HISTÓRIAS DE VIDA - JULHO
O
aniversário do primeiro beijo
Certa vez, um
jovem marido chegou em casa para o almoço e viu, sobre a mesa, um bolo todo
enfeitado. Sem saber o motivo, perguntou à esposa. Ela disse: “Querido, hoje é
o aniversário do nosso primeiro beijo!”
Como é bom a
família fazer festa! É uma oportunidade para dizermos aquelas palavras de
reconhecimento e agradecimento que raramente encontramos espaço para expressar.
A festa descontrai, alegra, renova o ânimo e recupera as forças para continuar
a luta da vida.
Jesus gostava
de participar de festas. Muitas de suas parábolas se referem a festas. “Todos
os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa” (Lc 2,41).
É próprio do
ser humano festejar. A dinâmica da vida é: Ver > julgar > agir > celebrar.
Até antes de terminar o empreendimento, é bom celebrar as pequenas vitórias no
meio da caminhada.
“Celebrarás a
festa do Senhor e te alegrarás na presença do Senhor teu Deus, com teus filhos
e filhas, escravos e escravas, e também c o estrangeiro, o órfão e a viúva que
moram em teu meio” (Dt 16,10-13).
A própria Missa
é uma festa, a festa da Boa Nova que Jesus nos trouxe.
Maria Santíssima,
nas Bodas de Caná, ajudou a abrilhantar a festa. Que nós também a imitemos.
A
ferramenta mais eficaz do diabo
Certa vez, foi
anunciado que o diabo deixaria o seu trabalho, e por isso queria vender suas
ferramentas. A data e o local da venda foram anunciados.
Quando chegou
o dia marcado, muita gente foi lá para ver que ferramentas o diabo usa para
levar as pessoas para o inferno.
Logo que
chegavam, viam as ferramentas expostas de uma maneira atraente, para despertar
o interesse dos compradores. Estavam ali a malícia, o ódio, a luxúria, a
inveja, o ciúme, a mentira, a fraude, a lisonja... Ali estavam todos os
instrumentos do mal que o diabo usa. Cada ferramenta tinha o seu preço afixado.
Andando pela
exposição, alguém encontrou, em um cantinho escuro, uma ferramenta. Ela tinha
aparência inofensiva e apresentava sinais de ser bastante usada. O preço era
altíssimo, o mais alto da exposição. E o nome da ferramenta: desânimo.
A pessoa
procurou o diabo e perguntou por que aquela ferramenta era tão cara. Ele
respondeu: “Porque ela me é muito útil. Os homens e as mulheres a aceitam
facilmente, pensando que ela é inofensiva. Eles nem percebem que ela pertence a
mim. E, depois que a acolhem, eu posso entrar dentro deles e agir à vontade, usando
as outras ferramentas que eu tenho para colocá-las dentro do inferno.
Vamos então
tomar cuidado com o desânimo, e nunca permitir que ele se instale em nós. Deus
está ao nosso lado, querendo nos ajudar. Ele é um amigo de poder infinito.
Recorrendo a ele, seremos “fortes na fé, alegres na esperança e solícitos na
caridade”.
Que Maria
Santíssima nos ajude, a fim de nunca cairmos na tentação do desânimo. Pelo
contrário, que usemos as poderosas ferramentas de Deus, para chagarmos ao Céu e
atrair outros para lá.
Os
monges e a moça
Certa vez, dois
monges, o mestre e um noviço, estavam viajando a pé. Chegaram à beira de um rio
e viram ali uma linda jovem querendo atravessar mas não conseguia, porque houve
uma grande enchente, as águas passavam por cima da pinguela, o rio não dava pé
e ela não sabia nadar. A moça pediu a eles: “Por favor, me levem até o outro
lado, eu preciso chegar em casa!”
O mestre a
pegou, colocou-a nas suas costas e atravessou a nado o rio. O noviço também
atravessou nadando. E os dois continuaram a viagem.
Três horas
depois, o noviço criou coragem e disse ao mestre: “A nossa regra nos proíbe
tocar em mulher. Como
que o senhor fez aquilo, atravessando aquela moça nas costas?”
O mestre
respondeu: “Eu deixei a moça lá na beira do rio. E você está trazendo-a consigo
até agora!”
Aí aparece
direitinho onde está a castidade. Ela está no nosso coração, não nos nossos
atos externos simplesmente. Se nós fazemos as coisas com reta intenção e querendo
agradar a Deus, ele nos protege e não fazemos pecado, mesmo que atravessemos um
rio com uma linda moça nas costas. Por isso, não precisamos ter medo dos nossos
irmãos ou irmãs do sexo oposto.
Maria
Santíssima é toda pura e santa, por dentro e por fora. Isso transparecia em
seus olhos, em seu coração, em
tudo. Ela não se preocupava em aparecer, como os hipócritas;
o que ela queria era amar e servir a Deus e ao próximo. Por isso foi escolhida
por Deus para ser a Mãe do seu Filho e de todos nós. “Ó virgem santa, rogai por
nós pecadores!”
A
parte mais importante da Missa
Certa vez,
numa sala de catequese, a catequista perguntou para as crianças: “Qual é a
parte mais importante da Missa?” Um menino, que era bastante levado, respondeu:
“É quando termina a Missa”.
Os colegas
deram uma pequena vaia nele, como quem diz: “Você assiste à Missa doido para
que ela termine logo, hein?” A catequista interveio e lhe perguntou por quê.
Ele se levantou e explicou com firmeza: “A parte mais importante da Missa é
quando ela termina, porque aí começa a nossa Missa”.
Esta foi a
maior lição que os alunos receberam naquela aula de catecismo. De nada adianta participar
da Missa, e depois não viver no dia a dia o que celebramos.
“Nem todo
aquele que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que
põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). “Quem ouve as
minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que
construiu sua casa sobre a areia” (Mt 7,26).
A
menina que ficou careca
Certa vez, uma
menina de nove anos teve de fazer quimioterapia, e perdeu seus lindos cabelos.
Ficou carequinha. Ela não queria mais ir à a escola, de vergonha dos colegas.
As crianças da
sala de aula dela tomaram uma atitude inédita: Pediram a seus pais e todas
rasparam a cabeça. Depois contaram para a mãe da menina e pediram que a levasse
à escola, que ela teria uma surpresa. Ao entrar na classe, a menina viu que
todos os colegas estavam iguais a ela: Carequinhas também. A garotinha ficou
muito feliz, ao ver a solidariedade dos meninos e meninas da sua classe.
Que nós,
adultos, aprendamos com estas crianças a ser solidários com o nosso próximo,
mesmo que para isso tenhamos de perder algo muito querido nosso, que são os
nossos cabelos.
Maria
Santíssima praticou essa virtude durante toda a sua vida. Foi solidária com a
prima Isabel, com os noivos nas Bodas de Caná, com o Filho na cruz, com a
Igreja nascente, e continua sendo solidária conosco. Que ela nos ajude a
crescer nesta virtude tão querida de Deus.
O
menino que corria para lá e para cá
Certa vez, um
menino passou correndo na rua, na frente da igreja. O padre, que estava na
porta, achou aquilo estranho e foi até a calçada observar. O garoto foi até lá
na frente, virou para trás e voltou correndo do mesmo jeito.
Quando estava
se aproximando, o padre, que era novo na paróquia, o chamou: “Menino, vem cá”.
Mas nada. Ele não parou.
Chegando ao
outro extremo da rua, virou para trás e veio correndo da mesma forma.
O padre
pensou: eu vou segurar esse menino para ver por que ele está fazendo isso.
Quando o garoto estava perto, o padre se pôs na frente dele, na rua, e o
agarrou.
O menino ficou
assustado, mas o padre o acalmou e lhe perguntou: “Filho, o que você está fazendo?”
Ele respondeu: “Não sei!” “De onde você vem?” “Não sei!” “Para onde você vai?”
“Não sei!” “Quem é você?” “Não sei!”...
Nesta hora, um
senhor que morava em frente disse: “Iii padre, esse menino faz isso sempre!” O
padre o largou e ele continuou correndo pela vida, para lá e para cá.
Que nós não
sejamos também corredores sem destino pela vida. Afinal, nós sabemos muito bem quem somos: filhos e filhas de Deus. De onde
viemos: do Céu. Para onde vamos: para o Céu. O que estamos fazendo: servindo a
Deus e ao próximo.
As poucas
palavras de Maria Santíssima, que a Bíblia nos trás, nos mostram que ela sabia
muito bem responder a essas quatro perguntas fundamentais da vida, que nos dão
o sentido da nossa existência. Mãe amável, rogai por nós.
Birocas,
bicicleta, carro e a vida
Certa vez, um
menino estava brincando com bolinhas de gude, que em alguns lugares são
chamadas de birocas.
Chegou um
senhor e lhe disse: “Se eu quiser trocar com você estas birocas por uma
bicicleta, você topa?” “Claro!” Respondeu o garoto.
O homem fez
outra pergunta: “E se chegar outra pessoa e quiser trocar com você a bicicleta
por um carro, você aceita?” “Na hora!” Disse o menino.
O senhor fez
uma terceira pergunta: “E se, depois, chegar um assaltante armado e disser a
você: ‘Ou o carro ou a vida’, o que você faz?” “Entrego-lhe o carro”, respondeu
a criança.
A vida vale
mais que mil carros. E quem nos deu esse presente foi Deus, através de nossos
pais. Compensa cuidar bem da nossa vida e da vida das pessoas ao nosso redor.
Como é bom
trabalhar pela vida, seja cuidando da saúde das pessoas, da alimentação, do
transporte...
Além da vida
natural, ganhamos de Deus outra vida muito mais importante, que é a
sobrenatural. Compensa, e muito, cuidar dela também, tanto em nós como nos outros.
Maria
Santíssima é chamada a Mãe da Vida, porque nos deu Jesus, que é a nossa Vida.
Que ela nos ajude a amar a vida.
As
três peneiras
Certa vez, um
menino chegou para seu pai e começou a falar mal do seu irmão. O pai interrompeu
a conversa e perguntou: “Você já passou isso que você está falando nas três
peneiras?”
“Três
peneiras? O que é isso?” perguntou o garoto. O pai explicou: “Antes de você
falar mal de alguém, precisa passar o assunto nas em peneiras.
A primeira é a
da verdade. O que você pretende falar é verdade?” O filho respondeu: “Bem... eu
ouvi dizer”. “Pronto, já não passou na primeira peneira.
Se passasse,
teria a segunda, que é a da bondade. Falar isso é bom, traz algum proveito para
o seu irmão? Vai ajuda-lo a crescer como pessoa, e em sua reputação?” “Não
pensei nisso” disse o menino.
“E a terceira
peneira”, continuou o pai, “é a da necessidade. É necessário para o bem comum
este comentário negativo sobre o seu irmão? Ajuda a Comunidade? Pode melhorar o
mundo?” A criança respondeu: “Pai, para dizer a verdade, o que eu ia falar não
passa em nenhuma dessas peneiras”.
Se algo
negativo que nós falarmos de alguém, não passar numa dessas peneiras, é fofoca.
Será mais uma fofoca envenenando o planeta Terra.
Agulha
em vez de tesoura
Certa vez, um
rei quis dar um presente ao seu alfaiate, como sinal de reconhecimento e
admiração pelo seu excelente trabalho profissional.
Mandou fazer
uma tesoura de ouro, com pedras de diamante, e pediu a um emissário que a
levasse para o alfaiate. Este, ao ver o presente, mandou-o de volta ao rei, com
o seguinte bilhete: “Majestade, a tesoura separa. Eu gostaria que Vossa
Majestade me desse uma agulha, pois esta une”.
Muitas vezes,
o nosso testemunho acarreta perdas materiais, como a desse alfaiate que recusou
a tesoura de ouro com pedras de diamante e preferiu uma agulha, cujo valou real
é quase nulo. Mas ganharemos um tesouro no Céu.
O
serrote de S. José e o diabo
Sabemos que S.
José era carpinteiro. Diz uma lenda que o diabo o odiava e sempre queria
prejudicá-lo. Numa noite, ele foi à carpintaria de S. José, pegou o serrote e
entortou todos os dentes, um para cada lado. Um para a direita e outro para a
esquerda.
No outro dia,
quando S. José foi trabalhar com o serrote, percebeu que ele serrava muito
melhor, pois agora não se prendia mais na madeira.
É o que os carpinteiros
chamam de “travar” o serrote.
"Tudo
contribui para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8,28). Se nós
permanecermos fiéis a Cristo e ao seu Evangelho, com certeza o tentador não nos
vencerá. Pelo contrário, todos os males que ele tentará nos fazer, Deus os
transformará em bem para nós.
Isso vale
também para os nossos inimigos, quando tentam nos prejudicar.
S.
Martinho e seu manto
S. Martinho
viveu na França, na cidade de Tours, no Séc. IV. Sua família era pagã e o pai
era militar.
Quando rapaz,
por curiosidade, frequentou uma igreja católica. Entusiasmou-se por Jesus
Cristo e iniciou o catecumenato, que era o curso de preparação para o Batismo.
Antes de
terminar o curso, o pai o inscreveu na carreira militar e ele foi escalado para
trabalhar como guarda da cidade.
Numa noite
muito fria, ele fazia ronda na cidade, e viu, na calçada, um mendigo, quase nu
e tremendo de frio. Movido de compaixão, Martinho tirou o manto com o qual se agasalhava
e, com sua espada, cortou-o no maio. Deu uma parte para o mendigo e ficou com a
outra.
Terminado o
seu plantão, Martinho foi dormir, e apareceu-lhe Jesus Cristo, vestido com
aquela metade do manto que ele dera ao mendigo.
O fato lembra-nos
aquela afirmação de Jesus: “Eu estava nu e me vestistes” (Mt 25,36). O amor não
é uma teoria, ou um sentimento apenas. Não é também algo difícil de entender.
Até um catecúmeno entende.
Dois anos após
o Batismo, Martinho abandonou a carreira militar e decidiu servir unicamente a Cristo.
Entrou em um mosteiro.
Quando faleceu
o bispo de Tours, os cristãos pediram unanimemente ao Papa que sagrasse o monge
Martinho como o seu novo bispo. Como bispo, Dom Martinho nunca perdeu a sua
sensibilidade diante do irmão que sofre.
As
árvores escolhem uma chefe
Jz 9,8-15 traz
uma parábola tão clara que vou transcrevê-la literalmente:
“Certa vez, as
árvores puseram-se a caminho a fim de ungir um rei para si, e disseram à
oliveira: Reina sobre nós. Mas ela respondeu: Iria eu renunciar ao meu azeite,
com que se honram os deuses e os homens, para me balançar acima das árvores?
Então as
árvores disseram à figueira: Vem reinar sobre nós. E ela respondeu: Iria eu
renunciar à minha doçura e aos saborosos frutos, para me balançar acima das
árvores?
As árvores
disseram então à videira: Vem reinar sobre nós. E ela respondeu: Iria eu
renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para me balançar
acima das árvores?
Por fim, todas
as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu reinar sobre nós. E o espinheiro
respondeu-lhes: Se, de verdade, quereis ungir-me como vosso rei, vinde e
repousai à minha sombra; mas se não o quereis, saia fogo do espinheiro e devore
os cedros do Líbano!”
Durante aquele
mandato do espinheiro, as árvores só levaram espinhadas, pois era só isso que o
espinheiro sabia fazer. Culpa delas mesmas, que não quiseram assumir um cargo
político, não quiseram entrar em um partido nem se candidatar.
Quantas
Comunidades nossas têm pessoas competentes que podiam assumir um cargo
político, ou mesmo um cargo de coordenação na Comunidade, dedicando-se ao bem
comum, e não o fazem por puro comodismo ou preconceito!
Se o mundo não
está melhor, não é tanto por causa dos maus, mas dos bons, que se acomodam. Um
cristão que nasceu e cresceu na vida de Igreja, tem muito a dar a seus irmãos e
à sociedade. Não pode enterrar esses preciosos talentos.
O
ovo, a cenoura e o pó de café
Certa vez, uma
professora de ciências fez uma experiência com seus alunos. Colocou três panelas
com água, no fogão, e deixou as três ferver.
Depois,
colocou na primeira panela um ovo e na segunda uma cenoura. Minutos depois, os
alunos perceberam que a reação foi contrária. O ovo endureceu e a cenoura ficou
mole.
Então a
professora pôs na terceira panela pó de café. Este rapidamente transformou a
água em uma deliciosa bebida.
E ela explicou:
A água fervendo é comparada com os obstáculos que aparecem na nossa vida,
inclusive as perseguições. Muitas pessoas reagem como o ovo, tornando-se mais
duras, mais fechadas e agressivas.
Outras se
comportam como a cenoura: Ficam mais humildes e maleáveis. Elas crescem com os
obstáculos e fazem deles trampolim.
E há aquelas
que se comportam como o pó de café. É justamente nas dificuldades que crescem e
realizam o seu ideal. O pó de café transformou a própria água fervendo, que o
agredia.
Como Jesus,
que transformou até aqueles que o mataram, pois o sangue dele foi redentor para
eles também.
“Comparecereis
diante de governadores e reis por minha causa, de modo que dareis testemunho
diante deles” (Mc 13,9). O próprio obstáculo, que é sermos conduzidos ao
tribunal, Deus o transformará em meio para darmos testemunho de Cristo.
S.
João Bosco e Domingos Sávio
S. João Bosco era
italiano e viveu no Séc. XIX. Ele tinha uma creche para crianças pobres.
Numa tarde, os
meninos estavam jogando bola e ele na beira do campo assistindo. E o Pe. João
resolveu fazer um teste com os garotos.
Chamou um, que
passava perto dele, e perguntou: "Se você soubesse que daqui a meia hora você
ia morrer, o que faria?” O menino levou um susto, pensou, e disse: "Eu ia
para a capela rezar". “Está bom, pode continuar jogando", disse o
padre.
Minutos depois
chamou outro e fez a mesma pergunta. Este também ficou todo confuso e disse:
“Eu ia me confessar”.
Chamou um
terceiro, que disse. “Eu ia pedir perdão para a minha mãe”.
Chamou um
quarto garoto e lhe fez a mesma pergunta: “Se você soubesse que daqui a meia
hora você ia morrer, o que você faria?” Este respondeu com naturalidade: “Eu
continuaria jogando!”
Este último
chamava-se Domingos Sávio. Ele morreu criança, foi canonizado e é o padroeiro dos
coroinhas.
O que Deus
mais quer de nós é que façamos bem aquilo que devemos fazer a cada momento, por
simples que seja. Este é o verdadeiro caminho da santidade. Não é fazendo
coisas extraordinárias que ficamos santos, mas é fazendo extraordinariamente as
coisas simples do dia a dia.
Que Jesus
Menino, pela intercessão de S. Domingos Sávio, abençoe a todas as crianças.
O
bobo da corte
Na antiguidade,
os reis costumavam ter na corte, para divertir a família real e todos os cortesãos,
o chamado “bobo da corte”. Era uma dessas pessoas engraçadas, palhaças por
natureza, que basta abrir a boca e todo mundo já começa a rir. Na verdade, ele
não era bobo coisa nenhuma, mas se fazia de bobo.
Um dia, um
bobo da corte divertiu tanto o rei, que este lhe entregou o seu bastão de ouro,
e disse: “O dia em que você encontrar alguém mais bobo que você, entregue-lhe
este bastão”.
O tempo se
passou, e aconteceu que um dia o rei ficou gravemente enfermo. Foi piorando
cada vez mais, até que os médicos o desenganaram, dizendo que ele tinha poucos
dias de vida.
Então o bobo
foi visitá-lo e lhe perguntou: “Vossa Majestade já pensou nos seus bens, com
quem irão ficar?” “Sim”, respondeu o rei. “Já acertei tudo. Passei-os para a
minha esposa e meus filhos”.
“E no reino”,
continuou o bobo, “o senhor já pensou?” “Também já está tudo combinado”, respondeu
o rei. “Meu filho mais velho será o herdeiro do trono, e já passei para ele
todas as informações e orientações necessárias”.
“E vossa
Majestade já pensou na vida eterna?” perguntou o bobo. O rei surpreendeu-se com
a pergunta e disse: “Ainda não pensei nesse detalhe”.
O bobo
entregou-lhe o bastão de ouro e disse: “Vossa Majestade me disse que, no dia em
que encontrasse alguém mais bobo do que eu, era para lhe entregar este bastão.
Agora eu encontrei. É Vossa Majestade”.
Daí para frente,
o bastão de ouro já passou por muitas e muitas mãos. Quem sabe ele não seja
entregue um dia a você, a mim... Quantas pessoas se preocupam com tudo, menos
com o principal, que é a vida eterna!
“Onde existe
carniça, aí se reúnem os urubus” (Mt 24,28). Muita gente é como urubu, só
procura sujeira e mau cheiro. “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o
teu coração” Mt 6,21). Que o nosso tesouro seja o amor a Deus e o Céu.
Maria
Santíssima é modelo de discípula. Aquele bastão nunca passou nem perto dela, pois
vivia preparada para a vida eterna. Tanto que foi elevada ou Céu em corpo e
alma. N. Sra. da Glória, rogai por nós.
Um
verdadeiro devoto de Maria não se perde
ESTA
HIST FERE UM POUQUINHO A VERDADE DA MEDIAÇÃO UNIVERSAL DA SALVAÇÃO EM CRISTO.
Lá no céu, um
dia S. Pedro percebeu que estava entrando muita gente que não passava por ele,
que é o porteiro. Eram cachaceiros, baderneiros, mulheres de vida desviada...
S. Pedro ficou encabulado com aquilo e começou a observar.
Um dia, ele
escutou um barulho diferente em outra sala ali perto da portaria. Foi pé por pé
para ver o que era.
Chegando,
viu Maria Santíssima pendurando, em uma janela, um terço bem comprido, que
vinha até a terra. Ela ficava segurando o terço e as almas subiam por ele e
entravam no Céu pela janela.
S. Pedro
procurou Jesus e contou o que estava acontecendo. E convidou: “Jesus, venha ver
pessoalmente o fato”. Os dois foram pé por pé e viram a cena.
Jesus apenas advertiu
Pedro, com o dedo cruzando os lábios: “Fale baixo, Pedro, senão ela escuta!
Tudo o que minha mãe faz é bem feito”. E os dois foram embora.
De fato, Jesus,
como mostrou nas Bodas de Cana, sempre atende aos pedidos e desejos de sua Mãe.
Santo
Antônio e o milagre dos peixes
Diz a lenda
que Santo Antônio de Pádua, em seu ardor missionário, um dia foi a uma pequena
cidade anunciar o Evangelho. Mas o povo não quis saber de ouvi-lo. Por mais que
ele insistisse, ninguém lhe dava ouvidos, e até viravam as costas para ele.
Santo Antônio
não se deu por vencido. Como ao lado da cidade passava um rio, ele foi até a
beira do rio e começou a pregar para os peixes: “Peixes, criaturas de Deus,
vinde ouvir-me. Vós também fostes redimidos por Jesus Cristo...”
E aconteceu o
milagre: Cardumes inteiros aproximaram-se do Santo e punham a cabeça fora da
água, em atitude de escuta.
O povo ficou
tão assustado com aquilo, que uma grande multidão se reuniu para ouvir Santo
Antônio.
Se nós
tivermos persistência, como teve Santo Antônio, Deus criará novos recursos para
que o povo acolha a Palavra de Deus anunciada por nós.
Maria
Santíssima não se fechou à Palavra de Deus. Foi tão acolhedora, que o Verbo
eterno entrou nela e se encarnou. Maria do “Sim”, rogai por nós.
Até
que a morte nos separe
Havia, certa
vez, um casal que vivia em constante atrito. O problema maior estava no marido,
que era muito temperamental. Mesmo assim, continuaram juntos, já que haviam
feito um juramento no Altar, diante de Deus.
Quando já
estavam bem idosos, um dia a esposa morreu. Ele ficou morrendo de saudades. Passados
alguns anos, também ele veio a falecer.
Apesar dos
defeitos, os dois conseguiu entrar no céu. Logo que ele entrou, começou a
procurar a esposa. De repente, a viu lá na frente, sentada, junto com várias
pessoas.
Ele acenou
para ela e disse: “Hei! Estou aqui!” Ela fez sinal de não com o dedo e disse:
“Querias! Até que a morte nos separe!”
Certamente
aquele homem, quando estava na terra, sempre pensou que sua esposa era
apaixonada por ele. Mas se enganou. Ela o suportava por causa do juramento que
havia feito. O seu grande amor mesmo era a Deus.
E ela venceu.
Cumpriu tão bem a sua missão de esposa, que o marido nem percebeu que o que
falava mais alto nela era a fé e a obediência a Cristo.
Nós pedimos a
Maria Santíssima, o modelo de esposa, e a S. José, o modelo de marido, que ajudem
os casais a perseverarem, a fim de receberem a coroa da Vida.
Frei
Galvão e a valiosa esmola
Frei Galvão
distinguiu-se pela caridade. Quando ele tinha oito aninhos, um dia estava
sozinho em casa e chegou uma senhora pedindo esmola. Ele deu para ela uma toalha.
Quando a mulher
chegou em casa e abriu a toalha, viu que era toda bordada e de alto valor.
Voltou a fim de devolvê-la para a mãe do menino.
Mas Dona
Isabel, a mãe de Galvão, disse a ela: “Se o meu filho deu, está dada”.
“Nisto
conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo
13,35).
“Se alguém
possui bens neste e, vendo seu irmão em necessidade, fecha-lhe o coração, como
pode estar nele o amor de Deus” (1Jo 3,17).
“A religião
pura e sem mancha aos olhos de Deus é esta: Cuidar dos órfãos e das viúvas e
conservar-se puro da corrupção deste mundo” (Tg 1,27).
São Frei
Galvão, rogai por nós para que amemos mais o nosso próximo.
Olhar
pela outra janela
Certa vez, uma
menina de quatro aninhos estava de pé em cima de uma cadeira e debruçada na
janela de sua casa, chorando, vendo o pai, no quintal, enterrando o seu gatinho
de estimação que tinha morrido.
O avô
aproximou-se dela, envolveu-a em um carinhoso abraço e lhe disse: “Triste a
cena, não?” A netinha chorou mais ainda e as lágrimas corriam dos seus olhos.
O avô pegou
sua mãozinha e a conduziu para outra janela, do outro lado da casa. Lá,
mostrou-lhe o jardim florido. Apontou para uma roseira e disse: “Lembra-se
quando você me ajudou a plantar aquela roseira?”
A menina
enxugou as lágrimas, abriu um belo sorriso e disse para o avô, que tinha a
vista fraca: “Observe bem que o senhor vai ver uma linda borboleta assentada na
roseira”.
Aquele senhor
usou uma excelente tática para recuperar a alegria: Olhar a vida pela outra
janela.
Porque a nossa
vida é como uma casa com várias janelas. Quando uma delas nos causa tristeza,
devemos dirigir-nos à outra. Isso não é fuga, mas é ver a vida no seu conjunto.
Por exemplo, quando morre alguém da família, não ficar com a mente voltada só
para a pessoa falecida, mas procurar ver o conjunto da família.
O pessimista
vê o lado escuro das pessoas, das coisas e situações, e não olha para o lado da
luz.
Maria
Santíssima, antes do Filho nascer, já cantou de alegria, ao prever a obra que
ele iria fazer. N. Sra. da Esperança, rogai por nós.
A
caridade e o livrão
Certa vez, um
padre estava viajando de trem, rezando o breviário, que é um livro grande, de
orações.
Um bêbado
aproximou-se dele e disse: “Dá-me um dinheiro aí para eu comprar uma pinga”. O
padre lhe fez sinal com o dedo, que não, e continuou lendo.
O bêbado
insistiu: “Dá-me um dinheiro aí, para eu comprar uma pinga!” Novamente o gesto
negativo com o dedo.
Nesta hora, o
bêbado disse em voz alta para todos os que estavam perto escutarem: “O que
adianta ficar lendo esse livrão aí, se não faz caridade?”
Nós também
podemos fazer caridade de forma errada. Votar em alguém, só porque me pediu o
voto, ou porque prometeu algum bem para mim, não é correto, porque política é a
busca do bem comum, não apenas do bem individual.
Maria Santíssima,
no seu hino Magnificat, mostrou-se uma mulher comprometida com o bem comum da
sociedade. Rainha do Brasil, rogai por nós.
A
articulação política dos cristãos
Existe uma
cidade no Brasil, de porte médio, que tem um bairro bem grande na periferia. E
neste bairro existe um Centro Comunitário, que é da Paróquia.
Ao se
aproximarem as eleições municipais, numa reunião da diretoria do Centro Comunitário,
resolveram colocar como candidato a vereador o ex-presidente do Centro Comunitário,
que era um jovem casado, homem de fé e competente.
Escalaram um
grupo para ir falar com ele. Quando deram a notícia, ele ficou surpreso e
disse: “Gente, eu nunca pensei nisso!” “Não é você que pensou”, respondeu o
grupo. “Fomos nós que pensamos.”
“Eu não tenho
dinheiro nem tempo para fazer a campanha”, objetou o jovem senhor. “Você não
precisa fazer campanha”, disse o grupo. “Nós, do Centro Comunitário, nos
encarregamos de fazer a divulgação”.
O moço
sentiu-se encurralado. Afastou-se um pouquinho com a esposa para conversarem,
depois voltou e disse: “Sim, eu aceito”.
Dali para
frente, fizeram uma campanha belíssima. Eram shows com cantores excelentes,
distribuição de panfletinhos nas casas do bairro etc.
Resultado: A
cidade inteira ficou sabendo e ele foi o vereador mais votado no município.
Ficou Presidente da Câmara. E fez uma ótima gestão.
Que Maria
Santíssima nos ajude a ser dignos discípulos do seu Filho, e cidadãos do seu
Reino.
A
viúva que servia cafezinho
Certa vez, uma
Comunidade estava construindo a sua capela. Estava difícil, porque tinham de
buscar pedras no rio, que era distante.
Na Missa de
inauguração, o coordenador da Comunidade agradeceu a todos os que colaboraram
na construção, mas pediu licença para destacar uma pessoa. Chamou para a frente
uma senhora chamada Maria, que era viúva, pobre e bem idosa. Deu a ela um
presente, porque ela se destacou entre todos os que ajudaram a construir a
capela.
A mulher ficou
surpresa e sem saber por que aquela homenagem. O coordenador explicou para
todos: “Dona Maria servia cafezinho para nós quando passávamos na frente da sua
casa, com os carrinhos de pedra. Assim, ela ajudou do jeito que podia”.
Dona Maria
pegou o microfone e explicou: “Eu queria ajudar a construir a capela, mas não
tenho condições financeiras nem forças. Então pensei: Vou pelo menos servir
café aos trabalhadores”.
Para todos nós,
há um jeito de colaborar na construção do Reino de Deus. Se não podemos
carregar pedras, vamos servir cafezinho aos que as carregam. O importante é não
ficarmos sentados à beira do caminho, vendo os outros passarem.
Nossa Senhora
foi a mulher forte que fez tudo o que pôde pelo Reino do seu Filho. E continua
fazendo o que pode, usando o seu poder de intercessão. Mãe da Igreja, rogai por
nós.
A
calça muito comprida
Um dia, um pai
de família chegou em casa no final do dia, após o trabalho, com uma calça nova.
Mas a calça era muito comprida e precisava ser cortada em quatro centímetros.
Havia três
mulheres em casa, todas costureiras: A esposa, a nora e a filha.
Ele chegou
para a esposa e falou: “Você pode tirar para mim quatro centímetros na barra
desta calça? Eu gostaria de usá-la amanhã cedo”. A esposa respondeu: “Eu estou
muito cansada agora. Amanhã use uma calça velha mesmo”.
Ele foi com a
nora, que estava na televisão, e fez o mesmo pedido. Mas esta também se recusou:
“Eu não posso perder este capítulo da novela”, disse ela. “Amanhã eu arrumo”.
O homem não
desistiu e procurou a filha. Esta respondeu: “Não posso, pai, porque hoje eu tenho
prova na escola, e preciso estudar”.
Tudo bem. O
homem pendurou a calça no guarda-roupa, tomou banho, jantou e foi dormir.
Uma meia hora
depois, a esposa pensou e mudou de ideia. Pegou a calça e tirou os quatro
centímetros. Depois deitou-se e dormiu.
Mais tarde,
terminada a novela, a nora ficou com dó do sogro, foi lá, pegou a calça e
cortou mais quatro centímetros.
A filha chegou
da escola tarde da noite e resolveu atender o pedido do pai. Pegou a calça,
mesmo sonolenta, e cortou mais quatro centímetros.
Resultado: No
outro dia, o homem foi vestir a calça, dava no meio da canela!
É isso que dá
a falta de diálogo, de amor, a má vontade e o comodismo dentro de casa.
A
rota vinda do céu
Certa vez, um
avião estava atravessando o Oceano Atlântico, à noite, com muitos passageiros e
numa grande altitude. O céu estava claro e estrelado.
De repente, os
sistemas de comunicação e de rota pararam de funcionar. O piloto ficou
desesperado. Tudo funcionando, mas sem rumo, no meio do oceano, à noite! Ele
comunicou o fato ao comandante e este comunicou para a tripulação e para os
passageiros.
Em meio ao
desespero, um passageiro se apresentou e disse que era astrônomo e tinha
condições de orientar o piloto através das estrelas. Ele foi levado até a
cabine e ficou ao lado do piloto, olhando para o céu e indicando a rota.
Foi uma
beleza. Na hora prevista, o avião estava aterrissando no aeroporto do seu
destino, sem nenhum problema.
Assim devemos
viver: Olhando para o céu, porque é lá que está a grande Estrela que nos
orienta para o caminho certo da felicidade e da vida plena.
Santa
Teresinha e a Irmã chata
No carmelo
onde Santa Teresinha morava, na França, havia uma Irmã muito chata. Era chata
mesmo. Na capela, ela ficava batendo o terço no banco, cujo barulho irritava as
colegas.
Teresinha
sentia dificuldade até em olhar para o rosto dessa Irmã, mas procurava
disfarçar. Quando a via no corredor, sua vontade era de entrar numa sala,
evitando o encontro. Mas se dominava, olhava para ela e sorria.
Na lavanderia,
aquela Irmã era estabanada e espirrava água nas colegas que lavavam roupa ao
seu lado. Teresinha não enxugava os pingos, para não mostrar descontentamento.
Que sejam como água benta, pensava ela.
E assim,
Teresinha foi invertendo os seus sentimentos em relação àquela Irmã. O barulhinho
do terço na capela já lhe parecia uma música que a ajudava a rezar e a louvar a
Deus.
Com o tempo,
ela passou a gostar daquela Irmã. Um dia, para surpresa sua, a Irmã lhe disse:
“Irmã Teresinha, por que é que você gosta tanto de mim?”
O amor de Deus,
que foi derramado em nossos corações no batismo, nos impulsiona a amar o
próximo sem distinção. "Deus é amor: quem permanece no amor permanece em
Deus e Deus permanece nele" (1Jo 4,16).
"Sabemos
que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos" (1Jo 3,14).
Vamos pedir a
Maria Santíssima e a Santa Teresinha que nos ajudem a acolher com amor as
pessoas chatas e a conviver bem com as pessoas que moram, trabalham ou estudam
conosco e não nos são agradáveis.
O
eco na montanha
Certa vez, um
pai estava andando com o seu filho de nove anos numa montanha. De repente, o
menino tropeçou numa pedra e foi logo dizendo um palavrão. O eco voltou da
montanha e ele ouviu o que acabara de dizer.
O garoto gostou
e gritou outra baixaria. A montanha a repetiu.
O pai
interveio e disse: “Filho, não é assim que a gente faz. Você quer ver?” E
gritou: “Meu filho”; a montanha repetiu. “Eu admiro você!” a montanha repetiu.
“Você é um campeão”; a montanha sempre repetia. “Está vendo, filho?” concluiu o
pai. “O mundo é como esta montanha. Ele lhe dá de volta tudo o que você diz ou
faz”.
De fato, é
assim mesmo. Quem semeia ventos colhe tempestades. Quem semeia paz colhe paz, e
o mundo será mais pacífico. Assim como quem semeia tolerância colhe tolerância,
quem semeia alegria colhe alegria, quem semeia amizade colhe amizade.
O mundo nos dá
de volta o que lhe damos. Se formos sinceros e verdadeiros, o mundo aprenderá e
com isso crescerá. Se vivermos no amor, o mundo nos devolverá amor, como aquele
eco da montanha.
Agora, se
vivermos na mentira, Jesus se afasta, porque ele é a verdade, e ficará conosco
o pai da mentira, e assim o mundo se afundará ainda mais na mentira.
O mundo faz
conosco como o eco na montanha: Devolve para nós o que lhe fazemos. E às vezes
devolve multiplicado!
Maria
Santíssima não semeou ventos, e sim paz e alegria, pois nos deu o melhor
presente do mundo: O seu Filho Jesus. Graças vos damos, Senhora!
Malabarista
desafia seu ajudante
Nos Estados
Unidos, existe uma célebre cachoeira chamada Cataratas do Niágara. Fica no Rio
Mississipi. Ela é uma das maravilhas do mundo, e importante ponto turístico do
País.
Bem em cima da
queda das águas, existe um cabo de aço que atravessa o rio. Nele, os
malabaristas fazem apresentações para divertir os turistas. Alguns vão sobre o
cabo de aço numa motocicleta, até o meio do rio e, bem em cima da cachoeira,
fazem suas estrepolias.
Num domingo à
tarde, um malabarista estava preparando a sua moto para o espetáculo, e
perguntou ao seu ajudante: “Será que hoje vai dar certo, e eu não vou cair?” O
moço respondeu com firmeza: “Tenho certeza que o senhor vai fazer um belíssimo
espetáculo e não vai cair”. “Então você topa ir comigo na garupa da moto?”
perguntou o malabarista. O rapaz reagiu na hora: “Não. Isso não”.
Sinal que ele
falou aquelas palavras bonitas, mas ele mesmo não acreditava nelas. Falou da
boca para fora, só para agradar ao seu patrão.
Ter fé é, não
apenas dizer que acredita em Cristo, mas ir com ele na garupa da sua moto, que
é a Igreja. É jogar-nos de corpo e alma no seguimento do seu Evangelho.
Maria
Santíssima não só gerou Jesus, mas foi com ele na garupa de sua moto, para ajudá-lo
a realizar o grande espetáculo, que foi a Redenção. Se nós também o fizermos,
com toda a certeza, atravessaremos as águas turbulentas e chegaremos do outro
lado, que é a casa de Deus, o Céu.
Paganini,
artista e exemplo
Certa vez, um
grande violinista ia dar um show. Como ele era famoso, o auditório ficou
repleto. A primeira música foi um sucesso total. A plateia chegou quase ao
delírio.
Entretanto, no
meio da segunda peça, uma corda do violino arrebentou-se. Foi um estalo forte,
que assustou a plateia. Todo mundo pensou que ele ia interromper o show.
Mas não. O
artista continuou executando a música, com apenas três cordas. No final daquela
música, foi aplaudido de pé. E ele continuou tocando assim mesmo, pois não
tinha outra corda.
Na terceira
música, outro estalo. Mais uma corda se arrebentava. Mas nem aí o músico parou
de tocar. Com incrível talento e maleabilidade, conseguiu passar a arte
musical, e emocionar a todos, com apenas duas cordas no seu violino. E ele
continuou apresentando todas as músicas programadas, numa fantástica
demonstração de habilidade e de capacidade de adaptar-se às limitações do instrumento
musical.
No meio do
show, houve-se mais um estalo. Era a terceira corda que se arrebentava, sobrando
apenas uma. Agora não dá mais, pensaram os ouvintes. Ele vai parar, pedir
desculpas, e interromper o show. Mas não. Por incrível que pareça, numa
habilidade indescritível, o violinista continuou apresentando as peças musicais
programadas, com uma corda só no violino. E isso numa beleza e perfeição
indescritíveis.
O incidente
acabou produzindo efeito contrário, empolgando ainda mais os espectadores.
Assim, ninguém arredou o pé. No final do show, quase meia noite, o artista foi
não só aplaudido, mas ovacionado.
Este fato
aconteceu em Gênova, Itália, no início do Século XIX, e o violinista era o italiano
Paganini.
A grande lição
que Paganini nos deixou é que não importam as limitações que temos, ou os
problemas que acontecem no percurso. O importante é descobrirmos as
possibilidades que temos e explorá-las, olhando o lado positivo das realidades,
e não apenas as sombras.
Deus nunca
permite que entremos num “beco sem saída”. Sempre há pelo menos um raio de luz
iluminando o fim do túnel.
O
chocolate quente e as canecas
Certa vez, um
grupo de jovens foi visitar um velho professor aposentado, que eles admiravam
muito. Como fazia frio, o professor resolveu oferecer aos visitantes chocolate
quente.
Após o
chocolate ser preparado pela esposa, ele foi à cozinha e retornou com uma jarra
cheia da bebida e com uma variedade de canecas. Algumas eram de porcelana,
outras de vidro e outras bem simples, de alumínio. E convidou cada um a se
servir.
Quando todos
já estavam com o chocolate em mãos, o professor compartilhou seu pensamento:
“Percebem que as canecas caras e bonitas foram as escolhidas, e que as mais
simples e pobres foram deixadas na bandeja? No entanto, o chocolate é o mesmo
em todas as canecas.
Esta é a razão
de nossos problemas; valorizamos muito o exterior e pouco ligamos para o
interior, para o que está dentro. A caneca na qual você está bebendo não
acrescenta nada à qualidade da bebida.
A vida é o
chocolate quente, a caneca é o dinheiro, as roupas, a posição social... Assim
como as canecas, essas coisas não mudam a qualidade de vida de vocês”.
E nós também
ficamos com a lição: Valorizar as coisas mais importante. Não só valorizar, mas
dedicar-nos a elas.
Alguns levam
uma vida periférica. São as pessoas chamadas “casquinhas”. Só se preocupam com
o exterior, com a aparência. Outros vivem em profundidade, isto é, vão ao cerne
das coisas.
É próprio de
quem ama jogar-se inteiramente na união com a pessoa amada. Foi o que fez Maria
Santíssima com Deus: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim conforme a
tua palavra”. Que ela nos ajude a nos jogarmos inteiramente no seguimento do
seu Filho, pois isto é o mais importante, o cerne da nossa vida.
Você
quer o sucesso, a fartura, ou o amor?
Certa vez, um
senhor, que morava na roça, ao sair fora de sua casa, viu três pessoas passando
na estrada. Eram dois homens e uma mulher. Como estavam com aparência de
cansados, o homem foi até eles e disse: “Entrem na minha casa. Assim vocês
poderão tomar uma água e descansar um pouco”.
Um deles respondeu:
“Acontece que só pode entrar um de nós. Qual você convida?” O homem perguntou:
“Quem são vocês?” A mulher disse: “Eu sou a fartura”. Um dos homens falou: “Eu
sou o sucesso”. E o outro: “E eu sou o amor”.
O homem ficou em dúvida. Convidar
a fartura seria ótimo. O sucesso também. E o amor, nem se fala. Pediu licença e
entrou em casa para consultar a esposa.
Esta pensou, e
disse: “Convide o amor”. O homem voltou e convidou o amor para entrar. Entretanto,
olhando para trás, viu que os outros dois vinham também. Então perguntou: “Mas
não era só um de vocês que vinha?” Um deles respondeu: “Se o senhor convidasse
a fartura, só iria ela. O mesmo se convidasse o sucesso. Mas quando alguém
convida o amor, vamos nós três”.
Isso é a pura
verdade. Quanta gente vive correndo atrás do sucesso, ou da fartura, mas não
encontra, porque não tem amor. Agora, quem ama tem tudo, porque tem Deus,e
“Deus é amor” (IJo 4,8).
O
pai que fingiu de palhaço
Certa vez, um
pai não conseguia dialogar com seus filhos. Todas as tentativas eram fracassadas.
Os filhos até evitavam ficar junto com ele. Chegou ao ponto de o pai se sentar
para ver a televisão e os filhos irem saindo, um por um, até ele ficar sozinho.
O motivo eram
as exigências do pai a respeito do bom comportamento. Diziam que ele era
“quadrado”, que o mundo mudou e ele ficou para trás etc.
Entretanto, o
pai era uma pessoa sensata e inteligente. Os filhos é que estavam errados e iam
na onda do mundo pecador. O maior desejo do pai era ser amigo de seus filhos e
ouvir a opinião deles, mesmo que contrária à sua, mas nem isso conseguia.
Aquele pai
teve uma ideia. Como tinha acabado de chegar um circo à cidade, ele alugou uma
roupa de palhaço e guardou escondida na firma onde trabalhava. Numa
sexta-feira, avisou a família que ia fazer uma viagem a serviço da firma e só
voltaria na segunda-feira.
No sábado à
tarde, ele vestiu a roupa de palhaço, tomou um táxi e desceu a um quarteirão de
sua casa. Chegou e apertou a campainha. Veio o filho mais velho. O pai
falsificou a voz e se apresentou dizendo: “Eu sou o palhaço do circo. Vim
convidá-los para a cessão de hoje à noite, e ao mesmo tempo fazer uma breve pesquisa
com a família”. “Pois não”, disse o moço. “O senhor pode entrar e sentar-se”.
A família se
reuniu, o palhaço pegou uma prancheta e começou a fazer as perguntas. Perguntou
sobre a escola que cada um frequentava, sobre os amigos... O papo ia gostoso,
até que a menininha mais nova disse espantada: “Mãe, o palhaço está chorando!”
Era verdade. Nesta hora, ele não aguentou mais e tirou a máscara. Foi só
choradeira.
Que na nossa
casa os pais não precisem inventar uma estratégia como esta, para conversar e
dialogar com os filhos. Se já houve falhas, pelo menos daqui para frente que
não haja mais e os filhos acolham bem os pais. Que na família todos tenham
espaço para se abrir e dialogar.
Maria
Santíssima é a Rainha das famílias. Que ela interceda pelas nossas famílias, a
fim de que estejamos sempre unidos, na alegria e na tristeza, na saúde e na
doença, até a morte.
Estrelas
do mar na praia
Certa vez, uma
maré muito alta jogou na praia milhares de estrelas do mar. Estrela do mar, você
sabe, é um animalzinho marinho redondo, que às vezes as ondas jogam nas praias.
Sem a ajuda de alguém, elas não conseguem voltar ao mar, pois andam bem devagar,
e o sol as queima. Aquelas milhares de estrelinhas iam morrer todas.
Um menino
estava pegando, uma por uma, e levando até a água. Passou um senhor e disse a
ele: “O que adianta você fazer isso, menino? São vários quilômetros de praia que
estão cheias de estrelinhas. Que diferença faz esse pouquinho que você está
recolocando na água?”
O garoto
mostrou-lhe a estrelinha que tinha na mão e disse: “Para esta aqui faz
diferença”. E continuou o seu trabalho. Aquele senhor pensou, pensou... e
começou também a levar estrelinhas para o mar.
Cada um de
nós, individualmente, não pode salvar o mundo, por exemplo, mudar uma eleição.
Mas o importante é fazer a nossa parte, porque assim, pelo menos não teremos de
acertar contas com Deus pela nossa omissão.
Maria
Santíssima fez a sua parte, e muito bem.
A
oração alienada do filho do rabino
Certa vez, o
filho de um rabino estava rezando no quarto de sua casa. Na esquina próxima,
havia uma criança chorando. O rabino entrou no quarto e disse: “Filho, você
está ouvindo o choro da criança?” O jovem respondeu: “Não, pai, porque eu estou
em oração”. O pai falou: “Quem reza corretamente, escuta até uma mosca voando
em torno de si”.
A oração
correta nos leva ao amor, leva-nos ao zelo e à defesa da vida humana. A oração
abre os nossos ouvidos e os nossos olhos para vermos e ouvirmos os nossos
irmãos em necessidade. Ela nos faz ouvir até o choro de uma criança que ainda
não nasceu e está sendo ameaçada.
Maria Santíssima
é a Mãe de vida, porque gerou Jesus, que é a Vida. “Eu sou o caminho, a verdade
e a vida”. Que ela nos ajude a colocar a vida humana em primeiro lugar,
especialmente quando estamos em oração.
O
gesto que converteu um homem
Certa vez, um
homem estava com crise de fé. Os amigos dele pediram: “Vá conversar com o
padre”. Ele foi, apesar de ele e o padre não se conhecerem.
Chegando à
casa do padre, viu que havia muitas pessoas esperando para conversar com ele.
Na sala de espera, nem havia mais cadeira, por isso ele ficou em pé.
Entre um
atendimento e outro, o padre veio à sala e, vendo que ele estava em pé, foi lá
dentro, trouxe uma cadeira e lhe ofereceu, junto com um sorriso.
Foi o que
faltava para a conversão daquele homem. Quando chegou a sua vez de conversar
com o sacerdote, ele disse, súper feliz: “Vim dizer ao senhor que eu andava
afastado da Igreja, mas agora quero participar plenamente. O que eu devo
fazer?” O pároco respondeu: “Nós acolhemos você com alegria. Seja bem vindo.
Que tal você receber agora o sacramento do perdão de Deus?” O senhor aceitou a
proposta e se confessou.
Um simples
gesto de acolhimento pode mudar uma pessoa, sendo como uma luz em sua vida. A
conversão é uma graça que vem do alto, mas sempre através de alguma mediação
humana.
As
fitas brancas na árvore
Certa vez, uma
moça da roça foi estudar na cidade, e lá, em um namoro errado, ficou grávida.
Logo em seguida, a bela jovem caiu em si e recordou a boa formação que recebera.
Mas era tarde. O maior medo dela era que a família não a aceitasse mais em
casa.
Quando estavam
se aproximando as férias de fim de ano, ela teve uma idéia. Escreveu para os
pais, contou tudo, e pedindo um sinal para ela saber se a aceitavam ou não em
casa.
Como na parada
do ônibus havia uma linda seringueira, ela pediu que, se eles a aceitassem, que
amarrassem uma fita branca na seringueira. Assim, se ela não visse a fita, nem
descia do ônibus.
Para alegre da
jovem, quando ela chegou ao ponto, viu a seringueira toda enfeitada, com
dezenas de fitas brancas. Naquele momento, dissipou-se o medo e a alegria tomou
conta do seu coração. Foi a mesma alegria que teve o filho pródigo, ao ser
recebido pelo pai.
”Onde houver
ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria”.
O
diamante calçando a porta
Certa vez, um
senhor estava pescando em um rio, bem no meio da floresta. De repente,
encontrou, na beira do rio, a casa de uma família. Ele aproximou-se da casa e
foi muito bem recebido pela família.
Logo que entrou
na casa, o pescador viu uma pedra calçando a porta, e a conheceu: Diamante de
altíssimo valor. Pegou a pedra, examinou-a e confirmou. Era mesmo diamante, um
tesouro valiosíssimo.
Então disse ao
dono da casa: “Esta pedra é diamante puro. Ela vale muitos milhões de Reais. O dono
da casa respondeu: “A gente não sabia! Encontramos esta pedra no rio, achamos bonita
e trouxemos para calçar a porta.
A Bíblia, em
muitas casas, infelizmente pode ser comparada com aquela pedra. Apesar do seu
altíssimo valor, ela fica esquecida e desprezada, quase calçando uma porta.
Peçamos a
Maria Santíssima que nos ensine a amar mais a Sagrada Escritura, e lê-la todos
os dias. Pois, “o cristão verdadeiro lê a Bíblia todos os dias”.
Rato
alerta bichos sobre ratoeira
Certa vez,
numa fazenda, um rato viu o fazendeiro desembrulhando uma ratoeira que comprou
na cidade, e ficou apavorado. Saiu logo para avisar a bicharada.
Encontrou-se
com uma galinha e disse para ela: “Olhe, há uma ratoeira aqui nesta casa!” A
galinha respondeu: “Que tenho eu a ver com isso? É problema de vocês ratos!” O
rato saiu triste.
Viu um porco e
lhe disse a mesma coisa: “Tem uma ratoeira aqui na fazenda!” O porco respondeu:
“E eu com isso? Se vire!”
Mais na
frente, o rato encontrou uma vaca e a avisou. A reação foi semelhante: “Vá
resolver o seu problema, rato, e me deixe em paz”.
No meio da
noite, a ratoeira desarmou. A dona da casa ouviu o barulho, levantou-se e foi
ver o que era. Como estava escuro, ela foi picada por uma cobra venenosa, cujo
rabo estava preso na ratoeira.
Foi aquela
correria. O fazendeiro a levou imediatamente para o hospital. A mulher ficou
uma semana lá. Quando voltou, ainda não estava totalmente restabelecida.
A primeira coisa
que fizeram foi matar a galinha, para lhe servir uma sopa. Depois, mataram o
porco. E, no fim de semana, como viriam vários parentes e amigos de longe para
visitá-la, tiveram de matar a vaca.
Todos diziam
que não tinham nada a ver com a ratoeira. E dançaram!
Nós somos como
um corpo. “Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é
honrado, todos os membros se regozijam com ele” (1Cor 12,26).
Os problemas
da nossa Comunidade e do nosso País são problemas nossos também, e devemos ajudar
a solucioná-los, inclusive pagando os impostos, se forem justos.
Henry
Ford conserta carro
A vários anos
atrás, no interior dos Estados Unidos, um homem estava dirigindo o seu carro e
este parou de funcionar. Ele encostou o carro, abriu o capô e começou a
procurar o defeito, mas não encontrava. Algumas pessoas que passavam pela rua
davam palpites, mas nada. Até um mecânico que passava por ali, não conseguiu
fazer o carro funcionar. O dono já estava desanimado.
Um senhor, que
vinha de carro, viu a cena, parou e foi ver o que era. O dono, já desanimado,
quis dispensá-lo, mas ele insistiu: “Posso ver o motor?” “Sim”, respondeu o
dono. O senhor olhou e logo descobriu, lá no fundo do motor, um fiozinho solto.
Encaixou-o no seu lugar e disse com segurança: “Pode ligar que agora funciona”.
Realmente, o
carro funcionou com perfeição. O dono quis dar-lhe uma gorjeta, mas ele não
aceitou e disse: “Eu sou Henry Ford, dono da fábrica Ford. Eu é que fiz este veículo,
por isso o conheço bem”.
Jesus, como
Deus, entende muito bem de nós, pois foi ele que nos fez. Vamos valorizar mais
o seu Evangelho e o seu exemplo, e viver como bons servos de Deus.
O
segredo do equilibrista
Havia, certa
vez, um senhor, que há muitos anos se deixara encantar por um famoso equilibrista.
Mesmo fazendo longas viagens, ele acompanhava todas as suas exibições. Prestava
atenção em cada detalhe, cada vez mais admirado, e tentando descobrir por que
ele não caía. Ele se perguntava: Como esse homem caminha a dezenas de metro de
altura, em cima de um cabo de aço, sem proteção alguma?
Um dia, houve
uma grande exibição do equilibrista. O homem foi o primeiro a chegar. Observava
cada detalhe, a fim de descobri o segredo do equilíbrio.
Está nos pés,
concluiu ele. Está na posição correta dos pés.
Após o
espetáculo, ele teve oportunidade de conversar com o equilibrista. A primeira
pergunta que lhe fez foi: “O senhor não tem medo de cair?” O equilibrista
respondeu: “Não, porque eu conheço o segredo do equilíbrio”.
O homem então disse
na hora: “Eu sei, está nos pés”. Mas o equilibrista respondeu: “Não está nos
pés”. “Então já sei, o segredo do equilíbrio está nos braços. São eles que dão
o equilíbrio”. “Também não”, disse o ginasta.
E o equilibrista
explicou: “O segredo do equilíbrio está nos olhos. Consiste em manter os olhos
fixos no poste que sustenta o cabo de aço, do outro lado”.
Daí para
frente, aquele senhor observava e confirmou que realmente o seu amigo, nas
apresentações, ficava de olhos fixos no poste.
Também para
nós, o segredo está no poste. E este poste é a nossa meta final, a vida após a
morte. Isto nos faz andar grudados em Jesus Cristo, na sua Igreja, e nunca
cair. Mesmo que balancemos um pouco, nós não caímos.
Quem
é culpado dos males que sofremos?
Havia, certa
vez, na antiguidade, um casal que morava na roça e ambos eram lenhadores. Eles
passavam o dia trabalhando com o machado, cortando lenha debaixo do sol quente.
Eles sempre
diziam: “Isso é culpa de Adão e Eva!” Cada vez que o calor aumentava, eles
repetiam: “Isso é culpa de Adão e Eva!”
Um dia, o rei
passou por aquele lugar e ouviu o casal repetir sempre a mesma frase: “Isso é
culpa de Adão e Eva!”
Então o rei
falou para eles: “Eu vou fazer um teste com vocês. Convido-os a irem morar no
palácio”. Os dois aceitaram com alegria.
No palácio,
eles não precisavam fazer nada e tinham do bom e do melhor. Eram banquetes
todos os dias, cada vez mais gostosos.
Um dia, o rei
foi almoçar fora. Chamou os dois, depois que o almoço estava pronto na mesa, e
lhes disse: “Eu vou almoçar com um amigo. Vocês podem comer de tudo o que está
aí sobre a mesa. Só não mexam nesta sopeira”. Era uma sopeira bonita que estava
no meio da mesa, tampada. O rei se retirou e os dois começaram a comer daqueles
pratos deliciosos.
Durante a
refeição, um disse para o outro: “Vamos ver o que há dentro desta sopeira?” O
outro falou: “Mas o rei pediu para não mexer!” “É só ver”, disse o outro. “Não
vamos comer não”. E levantaram a tampa da sopeira. Dentro dela havia um
passarinho, que voou imediatamente e saiu pela janela.
Quando o rei
chegou, viu que o passarinho não estava na sopeira e disse aos dois: “A culpa é
de Adão e Eva? A culpa é de vocês mesmos, pois fizeram igualzinho Adão e Eva! Podem
voltar a trabalhar como lenhadores, e parem de falar que a culpa é de Adão e
Eva”.
Nós não
podemos jogar a culpa apenas no pecado original pelas mazelas que sofremos, nem
pelos pecados que cometemos. O melhor é sermos humildes e reconhecermos: Eu sou
pecador.
“De Jessé
nasceu a vara, da vara nasceu a flor. E da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador”.
A culpa não é também de Deus, pois fez e faz de tudo para que não nos desviemos
dos seus mandamentos. Inclusive deu-nos uma Mãe.
A
força da palavra
Certa vez, uma
senhora, que era muito respeitada na cidade, foi reclamar junto ao subgerente
de uma empresa, a respeito de algumas injustiças que a empresa estava
praticando.
O subgerente,
que era um jovem, ouviu com atenção e depois disse: “Eu concordo com a senhora,
mas a minha palavra não tem força na empresa”.
A distinta
mulher perguntou a ele: “Quantos quilos você pesa?” “Sessenta”, respondeu o
moço com prontidão. “Por favor”, continuou ela, “vou lhe pedir uma coisa muito
simples: Fique em pé”. Na hora, o jovem se pôs de pé. Ela então disse: “Está
vendo como que a palavra tem força? Ela é capaz de levantar sessenta quilos em
um segundo. A sua palavra também tem muita força junto à direção da empresa. É
só saber usá-la”.
Se a palavra
do homem tem força, imagine a Palavra de Deus. Com apenas uma palavrinha,
“Faça-se” (Gn 1,3), ele criou todo o universo.
Vamos
aproveitar a força da nossa palavra, usando-a para o bem, e principalmente
vamos aproveitar a força da Palavra de Deus.
O
garçom que ganhou o restaurante
Certa vez, o
imperador Napoleão resolveu dar uma volta, a pé, na periferia de Paris,
disfarçado em um homem comum. Apenas um segurança o acompanhou, também
disfarçado.
Ao meio dia,
eles entraram num restaurante para almoçar. Mas foi aí que descobriram que não
haviam levado dinheiro. Cada um pensava que o outro estava levando.
O segurança
conversou com o dono do restaurante, que estava no caixa, pedindo-lhe que
anotasse e depois ele pagaria. Mas o dono, como não os conhecia, não concordou.
Entretanto, um
garçom, que ouvia a conversa, ficou com dó deles e disse ao patrão: “Eu vou
servir a eles e depois eu mesmo pagarei”. E os dois almoçaram do bom e do
melhor.
Na mesma
tarde, o segurança, ainda com roupa disfarçada, apareceu no restaurante e disse
ao dono: “Se fosse para o senhor vender este restaurante, por quanto o
venderia?” O dono, como não pensava em vender o estabelecimento, falou um preço
absurdo, mais de duas vezes acima o valor real.
O homem disse:
“É meu. Estou com o dinheiro aqui”. E mostrou-lhe o dinheiro.
Os dois foram
ao cartório passar a escritura de compra e venda. Entretanto, antes de saírem,
o comprador pediu ao garçom que fosse junto.
Lá no cartório,
para surpresa do ex-dono, o homem pediu que a escritura fosse passado tendo o
garçom como o novo proprietário.
Depois de
pronta a documentação e ter feito o pagamento, o segurança se identificou e
contou quem era o seu companheiro que havia almoçado lá. “Eu sou um simples
empregado”, disse. “Quem me mandou fazer isso foi o imperador”.
Jesus é o
próprio Deus encarnado. Ele é dono de tudo e está no meio de nós. Só que está
disfarçado em um pobre, em um faminto, em uma viúva, uma criança abandonada
etc. Se nós o acolhermos bem, ganharemos cem vezes mais na terra, e ainda o
Céu.
O
que faz a diferença entre o pobre e o rico
Certa vez, um
homem rico da cidade disse ao filho adolescente: “Eu combinei com o fulano,
sitiante pobre, de você passar as próximas férias lá na casa dele. Isso, para você
ver como é difícil a vida na roça, e valorizar mais o que você tem aqui em
casa”. O sitiante tinha também um filho, quase da mesma idade, chamado Edson.
Nas férias, o
garoto foi. Passadas as férias, ele
voltou para casa e o pai lhe perguntou: “Então, você viu a diferença?” O filho disse:
“Vi sim, pai. E como é diferente!
A casa lá é
pequena, por isso vivem todos juntos; aqui vivemos isolados uns dos outros,
cada um no seu quarto.
O Edson me deu
a cama dele, e foi dormir no chão.
Lá, eles
desligam a televisão à noite e ficam batendo papo; aqui nós não fazemos isso.
Lá, eles tomam
refeição juntos e rezam antes, reunidos em torno da mesa; aqui isso não
acontece.
Lá, todos são
alegres e amigos; aqui existe muito mau humor.
Nós somos
cercados de muros altos; lá é tudo aberto e a gente vê a beleza da natureza em
volta da casa.
E o mais
bonito, pai, é que lá, à noite, a família se reúne e reza o terço; eu também
rezava e gostei muito. Aqui isso não acontece. A gente dorme como animal, sem
rezar”.
O pai ficou
envergonhado, pois o resultado foi bem o contrário do que ele esperava.
Não é o que
temos que nos faz felizes, mas o que somos.
A
festinha da catequese e os doces
Certa vez, um
pai, de classe média, veio com o seu carro ao salão paroquial, a fim de pegar o
seu filho de nove anos que frequentava a catequese. Ele ficou esperando na rua,
dentro do carro.
Naquele dia, como
estava perto do dia da criança, a catequista tinha feito uma festinha com as
crianças. No final da festinha, cada criança ganhou um saquinho de doces.
De repente, o
menino aparece no carro com os olhinhos brilhando de alegria. Mostrou para o
pai o saquinho de doces e disse: “Pai, olhe aqui o que eu ganhei!” O pai
conferiu o saquinho e viu algumas balas e doces dos mais baratos. Olhou para o filho
e disse, decepcionado: "Lá em casa você tem doces muito melhores do que estes!”
Aquele homem
não entendeu o real motivo da alegria do seu filho. Aquele presente tinha um
sentido simbólico, que ia muito além do seu valor e do lado material. O
saquinho de doces representava a alegria do garoto por estar na catequese, e
receber um presente da própria Igreja. Representava o amor de Jesus, expresso
no carinho da catequista por ele, amor que certamente ele não tinha em casa. O
essencial é invisível aos olhos.
Quando nos
reunimos como filhos de Deus e irmãos entre nós, sentimos uma alegria muito
grande. É uma alegria inexplicável, porque é transcendente. “Como é bom, com é
agradável os irmãos viverem juntos e se amarem!” (Sl 133).
A
gaivota que voava mais alto
Havia, certa
vez, um bando de gaivotas que morava num rochedo, perto do mar. A vida delas não
variava: Todos os dias iam em bando até o mar, mergulhavam, cada uma pegava seu
peixe e voltavam para o ninho.
Uma gaivota
jovem achou aquela vida muito monótona, e quis algo mais. Ela se levantava mais
cedo e fazia uns voos diferentes, treinando. Um dia, subiu tão alto que ultrapassou
as nuvens.
Algumas
colegas a criticavam, dizendo que ela estava quebrando a tradição do bando. Ela
não ligava para as críticas. Com o tempo, ela aprendeu a planar no ar. Fechava
um pouco as asas, e assim pegava uma velocidade incrível, sem se mexer. Depois
abria as asas e o próprio impulso a jogava nas alturas novamente.
Mas, numa
dessas experiências, ela se perdeu. Teve de voar à noite, com chuva, e acabou
batendo-se contra uma rocha. Chegou em casa machucada.
As críticas
foram maiores ainda. Ela, porém, respondia: “O mundo é mais belo que esta praia
aqui. Vocês é que não conhecem. Para mim, não compensa viver só para comer”. E
logo que sarou voltou aos seus treinos.
Um dia, ela
estava voando a vários quilômetros de altura e viu no céu uma gaivota reluzente,
que voava muito melhor que ela. Ficou encantada. Foi atrás e perguntou o seu
nome. Ela respondeu: “Eu sou Filho da Grande Gaivota, o criador do mundo. Fique
comigo, porque eu tenho uma missão para você”.
A jovem gaivota
aceitou o convite, encontrando o seu ideal.
Todos os
objetos, feitos por Deus ou pelo homem, têm uma finalidade. A abelha foi feita
para produzir mel, a lâmpada para iluminar... Se alguém quer usar uma lâmpada
para fincar um prego na parede, não vai conseguir e vai quebrar a lâmpada, pois
ela não foi feita para isso. Para fincar prego existe o martelo. Também nós
temos, cada um, uma finalidade, que chamamos de vocação.
Mas Deus só
nos mostra a nossa vocação, quando somos audazes, como aquela jovem gaivota.
Saladino
e a sua mortalha
Havia, na
antiguidade, um rei muito rico, chamado Saladino. Ele viveu no Séc. XII. Era
rei da Mesopotâmia. Conquistou a Síria, Damasco e finalmente o Egito.
Depois de ter
extorquido riquezas, dominado povos e cometido muitas injustiças, Saladino
adoeceu gravemente. Já às portas da morte, mandou afixar na ponta de uma vara a
mortalha com a qual ia ser sepultado, e ordenou a um arauto que pegasse a vara
e saísse pelas ruas da cidade, gritando: “Vejam. É só isto que Saladino vai
levar deste mundo!”
"O que
adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?" (Mt
16,26).
Maria
Santíssima era muito rica, mas da graça de Deus. O anjo a chamou “Cheia de
graça”. Por isso foi elevada ao céu em corpo e alma. Peçamos a ela que nos
ajude a cuidar não só desta vida, mas principalmente da outra.
O
rapaz que caçava “nhanhã”
Certa vez, um
rapaz estava numa esquina, olhando para cima e dando pulos. Ele pulava o mais
alto que podia e tentava pegar algo no ar. Depois abria a mão cuidadosamente e,
vendo que não havia nada, pulava de novo. As pessoas que passavam não viam nada
no ar.
Por acaso,
passou por ali um professor dele. Viu a estranha cena e continuou caminhando. Mas,
um pouco na frente, parou, olhou para trás e perguntou: “O que você está
fazendo?” “Caçando nhanha”, respondeu o jovem. E continuou pulando. O professor
insistiu: “Mas, o que é nhanha?” O moço disse: “Eu também não sei, pois não
peguei nem uma ainda”.
Muita gente
vive por aí caçando nhanha, isto é, procurando algo que não sabe o que é,
porque ainda não encontrou. Vive caminhando pela vida, sem saber para onde, porque
ainda não chegou.
Maria
Santíssima, conduzida pelo Espírito Santo, sabia muito bem o que estava
procurando na vida. “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te
cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado Santo,
Filho de Deus” (Lc 1,35). Peçamos a ela que nos ajude a ter um ideal na vida, a
fim de não vivermos caçando nhanha.
Moisés
com o rosto brilhante
Quando o povo
hebreu estava atravessando o deserto, um dia Moisés subiu o monte Sinai, e lá
em cima falou com Deus. Quando voltou, o seu rosto estava resplandecente, tão
reluzente que o povo nem conseguia olhar para o rosto dele. Então Moisés cobriu
o rosto com um véu, para que todos pudessem olhar para ele (Cf Êx 34,27-35).
Nós também,
quando falamos com Deus na oração, saímos transfigurados. Até o nosso rosto
fica mais radiante. Adquirimos mais alegria, mais otimismo, mais fé, mais esperança,
mais caridade..., tudo. Não só o rosto, mas o nosso corpo inteiro fica
luminoso, porque é iluminado por Deus. É uma luz que, se depender de Deus, não
se apagará nunca. Irá crescendo sempre mais até chegar ao brilho total com Deus
no Céu. A oração tem uma força transformadora infinita.
Moisés sentia
medo de Deus, o que não aconteceu com os Apóstolos que conviveram com Jesus.
Isso por causa da Encarnação. Agradecemos a Maria Santíssima, ela ter sido o
grande instrumento de Deus para que a Encarnação acontecesse.
Gesto
não compreendido
Certa vez,
durante uma Missa de domingo, com a igreja cheia, uma menininha de três aninhos
saiu lá de trás e veio pelo corredor central.
Ela aproximava-se
de cada pessoa que estava na ponta dos bancos e estendia a mãozinha aberta. Mas
todos lhe faziam gesto de “não”, isto é, que não tinham dinheiro. Chegando à
frente, ela passou para o outro lado e voltou, fazendo o mesmo gesto.
Uma moça
abaixou-se e perguntou à garotinha o que ela queria. Ela disse: “Eu quero dar a
paz!”
A criança
precisa mais de amor do que de dinheiro ou de coisas materiais. Enquanto não colocarmos
o amor na frente do dinheiro, não encontraremos nem construiremos a paz.
Nós pedimos a
Jesus, pela intercessão de Maria Santíssima, que abençoe as nossas famílias,
para que elas tratem seus filhos do jeito que ela tratou o Menino Jesus.
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