem sucedida e, qual não foi a alegria do rapaz ao olhar no
espelho e ver que era como todos os colegas. Voltou-se para a mãe e perguntou
quem foi o doador.
-
Ah! Meu filho, agora não posso revelar-lhe. Um dia você saberá.
Passaram-se
os anos, o jovem casou-se e teve filhos, todos normais.
Vários
anos depois, tiveram uma grande tristeza: A mãe faleceu. Na sala funerária, pai
e filho olham, pela última vez, o corpo inerte daquela senhora tão bondosa.
Depois
que todos saíram, o pai disse ao filho:
-
Venha comigo despedir-se de sua mãe.
Os
dois se aproximaram do esquife e, para surpresa do filho, o pai puxa de lado os
longos cabelos negros de sua esposa e o filho observa, pela primeira vez, que
sua mãe não tinha mais orelhas.
Quem
ama é capaz de sacrificar até a própria vida pela pessoa amada.
“Acaso
uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que
alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!” (Is 49,15). Deus nos ama
tanto que doou, não só as orelhas, mas seu corpo inteiro por nós. Que não
joguemos fora esse presente!
O
Rosário é uma oração ao mesmo tempo simples e profundamente teológica e rica em
conteúdos bíblicos. (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
A vida tem a cor que você pinta
Havia,
certa vez, dois rapazes irmãos que faziam aniversário no mesmo dia, mas não
eram gêmeos. Um era muito otimista e o outro o contrário: extremamente
pessimista.
O
pessimista via tudo do lado negativo. Para ele, todas as coisas tinham defeito.
As pessoas, nem se fala. Por isso não confiava em ninguém.
Chegou
o dia do aniversário dos dois. O pessimista, ao acordar, encontrou ao lado do
seu travesseiro uma caixa de presente. Abriu, sem muita emoção, e encontrou a
chave de um carro 0Km. Começou então a lamentar: Agora vou ter de tirar carta,
fazer documentos e posso sofrer algum acidente... Isso não é um presente, é uma
tortura!
O
outro também, quando acordou, viu uma caixa ao seu lado. Ansiosamente pegou o
presente e foi logo abrindo, com um sorriso nos lábios. Seu coração batia de
emoção. Ao abrir a caixa, encontrou estrume de cavalo. Imediatamente saiu
gritando pela casa afora:
-
Ganhei um cavalo! Ganhei um cavalo!
Todas
as pessoas e coisas têm dois lados: O lado da sombra e o lado da luz.
Precisamos olhar o lado da luz, não o da sombra. Se assim fizermos, seremos
sempre alegres e transformaremos o asfalto em grama e os prédios numa flor
enorme. Não deixemos o desânimo nos abater, nem a alegria se apagar do nosso
rosto. A vida é da cor que você pinta.
“O
meu coração se alegra no Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador”
(Sl 28,7). (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
Continuadores de Jesus
Certa
vez, durante uma guerra, uma cidadezinha foi completamente destruída. Houve
milhares de mortos. Terminada a guerra, as pessoas buscavam reconstruir suas
moradias. Os dias se passaram e o trabalho árduo dos moradores foi
transformando as ruínas em novas casas.
Restava
agora restabelecer a igreja local, para que a Comunidade pudesse novamente se
reunir. Mais algum tempo e a igreja estava novamente em pé.
Havia,
antes das explosões, uma estátua de Cristo, estimada por todos e tida como
belíssima obra de arte. Era preciso restaurá-la. Vários artistas conseguiram
resgatar, em meio aos escombros, os pedaços da estátua e a colocaram novamente
em pé.
Apesar
de todos os esforços, não encontraram as mãos, que talvez se tivessem
transformado em pó.
O
tempo se passou e chegou o dia da inauguração do templo reconstruído. O povo
estava curioso para saber se as mãos do Cristo tinham sido encontradas. A obra
estava coberta com um enorme pano, para que, no momento oportuno, fosse
desvelada.
Por
fim, chegou a hora. O lençol foi retirado e lá estava ela, para surpresa de
todos, sem as mãos. Mas os restauradores foram criativos. No lugar das mãos,
havia a seguinte frase: “Eu não possuo mãos, só posso contar com as suas”.
Cristo
quer contar com as nossas mãos, pés, boca e inteligência, para continuar a sua
obra redentora. Vamos fazer o que ele fazia, falar do jeito que ele falava,
pensar como ele pensava e andar pelos caminhos dele.
“Não
sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Cristo
quer as nossas mãos para levantar os decaídos, e a nossa boca para evangelizar,
anunciando com alegria a Boa Nova do Reino de Deus.
O
Terço é uma armadura impenetrável que nos protege dos assaltos do mundo pecador
e do demônio.
A busca do mais forte
Certa
vez, um homem saiu a caminhar e encontrou o aço. Vendo que ele era muito forte,
disse:
-
Este é o ser mais forte que existe.
De
repente, viu que o fogo derretia o aço. Então disse:
-
O fogo é o ser mais forte.
Mais
na frente, viu que a água apagava o fogo. Ele concluiu:
-
O ser mais forte que existe é a água.
Mais
tarde, porém, percebeu que o sol havia secado a água. O homem então concluiu:
-
O sol é o ser mais forte.
Nesta
hora, veio uma nuvem q cobriu o sol. Ele disse convicto:
-
Eu creio na nuvem.
Logo
depois, percebeu que o vento levou embora a nuvem. O homem mudou seu
pensamento:
-
Eu creio no vento, que é mais forte que a nuvem.
No
entanto, viu que o vento esbarrava numa alta montanha e com o choque se
desfazia, sem que a montanha nem se movesse. Ele pensou:
-
É a montanha o ser mais forte.
Mas
um dia viu um homem, com um trator, desfazendo a montanha. O homem então
concluiu:
-
Eu creio no homem, que é o ser mais forte que existe.
Dias
depois, porém, viu que a morte levou embora o homem. Entristecido, ele disse:
-
A morte é o ser mais forte que existe.
Foi
quando alguém lhe contou que um homem morreu, mas depois ressuscitou,
destruindo o poder da morte. Esse homem é Jesus Cristo. Muito feliz, o homem
disse:
-
Agora descobri definitivamente: Jesus é o ser mais forte do mundo. Eu creio
nele e vou a fazer parte do seu grupo, por toda a minha vida.
O
bom é que nós também desfrutamos da derrota da morte realizada por Jesus.
Fazendo parte do grupo dele, a morte não tem nenhum poder sobre nós.
Quantas
pessoas passam a vida correndo atrás de dinheiro, de segurança pessoal e
de honras, e se esquecem de Jesus Cristo!
O
Terço nos leva a repassar os mistérios de Cristo com os olhos de sua Mãe.
O sentido do trabalho
Certa
vez, um eremita saiu para uma de suas peregrinações. No caminho, descendo a
montanha, viu um homem que quebrava pedras com uma marreta. Estava suado,
coberto de pó e com um semblante triste. O eremita perguntou-lhe
-
O que o senhor está fazendo?
-
Fui condenado pelo juiz, que me mandou quebrar pedras para pagar uma dívida.
O
peregrino seguiu seu caminho. Mais abaixo, viu outro homem também quebrando
pedras. Igualmente suado e coberto de pó, o homem mostrava amargura em seu
rosto. O monge fez-lhe a mesma pergunta. O homem respondeu:
-
Meu patrão me mandou aqui penar neste sol.
O
eremita continuou descendo a montanha. Por volta do meio dia, encontrou outro
homem quebrando pedras. Mas este estava alegre e cantava enquanto dava as
marretadas, não se importando com o sol escaldante. O monge aproximou-se dele e
dirigiu-lhe a mesma pergunta:
-
O que o senhor está fazendo?
O
homem, todo suado e coberto de pó, parou, apoiou a marreta e fez sinal ao
peregrino para que fosse com ele até onde havia alguns arbustos. Ali estavam
duas crianças brincando. Então disse-lhe:
-
São meus filhos. Estou garantindo o futuro deles.
O
amor dá sentido à vida e transforma o sacrifício em alegria. Todo trabalho é
pesado. Mas, quando o realizamos dentro do nosso ideal, ele se torna leve e
agradável.
“Meu
Pai trabalha e eu também trabalho” (Jo 5,17). “Jesus foi para Nazaré, a sua
terra. Quando chegou o sábado, ele começou a ensinar na sinagoga. Muitos
ficaram admirados, e diziam: ‘Onde foi que ele aprendeu tudo isso? Esse homem
não é o carpinteiro, filho de Maria e de José?” (Mc 6,1-3).
O
Terço nos ensina como se acolhe, se guarda e se vive cada Palavra de Deus e o
caminho para chegar até ele.(Fonte: Pe. Odair Ângelo)
Deu a vida pelos irmãos
Certa
vez, uma família estava passando férias na praia. O pai e o filho mais velho
ficaram tomando sol na areia, enquanto a meninada foi aproveitar as ondas. De
repente, o clima mudou e o mar ficou agitado. As crianças começaram a se
afogar. O pai, que não sabia nadar, gritou para o filho que estava com ele
-
Salve os seus irmãos!
Levando
uma boia, a rapaz enfrentou as ondas e conseguiu recolher todos, fazendo-os
apoiar-se na boia.
Mas
uma enorme onda ia pegar a todos. O moço, com todas as suas forças, empurrou a
boia para a praia.
Enquanto
empurrava, a onda o pegou e o arrastou para o fundo. As crianças foram salvas,
mas o jovem morreu afogado!
Reunidos
na praia, todos choraram muito. O pai, que também chorava, consolava as
crianças dizendo:
-
Ele é um herói! Mandei-o salvar vocês e ele conseguiu, mesmo perdendo a vida!
Esse
filho mais velho assemelha-se a Jesus Cristo, o qual, obedecendo ao seu Pai,
enfrentou todas as tempestades e nos salvou. Mas foi colhido pela onda do
orgulho daqueles que não suportavam a sua bondade para com os pequenos.
Ficou
o exemplo para nós: Compensa nos esforçarmos para salvar o próximo das
avalanches do mundo pecador, mesmo que, com isso, percamos a nossa vida
terrena.
O que adianta ganhar o mundo?
Havia,
certa vez, um homem que tinha muita vontade de ficar rico. Numa noite, enquanto
dormia, apareceu-lhe em sonho uma fada com uma moeda na mão e lhe disse:
-
Todas as vezes que você jogar esta moeda para cima, ela se tornará duas; apanhe
uma e jogue a outra, que se tornará duas novamente.
Ao
acordar, o homem viu-se com a moeda na mão e lembrou-se do sonho. Imediatamente
lançou-a para cima e realmente caíram duas. Apanhou uma e jogou a outra, que
também se tornou duas moedas, e assim sucessivamente.
Ele
não queria outra coisa senão jogar moedas para cima. Consequentemente, foi
ficando muito rico, e só tinha tempo para jogar moedas para cima.
O
tempo foi passando... Um dia, um homem bateu à sua porta e queria
transmitir-lhe um recado. Ele não foi recebê-lo, alegando muitos compromissos.
Dias
depois, apareceu outro, desejando falar-lhe. Também não o recebeu, alegando
muito serviço, ou seja, jogar moedas para cima.
Mais
tarde, apareceu-lhe um terceiro homem, querendo dirigir-lhe umas palavras. Não
pôde recebê-lo, alegando, como antes, trabalho demasiado.
Passadas
algumas semanas, surgiu um homem muito forte e robusto. O rico não quis
atendê-lo, alegando que precisava mais dinheiro. E continuou jogando moedas
para cima.
Desrespeitando
o recado do porteiro, o homem avançou palácio adentro, chegou à presença do
rico, que estava ao lado de um montão de moedas, e lhe disse:
-
A bondade, a misericórdia e a salvação bateram à sua porta. O senhor não quis
recebê-las. Eu sou a morte, vamos embora.
Assim
chegou o triste fim daquele homem que só pensava em adquirir posses e
descuidava dos valores mais importantes.
“O
que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Mc
8,36). Precisamos deixar o corre-corre da vida e dedicar-nos às coisas que nos
fazem eternamente felizes. Ninguém leva riqueza nenhuma dentro do caixão, para
o cemitério.
“Não
ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os
ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no Céu” (Mt
6,19-20). (Fonte: Pe. Odair Ângelo)
Bodas na cadeira de rodas
Certa
vez, numa Missa de domingo, aconteceu, no final, uma bênção de bodas de
casamento. Depois da Oração Pós Comunhão, o casal entrou. Mas pegou a
assembleia de surpresa, pois o marido uma cadeira de rodas com a esposa! Tanto
os dois como os familiares estavam muito felizes e alegres.
O
padre perguntou ao marido:
-
Há quanto tempo sua esposa vive nesta cadeira?
-
Há vinte e cinco anos, respondeu ele.
-
Como assim? Vocês não se casaram há 25 anos?
-
Exatamente. Faz vinte e cinco anos que nesta igreja pronunciamos o nosso sim
para toda a vida. Durante o almoço festivo, ela levou um choque elétrico e
ficou paralisada.
Todo
o povo ali presente aplaudiu emocionado. Após as palmas, o homem concluiu:
-
Se eu não tivesse casado com ela naquela ocasião, faria isso hoje.
Certamente
naquela casa reina a alegria, fruto da graça de Deus e do amor verdadeiro, que
opera maravilhas. Ele assume a querida esposa não como um peso, mas como um
presente de Deus.
Muitos
casais unem-se apenas pela aparência, pela beleza física, não por um amor
profundo. Mas Deus pensa diferente: “O homem deixará pai e mão e se unirá à sua
mulher, e eles serão uma só carne” (Gn 2,24). E Jesus conclui: “O que Deus
uniu, o homem não separe” (Mt 19,6).
O abraço à macaúba
Certa
vez, um homem estava em uma ilha de um rio, pescando. De repente, foi
surpreendido por uma inundação proveniente de uma barragem que tinha se
rompido.
Antes
que as águas o levassem, tomou uma medida. Só teve tempo de pegar a caixa de
isopor que tinha levado para transportar os peixes e amarrá-la à cintura, como
se fosse uma boia.
A
correnteza o levou rio abaixo e ele foi rolando, sem ter onde se agarrar. Se
fosse atirado contra uma pedra, certamente morreria.
Felizmente
viu, mais embaixo, uma macaúba bem firme, no meio daquelas águas. Ajudando com
os braços e as pernas, foi até ela e abraçou-a.
Mas
a macaúba estava cheia de espinhos por todos os lados. O pobre pescador viu-se
espetado em todas as partes do corpo. Se soltasse, iria arrebentar-se mais
abaixo, contra as pedras. O jeito era aguentar os espinhos. Foi um abraço longo
e doloroso, mas salvador.
Muitas
vezes, fugimos dos abraços, de medo dos espinhos. Mas frequentemente Deus nos
pede para abraçarmos, especialmente se a pessoa é um pobre, um enfermo ou um
familiar. Jesus abraçou a mulher adúltera e não se sujou. Abraçou o leproso e
não foi contagiado. Deus nos protege quando o abraço é dado por causa dele.
Não
só as pessoas, mas precisamos abraçar a cruz, que nos vem das mais diversas
formas, como fez Jesus.
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